Diga que me ama! - (VaLu Version)

Meus filhos!

POV LUIZA

Os dias iam passando e eu estava completamente nervosa, eu quase não dormi durante a noite, Valentina até tentou me acalmar, mas eu estava uma pilha de nervos.

Hoje seria a audiência de guarda do Zé, e eu só queria que esse pesadelo acabasse logo. Só faltava isso para minha vida entrar nos trilhos de vez.

Valentina e eu não nos desentendemos novamente, ela estava se esforçando para conciliar o estúdio e a família, e eu estava sempre ao lado dela apoiando o seu sonho.

-Meu amor, por favor, tenta se acalmar. —Estávamos na sala de espera do tribunal e Valentina se ajoelhou em minha frente. — Eu sei que você está ansiosa, mas eu tenho fé que vamos ter nosso pequeno de volta.

-Obrigada por estar aqui. — Ela sorriu e segurou minhas mãos.

-Eu não vou sair do seu lado, nunca mais. —Valentina me deu um beijo na testa e Igor se aproximou com uma expressão fechada.

-Aconteceu algo, Igor? — ela questionou preocupada.

-Não, mas sua mãe trocou de advogado. —Igor fez uma cara de derrota. —Ela contratou o Alberto Moura, um carniceiro que joga sujo.

-Hey, nós vamos conseguir. — Valentina disse tentando elevar nossa confiança. —Meu pai já está chegando, ele tem provas que o pai da Lu tá metido com coisa errada.

Concordei com a cabeça e ficamos ali aguardando o meu sogro chegar. Eu estava nervosa, mas algo dentro de mim me dizia que eu teria o Zé de volta, eu estava com tanta saudade, minha mãe não permitia que eu o visitasse e isso me deixava profundamente triste, como minha mãe se tornou uma pessoa tão amarga?

-Bom dia meninas. —Meu sogro chegou apressado e abraçou Valentina. — Oi filha.

-Oi pai, que bom que chegou. — Meu sogro tinha uma pasta nas mãos e entregou ao Igor.

-Essa pasta vai ser sua cartada final Igor, ai estão relatórios e fotos que comprovam que os pais da Luiza estão falidos, e isso é o que vai ajudar para a decisão da audiência.

-Falidos? Os meus pais estão falidos? — Perguntei incrédula, pois meus pais sempre tiveram um poder aquisitivo bom.

-Sim Lu, eu quero pedir desculpas por ter me intrometido, mas foi a chance que eu vi para recuperarmos o José. — Valentina me abraçou pela cintura e beijou meu ombro.

-Nós vamos lutar por ele, e não me importo quais armas teremos que usar. —Respondi tentando parecer forte.

Ficamos ali, esperando a hora da audiência, eu estava ansiosa, quase não conseguia controlar minha respiração e Valentina tentava me manter calma, e só dela estar ao meu lado eu conseguia ter forças pra seguir.

Fomos chamadas para entrar e depois de muito tempo eu encarei meus pais que me olhavam com raiva, principalmente depois que notaram Valentina e eu de mãos dadas.

-Bom dia, daremos início a audiência de tutela de José Pedro. — A escrivã se pronunciou e a juíza entrou na sala.

A audiência começou e apenas os advogados falavam, o advogado da minha mãe alegava que o Zé já estava adaptado à rotina da minha mãe, e não teria motivos para tirá-lo de lá.

-Me desculpe vossa excelência. — Igor se pronunciou e colocou a pasta em cima da mesa. — Aqui tenho provas de que o lar da senhora Sônia não é estabilizado, tendo em vista que o marido seja viciado em jogos e os bens da família estejam como garantia de dívidas.

Minha mãe ficou mais pálida que o papel, e meu pai se remexeu na cadeira. A juíza pediu para que os advogados se aproximassem e ela começou a ler os papéis.

-Como você pode jogar tão baixo, Luiza? - Minha mãe sussurrou entre os dentes. — Aposto que foi ideia dessa mulherzinha que você chama de esposa.

-Só estou jogando o mesmo jogo que você, mãe. — Respondi e Valentina apertou minha mão pedindo calma.

-Silêncio, por favor. — A Juíza nos repreendeu e continuou conversando com Igor e o advogado dos meus pais.

Meu coração faltava sair pela boca, só queria ouvir a juíza dizer que meu filho voltaria pra mim, que minha família estaria completa agora.

-Devido aos novos fatos, e o pedido de investigação que o Doutor Igor, abriu contra o Sr. Augusto, a guarda da criança passa para Luiza Campos.

Não consegui segurar as lágrimas e Valentina me agarrou e chorou junto comigo, daqui para frente o Zé seria nosso filho e todo amor e carinho do mundo eu sei que Valentina e eu daríamos à ele.

-Vossa excelência, trouxe aqui também o pedido de adoção. — Igor entregou outra pasta. — Valentina e Luiza desejam adotar o José, para que ele tenha os direitos dele garantidos.

O advogado dos meus pais tentava argumentar algo, mas a juíza o pediu para se calarem e assinou o papel da adoção. O Zé era oficialmente meu Filho e de Valentina.

-Encerrada a audiência. —A juíza deu o fim da sessão e saímos de lá comemorando.

-Eu não acredito que você fez isso Luiza. — Minha mãe segurou meu braço com força assim que passamos para o hall de entrada. —Você denunciou o seu próprio pai.

-Primeiramente me largue. — Puxei meu braço e Valentina se posicionou ao meu lado. —Eu só usei as mesmas armas que você, eu jamais deixaria de lutar pelo meu filho.

-Não seja idiota, ele não é seu filho. —Minha mãe disse raivosa. —Não pense que isso vai ficar assim!

-Você está ameaçando minha mulher? — Valentina entrou na frente. — Escute aqui sua jabiraca, se você chegar perto da minha mulher, ou dos meus filhos eu te parto ao meio.

-Você pensa que é quem? — Minha mãe não abaixou pra Valentina e eu achei que as duas se atacariam naquele momento.

-Sou alguém que vai fazer da sua vida um inferno se você não sair de perto da minha família.— Valentina cresceu ainda mais para cima da minha mãe, Igor e meu sogro precisaram segurá-la. — Esse é o último aviso.

-Amor, vamos embora. — A puxei pela mão fazendo ela se afastar. — Não vale a pena.

Saímos do fórum pelo lado oposto dos meus pais, eu estava com medo, mas ao mesmo tempo imensamente feliz pelo resultado da audiência, agora eu poderia me livrar do Rodrigo e ter o meu bebê de volta.

—————————————————————-

Lembretes: isso é uma fic, então esses termos pela guarda soa fantasiosos!

Estamos na reta do fim 😞