Desejo

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- Antônio... - A voz dela tremeu.
- O que? - Ele manteve o sussurro em sua orelha.
- Eu espero que você não esteja sugerindo o que eu acho que você tá sugerindo.
- Eu não tô sugerindo. - Ele levantou o rosto para olhar para ela. - Eu tô suplicando.

Amanda

A médica sentiu seu corpo todo tremer enquanto olhava diretamente nos olhos daquele homem enorme, sentia seu corpo implorar pra que ela o agarrasse, mas resistiu com o resto das forças que ela ainda tinha.

- Você tá blefando. - Ela disse, a voz fraca.
- Você vai ter que descobrir. - Ele apertou a cintura dela e ela quase gemeu.
- Você nunca foi fã de sexo casual, Antônio.
- Eu posso ser.

Foi o limite. Amanda agarrou o pescoço dele, beijando aquele homem como se não houvesse amanhã. Ele retribuiu com a mesma intensidade. As pernas dela fraquejaram, mas ele a segurava, com firmeza.
As mãos de Amanda foram para a barra da calça dele, abrindo os botões e fazendo-a cair em seus pés. Ele chutou pra longe, apressado e tentou beija-la de novo, mas ela se afastou.

- Senta. - Mandou, apontando pra cama. Ele obedeceu, retirando a camiseta e sentando-se.

Amanda foi até ele, ajoelhou em sua frente e olhou-o nos olhos enquanto retirava seu membro da cueca preta. Antônio gemeu no segundo em que a boca dela o tocou. Vê-lo completamente entregue a ela, a deixou ainda mais excitada.
Amanda se dedicou a provocá-lo, ela sabia muito bem o que fazia e como fazia, não tirou os olhos do rosto dele nem por um segundo enquanto sugava-o lentamente, mas com muita precisão. Sentia ele pulsar em sua boca e sabia que ele não iria durar muito.

- Amanda, para. Eu não vou aguentar segurar. - Ele disse e ela parou, olhando pra ele com um sorriso perverso.
- Não segura, eu quero provar você.

Ela voltou ao trabalho e ele agarrou o cabelo dela com um das mãos, dessa vez ela não foi devagar, foi com pressa, mas delicadeza e em poucos minutos o sentiu se desfazer em um orgasmo intenso que ela fez questão de engolir ao mesmo tempo que ouvia ele gemer com uma voz rouca que ela nunca tinha ouvido.
Antônio jogou seu corpo pra trás, deixando suas costas baterem no colchão enquanto tentava respirar. Amanda se levantou e tirou o vestido, que deslizou pelo seu corpo. Ele assistiu a peça bater silenciosamente no chão e então observou cada pedacinho do corpo dela. As coxas grossas, a calcinha preta pequena, a cintura fina, os seios expostos, as pintinhas na pele branca. Nenhum detalhe passou batido dos olhos do lutador.
Amanda subiu por cima do corpo dele e o beijou, as mãos dele foram para seu quadril e ele a virou na cama, deixando a médica surpresa. Foi a vez dela analisá-lo: os braços enormes que agora tinham veias saltadas enquanto ele apoiava o peso do corpo no colchão, o peito definido, as tatuagens, o maxilar travado, tudo naquele homem a deixava extremamente excitada. Como ela não havia notado antes?
Antônio traçou um caminho de beijos desde seu pescoço, passando pelo meio dos seios, pela barriga, até chegar na virilha. Retirou a calcinha dela com uma mão e afastou suas pernas, enquanto se encaixava entre elas.
Amanda suspirou com o primeiro beijo em seu ventre e mesmo assim, não estava esperando pelas sensações que vieram a seguir. No primeiro toque da língua quente dele, ela sentiu um choque percorrer por todo o seu corpo, suas costas se arquearam no colchão e um gemido muito alto escapou de sua boca involuntariamente.
Amanda perdeu qualquer controle de si mesma, não conseguia raciocinar, apenas reagir conforme ele a tocava. Cada movimento preciso da língua de Antônio sob ela causava um gemido cada vez mais alto. Ela nem tentou reprimir o orgasmo, mesmo que quisesse, não conseguiria, seu mente não tinha mais o controle do corpo, ele era quem a controlava naquele momento.
Antônio refez o caminho de beijos, dessa vez subindo e com uma leve pausa para um mordida gentil em seu mamilo, antes de encontrar a boca dela. Amanda aproveitou o momento para retomar o controle. Virou seus corpos na cama novamente, ficando por cima, ele se sentou, com ela ainda por cima, uma perna em cada lado do corpo e os joelhos apoiados no colchão.
Se encaixou no colo dele e pressionou o corpo para baixo, sentindo o membro dele a preencher por completo. Ela respirou fundo por um momento para se acostumar, afinal, dava para dizer que ele era um homem grande em muitos aspectos.
Antônio só tirou os olhos dela para deixar beijos em seu pescoço, ele sabia que ficariam algumas marcas, mas no fundo, ele queria isso. Mordeu o ombro dela quando ela começou a se movimentar em seu colo, em resposta, ela arranhou suas costas, com força.
O ritmo aumentou aos poucos e eles estavam em completa sintonia, algumas vezes, até seus gemidos saiam ao mesmo tempo. O que começou com delicadeza, não demorou muito para virar selvagem.
Os sons emitidos naquele quarto se revezavam entre gemidos abafados, alguns gritos e os barulhos de tapas estralados que ele deixava na bunda dela. A cada tapa, Amanda intensificava seus movimentos e o arranhava cada vez mais forte. Antônio apertou um dos seios dela com força, mas a médica colocou a mão sob a dele, guiando-a até seu pescoço, como uma indireta. Ele entendeu. Sua mão quase fechava o pescoço dela por completo e ele pressionou o local com cuidado, vendo ela arfar e tombar a cabeça pra trás com um sorriso.
Ambos estavam próximos do limite, mas Amanda estava mais perto. Ela segurava com força nos ombros dele enquanto subia e descia o corpo com muita rapidez, sentia os músculos da coxa queimarem, mas não se importava. Quando os espasmos começaram, ela soube que era seu fim.
O corpo inteiro dela tremeu enquanto gozava de forma intensa, olhando nos olhos dele. Todos os músculos do seu corpo se contraíram, pressionando o membro dele ainda dentro dela e o fazendo atingir seu ápice também.
O corpo de Amanda cedeu enquanto ela perdia as forças, mas os braços dele estavam ali para apoiá-la. Ele tombou o corpo novamente, suas costas arderam ao encontrarem o colchão, mas era uma sensação boa. O corpo dela caiu sob o dele, o rosto encaixado em seu pescoço, enquanto ambos respiravam ofegantes.

