Diga que me ama! - (VaLu Version)

Promete?

POV LUIZA

Assim que voltamos para o hotel do pai de Valentina, ele fez algumas ligações tentando se informar sobre o que meu pai andava fazendo por ali. Ele conseguiu saber quem estava hospedado no hotel e com isso conseguiria traçar uma linha de pessoas quem meu pai estava tendo contatos. Ele ficou cuidando disso enquanto ligamos para o Igor, e marcamos de nos encontramos amanhã. Nos despedimos e dessa vez fomos pra casa, não tinha clima nenhum de ir a outro lugar depois disso, eu precisava saber o que meu pai e o Rodrigo faziam ali juntos.

-Lu, nós vamos conseguir saber o que eles tanto fazem juntos e vamos conseguir o José de volta. —Valentina tentava me consolar e eu só acenei com a cabeça.

Chegamos em casa em silêncio, Leo dormia e resolvemos não acorda-ló, Valentina o colocou na cama e eu segui para o chuveiro, minha cabeça fervilhava e eu não parava de pensar em como minha vida anda uma completa bagunça.

Encostei a testa na parede do box e deixei o choro cair livre. Meus pais sempre foram distantes de mim, eu sempre quis me aproximar deles, mas nunca consegui, meu pai vivia trabalhando e minha mãe nunca me deu abertura para sermos íntimas, e foi por isso que eu sempre quis construir a minha própria família, sempre prometi que meus filho e eu seríamos amigos e confidentes. Quero dar ao Leo o que eu nunca tive.

-Minha linda, vai ficar tudo bem! —Valentina me abraçou por trás e beijou meu ombro. —Eu estou aqui com você.

-Promete? —Perguntei sem conseguir segurar o choro.

-Eu prometo. —Seria insuportável vê-lá partir novamente.

Valentina deixou um beijo casto em meus lábios e ficamos um tempinho debaixo do chuveiro, até que ela me chamou pra sair e vestirmos uma roupa quentinha.

-Vem, hoje eu vou cuidar de você.

Valentina me puxou até nossa cama e se posicionou para que eu deitasse no colo dela. Ela ficou ali, acariciando meu cabelos, fazendo comentários bobos para me fazer rir, era incrível como essa mulher me tranquiliza, mesmo sendo um furacão por onde passa. Ela é minha calmaria. Acabamos pegando no sono, e foi um sono tranquilo, pois eu sabia que Valentina estava ali comigo.

{...}

Acordei com Valentina me chamando baixinho e uma bandeja de café da manhã nas mãos, tinha tudo que eu gostava e eu abri um sorrisão quando me lembrei que ela fazia isso todos os dias no início do nosso casamento.

-Trouxe pra você. — Ela beijou minha testa e eu me sentei na cama. —Deixei você dormir mais um pouquinho, já deixei o Leo na escola e já avisei a Sandra que que você vai chegar mais tarde.

-Você é incrível. —Alisei seu rosto e ela sorriu. —Eu te amo!

Valentina respirou fundo e me encarou por alguns segundos, aquelas três palavras tinham sumido do nosso vocabulário, e eu só queria ouvir ela me dizer que me amava também.

-Eu te amo ainda mais! — E foi o que ela me disse. — Eu não quero passar mais nenhum dia longe de você.

-Eu não vou deixar isso acontecer, eu prometo sempre confiar em você e prometo que antes de qualquer decisão nós duas iremos conversar. —Eu segurava o rosto dela entre as mãos e ela concordava com tudo o que eu dizia. — Eu não quero te perder nunca mais. Você é meu Porto e eu não consigo viver sem você.

-Promete que não vamos nos perder novamente? — Ela perguntou com os olhos cheios de lágrimas.

-Eu prometo!

{...}

Depois de refazer nossas promessas Valentina e eu tomamos um banho e fomos aguardar o pai dela, que ligou dizendo ter novidades, Igor e Duda também avisaram estar a caminho e eu estava ansiosa para saber o que ia acontecer de agora em diante.

Não demorou muito e os três chegaram praticamente juntos, Catarina nos preparou um café e fomos conversar na sala.

-E então pai, o que você conseguiu descobrir? —Valentina perguntou não se contendo de curiosidade.

-Meninas, eu praticamente passei a noite fazendo algumas ligações, eu ainda tenho muitos conhecidos no Brasil e com a ajuda de uma amigo que me devia um favor eu descobri algumas coisas. —Meu sogro dizia com um tom calmo. —Lu, eu não sei se você já tinha conhecimento sobre esse assunto, mas o seu pai anda metido com jogos de azar, e pelo que eu descobri ele tá com uma dívida alta.

-O que? Meu pai metido com dívida de jogo? —Meu pai sempre foi um homem sem vícios, e agora descubro que ele está com dívidas de jogos.

-Isso explica ele querer vender a casa da sua vó, amor. —Luiza disse e eu me lembrei do fato.

-E tem mais, aquele seu estagiário tem uma reputação horrível, inclusive varias ocorrências por briga de bar. —Lembro que Rodrigo foi uma indicação de um cliente e eu fui ingênua em não conferir os antecedentes dele.

-Eu disse que aquele boneco ken made in Paraguai não era flor que se cheire. —Valentina disse raivosa fazendo Duda cair na risada.

-Me desculpe gente, foi mais forte que eu. —Duda tentava conter o riso. —Igor, vamos entrar agora mesmo com um pedido de audiência de emergência, mas precisamos de provas, para usar contra eles.

-Não se preocupe eu pensei nisso, e já vou encaminhar pra vocês o que eu conseguir coletar. —Meu sogro estava empenhado a nos ajudar. —Meu netinho vai vir pra casa dessa vez.

Valentina se levantou e abraçou o pai fortemente e o agradeceu pela ajuda, agora eu estava mais confiante e tenho certeza que meu pequeno viria para nós.

-Assim que eu tiver novidades eu aviso vocês. —se despediu dizendo que tinha uma reunião.

-Nós também já vamos indo, qualquer novidade sobre a audiência, nos avisaremos! —Duda e Igor se despediram logo em seguida.

-Vai dar tudo certo meu amor. —Valentina me abraçou forte, deixando um beijo em meus lábios.

-Nosso filho vai voltar pra nós. —Ela sorriu e ficamos ali abraçadas.

Eu precisava ir para o escritório e Valentina tinha que ir encontrar Natalie, mesmo não gostando das duas juntas eu não podia deixar de ficar feliz com a empolgação da minha esposa.

Nos despedimos e eu parti para o escritório, meu sogro me aconselhou a não falar nada com o Rodrigo, para ver até onde ele iria, e isso seria uma tarefa bem difícil, pois eu estava afim de escorraça-lo do meu escritório.

Estava concentrada em alguns papéis quando Sandra bateu em minha porta.

-Com licença Lu, tem uma mulher querendo falar com você. —Estranhei pois não estava esperando ninguém. —Ela se identificou como...

-Giovanna, ao vivo e a cores. —Ela nem ao menos esperou eu autorizar a entrada dela e já foi passando pela porta. — Tudo bem, Lu? Quanto tempo não nos vemos.

-Oi Giovanna, o que te trás em meu escritório?

-Vim ver você, a Natalie me disse que te encontrou e eu estava com saudades. —Revirei os olhos e ela sorriu. — Na verdade eu preciso de uma advogada, minha ex mulher e eu estamos nos divórciando.

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GiLu 🥹

Aí aí