Interrupções

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Amanda

Quando o dia amanheceu, Amanda sentiu o sol queimar seu rosto e se revirou nos lençóis procurando uma forma de continuar dormindo sem precisar levantar para fechar a cortina. Por um segundo, se esqueceu que tinha companhia e só se recordou quando seu corpo se chocou com a pele quente e macia de seu colega de quarto.
Assim que entraram em contato, os braços do lutador a envolveram, puxando-a para mais perto e quase fazendo-a subir por cima dele. Ela abriu os olhos e o viu com o que parecia ser uma feição serena, mas a camiseta que ele vestiu para dormir, agora estava sendo usada para cobrir seus olhos, o que não permitia que ela tivesse uma visão completa do rosto.
Amanda aproveitou a proximidade para acariciar o abdômen do homem com a ponta do dedo indicador, contornando cada um dos músculos desenhados ali e observando cada detalhe mínimo daquela região.
Como podia existir um homem tão gostoso quanto aquele? Parecia injusto.
Seus dedos subiram para contornar o peito e o músculo do trapézio... Se tivesse que escolher uma parte dele que mais a deixava afetada, definitivamente seria a forma como os músculos do ombro e trapézio se flexionam enquanto ele se move. Mas a verdade é que não havia nada em Antônio que não atraísse Amanda. Ela o achava lindo, por inteiro, cada parte dele, externa e interna.
Desceu a mão inteira até chegar na segunda parte que mais a afetava... As entradas do abdômen dele. Aquele caminho em "V" que levavam direto para a virilha soavam como um convite irrecusável. Sentiu a mão dele dar um leve aperto em sua cintura enquanto ela deslizava a palma da mão suavemente naquela região, o que significava que ele estava acordado.
Seus dedos então, tomaram o caminho da barra da bermuda dele, brincando com o elástico como se estivessem indecisos entre entrar ou não entrar por baixo do pano fino.

- Amandinha... - Ele chamou baixinho.
- Que foi? - Respondeu no mesmo tom, com uma voz inocente, mesmo que inocência fosse a última coisa que a definisse no momento.
- Se você não parar agora, eu não posso prometer que não vou acordar a casa toda com o barulho que vamos fazer.
- Mas eu não tô fazendo nada. - Ela manteve o tom de voz, a fala mansa e arrastada que usava justamente para provocá-lo ainda mais.

A resposta veio com seu corpo sendo virado no colchão tão rapidamente que ela nem sentiu. Em menos de três segundos, ela estava, felizmente, debaixo daquele homem. E ele não perdeu tempo, a boca já passeava pelo pescoço e colo da médica. Beijando cada pintinha e lambendo-a como se fosse feita do seu doce preferido.
Amanda arfou, enquanto ele ergueu a camisola curta dela até a cintura. Em seguida, se ajustando na cama até que estivesse entre as pernas dela. Antônio olhou em seus olhos e a médica quase derreteu. Ele sorriu e ela soube que ele tinha ciência do efeito sobre ela.
Amanda acompanhou em câmera lenta a forma como ele se abaixou, até que sua boca encontrasse a parte recém exposta de suas pernas, onde ele deixou uma mordida. Seguido de uma trilha de beijos lentos na parte interna da coxa. Beijo após beijo, se aproximando lentamente de onde ele queria.
Amanda conteve um gemido quando ele deixou mais um leve beijo por cima de sua calcinha antes de arrancá-la, mas quando os dedos dele estavam prontos para isso... Uma batida na porta.

- Amandex, Sapato? Estão acordados? Posso entrar? - Era a voz de Guimê.
- Ainda não acabamos. - Sussurrou para a loira e lhe deu um selinho rápido enquanto ela suspirou frustrada. 

Antônio se levantou rapidamente e vestiu a camiseta, Amanda também se levantou e caminhou em direção ao banheiro, aproveitando para escovar os dentes. A porta foi aberta.

- Acordei vocês? Foi mal.
- Não, a gente acordou agora pouco. Já estava escovando os dentes pra descer. - Amanda respondeu da porta do banheiro, com a boca cheia de pasta.
- Eu queria pedir um favor pra você, Papato. - Disse o MC.
- Pode falar, irmão.
- A Lexa vai pousar no aeroporto de Sorocaba daqui a pouco, o Fredinho ia comigo buscar ela, mas ele bebeu pra caralho ontem e tá meio mal. Cê me acompanha, irmão?
- Claro, pô. Vou me arrumar rapidinho e te encontro lá embaixo, pode ser?
- Brigadão, parça. Te vejo daqui a pouco.

Momentos | DocshoeOnde histórias criam vida. Descubra agora