Te deixarei livre!

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POV LUIZA

Desde a hora em que eu acordei a enxaqueca me abraçou forte, eu não consegui me levantar da cama, apenas passei uma mensagem para o Rodrigo e pedi que remarcasse toda a minha agenda e adiantasse a leitura de alguns possessos que estavam em andamento. Catarina levou Leo na escola e passou o dia todo com o José, dei graças a Deus por ela estar em minha vida, se não eu enlouqueceria hoje.

Passei o dia inteiro à base de medição, minhas crises de enxaquecas me davam enjoos e eu ficava o ser mais chato do mundo, pelo menos quando Valentina morava aqui ela sabia exatamente como me mimar.

Depois de tomar mais um medicamento eu deitei e literalmente apaguei, acordei perdida no tempo com a vozinha do meu filho me chamando de mansinho.

-Oi meu amor, a mamãe dormiu demais. –Beijei o Leo que estava escorado na minha cama. – Catarina fez sopinha pra mim?

-Não, foi a mamãe "Valen". –Ouvir aquilo fez meu coração errar uma batida. – Ela fez a sopinha que você gosta.

-Oi. –Ela disse com aquela voz firme que mexe com os meus sentidos. – Desculpa te acordar, mas você precisa comer alguma coisa.

-Não precisava se incomodar. –Eu devia estar horrível, com a cara amassada, não tive coragem de olhar pra ela.

-Você está melhor? Catarina me ligou pra vir. – José repousava em seu ombro e eu achei a cena mais linda do mundo.

-Estou sim, foi só uma enxaqueca daquelas que me derrubam. –Me levante de pressa, precisava tomar um banho e só quando eu já estava de pé lembrei-me da roupa que eu vestia.

-Vou colocar esses pestinhas na cama, tome um banho e venha comer algo. – Senti os olhos dela sobre o meu corpo mesmo ela tentando disfarçar.

Sorri de lado e entrei no banho, a água quente corria pelo meu corpo e minha cabeça já não doía mais, apenas estava pesada. Meu estomago era quem gritava de fome e com razão, pois eu não tinha comido nada durante o dia. Lavei o cabelo, passei o hidratante que Valentina gostava e a água de colônia também, vesti um pijama e quando estava me preparando pra descer quando encontrei uma bandeja em cima da mesa de cabeceira com tudo que eu gostava, pode passar anos e eu nunca vou deixar de me surpreender com ela.

Mesmo querendo ir jantar lá embaixo eu comi no quaro mesmo e quase chorei de emoção com o tanto que a sopa estava gostosa. Eu morria saudade de quando ela cozinhava pra mim, na verdade eu morria de saudades de tudo que vivemos juntas.

Flashback on:

-Podemos dividir o taxi? – Aquela voz rouca que eu conhecia a quilômetros fez meu coração parar por alguns instantes.

-Valentina? – Me virei e lá estava ela, linda, alta...

-Eu mesma. –Valentina deu aquele sorriso tímido e eu me perdi por uns instantes. – Não ganho um abraço?

Pulei em seu colo e me prendi naquele abraço que eu sentia tanta falta, nossos corações batiam descompassados e era possível sentir os dois baterem juntos tentando achar sincronia. Eu chorava, mas era um choro de felicidade, um choro de saudade.

-Eu não acredito que você está aqui. –Eu não sabia se a abraça ou olhava ela. – Eu senti tanto a sua falta.

-Não mais que eu senti a sua. –Valentina segurou meu rosto entre as mãos e selou nossos lábios.

O beijo dela me deixava de pernas bambas, era incrível que mesmo com esse tempo todo longe, ela ainda era o melhor beijo que já provei na vida.

Diga que me ama! - (VaLu Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora