Eu Explodi (Contos_H)

Tentação

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Anjos e demônios não deviam ter relações em nenhum nível, era uma regra para o equilíbrio natural.

Mas sempre que possível, nós dois fugiamos escondidos para aproveitar as sensações humanas mais intensos que pudéssemos proporcionar um no outro.

Como anjo, tudo era novo para mim... mas aquele demônio fazia questão de me mostrar suas formas preferidas de prazer.

Aquela máquina até então era a única coisa que podia me fazer "flutuar", minhas mãos sobre o colchão tremiam igual ao meu corpo a cada estocada, o óleo íntimo escorria pelas minhas coxas e o som molhado acompanhava meus gemidos baixos, aquele vai e vem me deixava perdida.

Eu estava de joelhos no chão, com os seios apoiados contra o colchão da minha cama, meu cabelo bagunçado caia sobre os olhos e meu corpo inteiro se contraia em excitação. Não podia evitar de mover meu quadril contra o objeto que me penetrava tão deliciosamente, fazendo meu corpo implorar por alívio.

Mordi meus lábios, fechando os olhos ao sentir minhas veias guiando todo o sangue para aquele lugar específico, se repuxando tão forte, como se sugasse toda minha energia.

Eu: Caim.-chamei de forma arrastada, ouvindo seu suspiro atrás de mim.

O movimento apenas se tornou mais rápido, me fazendo gemer alto e o homem se levantou da cadeira onde estava, se aproximando para acariciar minha bunda enquanto eu contraia meus pés em ansiedade.

Caim: eu avisei o que faria com você, querida Abel!

Enfiou um dedo naquela entrada até então esquecida, enquanto a outra recebia o dildo pesado tão fundo.

Caim: avisei que faria seu corpo pedir por mim a cada segundo.-sussurrou em meu ouvido, roçando os lábios quentes pela extensão da minha orelha.-e você duvidou de mim.

Eu: Caim, eu preciso de você.-implorei.-eu faço o que você quiser.-minhas lágrimas desceram se arrastando em minhas bochechas e ele sorriu ao notar.

Caim: bela.-murmurou, selando nossos lábios e eu me inclinei em sua direção.

Sua mão pousou firme em minha nuca e sua língua me invadiu, aproveitando o tanto quanto pudesse da minha boca. Caim me beijava como se eu fosse deliciosa, provando meus lábios com desejo e isso me deixava louca.

Caim: obcecado por você, é o que sou.

O maior finalmente afastou aquela máquina que me torturou por tanto tempo e me puxou contra si antes de deitar meu corpo na cama.

O mais velho tirou a própria camisa com calma, sem desviar seus olhos dos meus e abriu a calça social, se inclinando sobre mim.

Seu pau me invadiu de uma vez e eu sorri, arqueando meu corpo excitada. Aquele quarto de motel fervia com a presença do demônio e com meu corpo não era diferente... eu o pertencia.

Caim: não há melhor sensação do quê me tornar um com você, querida.-estocou contra mim e firmou os dígitos em volta do meu pescoço.-meu pequeno ser angelical.-ofegou.

Seus movimentos fortes impulsionavam meu corpo impiedosamente, o desejo do demônio me dominava, absorvia meu corpo em sua onda de prazer puro.

Eu: estou gozando.-gemi alto, focando meus olhos naquele brilho vermelho dos dele que me hipnotizava.-oh céus, Caim.-choraminguei, ouvindo aquela risada maldosa, repleta do seu tesão.

Caim: não estamos no paraíso, amor.-roçou seus lábios contra os meus.-eu vou fazer questão te levar para o inferno!

Eu me desfiz, sentindo aquela sensação aumentar a cada estocada, prolongando a forma como eu jorrava entre nós, enquanto ele admirava cada reação com seu sorriso provocante. Senti quando Caim se desfez em meu interior e apertei minhas pernas em volta de seu quadril, o puxando contra mim ainda ofegante, com sua pele fervendo contra a minha.

Caim: minha Abel.-roçou seus lábios nos meus.-eu seria capaz de tudo por você.