- Você vai ter que me tirar de cima de você. - Ela disse ainda ofegante.
- Quem disse que eu quero que você saia de cima de mim? - Ele respondeu com uma risadinha safada.
- Não, é sério. Eu não tenho forças pra levantar daqui. - A voz dela saiu abafada, pois sua boca estava pressionada contra o pescoço dele.
- Por mim a gente fica assim a noite inteira.
- Sem tomar banho, Antônio Carlos? - Ela levantou a cabeça com muito esforço pra olhar pra ele.
- Verdade, precisamos de um banho.

Ele se levantou da cama, carregando ela, como se não fosse esforço nenhum. Só a deixou de pé quando já estavam dentro do box e mesmo assim, ela se apoiou na parede para garantir que não cairia.
A água quente lavou todo o suar de seus corpos e devolveu parcialmente as forças de Amanda. Foi um banho tranquilo, sem malícia, apenas alguns beijos e carinhos.
Amanda vestiu a camiseta dele como pijama, não porque não tinha opções, como da outra vez, ela apenas quis e ele não protestou. Antônio vestiu apenas a cueca preta, visto que ele sim não tinha opções, Amanda também não protestou contra a visão daquele homem deitado apenas de cueca em sua cama.
Deitaram abraçados, Antônio parecia leve e calmo, mas a cabeça de Amanda, desde que voltou a raciocinar, não a deixava em paz.

- Você sabe que a intenção é que amanhã as coisas estejam normais entre a gente, né? Ainda vamos ser amigos, como nós sempre fomos. - Ela disse, com um pouco de receio.
- Eu sei, Amandinha. Amigos, como sempre. - A resposta deixou-a mais tranquila.
- Você sabe que eu te amo, né? - Ela disse, enquanto sentia o sono dominar seu corpo.
- Eu também te amo, Amandinha. Muito. 

Amanda pensou ter sentido uma certa melancolia na voz dele, mas imaginou que seria apenas o sono atrapalhando o discernimento de seus sentidos. Fechou os olhos pela última vez antes de apagar completamente, abraçada ao corpo de seu melhor amigo... Será que deveria chamá-lo de amigo colorido a partir de agora? Foi o último pensamento que passou em sua mente antes de dormir. 

Notas da autora:
Postei e sai correndo.
Passei do ponto? Talvez.
Me arrependo? Não.

Beijinhos e até o próximo kkkkkk

PS: que a Bruna pegue a consequência de ir direto pra xepa para termos um vip Amanda, Sapato, Guime e Aline, amém.

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