Eu Explodi (Contos_H)

O Harém de Minerva

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Eu ganhei mais uma batalha contra os inimigos de Zeus, uma guerra sangrenta, mas que valeu a pena cada segundo, ninguém mais ousaria desafiar o Deus do Trovão até que a luta fosse esquecida, como sempre. Eu vivia bem a eternidade, espada em mãos e armadura posta, minha mãe sentia orgulho, mesmo que não demonstrasse; talvez eu não fosse tão sábia quando ela, mas era o suficiente comparada aos outros deuses do Olimpo. Porém... diante dos olhos de Zeus me faltava algo que ele tinha de sobra.

A proposta do harém não podia ser negada, ninguém ousaria recusar seus presentes e eu tive que concordar "honrada". Fui banhada pelas minhas irmãs, que trouxeram um vestido branco igual aos das musas, o tecido fino abraçava meu corpo com tremenda delicadesa.

Cytherea: Minerva.-chamou pelo apelido que me foi dado há séculos e eu a segui.

O caminho todo foi silencioso, nossos passos soavam e eu notava a atenção dos outros semideuses em mim, todos sabiam do presente disposto e como líder do exército SemiDeus, não havia como passar despercebida. Minhas irmãs também filhas de Atena sorriam com certo interesse para mim e eu não entendia a diversão.

Cytherea: sempre tão tensa.-a filha de Afrodite debochou e nós paramos em fim, as portas brancas com detalhes dourados eram tão altas que eu precisei erguer a cabeça para enxergar seu fim.

Eu: fique quieta, não posso acreditar nisso.-resmunguei.

Cytherea: o que há de tão mal?-tocou a maçaneta, mas manteve o maldito suspense ao me olhar atrás de uma resposta.

Eu: venço uma guerra e sou convidada a fazer parte de um harém.-ditei irritada.-terei que servir Zeus? Ele já não tem mulheres o suficiente?-os olhos dela pareceram aumentar a cada palavra.

Cytherea: oh não, querida, você não vai fazer parte de um harém!-finalmente empurrou as portas e eu dei o primeiro passo confusa.

A luz do cômodo me cegou por segundos e ela aproveitou para me guiar em direção ao quarto permitindo que tudo se tornasse nítido aos poucos.

Uma cama redonda enorme estava bem no centro do local, os lençóis iam até o chão, mas tudo parecia não limpo que eu não consegui me incomodar, bem atrás dela tinha uma varanda enorme com a vista para o céu limpo sobre as nuvens. Pilares marcavam a separação de outras camas encostadas nas paredes de dois lados e obsevando como estavam dispostos, conclui que havia seis espaços individuais.

Cytherea: Zeus lhe deu um harém próprio, ele sabe que você tem seus problemas.-só então eu percorri meus olhos pelos seis homens.-inclusive um deles é meu irmão.-comentou risonha.-eles fazem parte daqui agora, mas caso queira se desfazer de um ou convidar outro, não há impedimento... porém aviso que os que forem dispensados decepcionaram Zeus e ele os enviará para terra.-murmurou.

A deusa se afastou e antes que eu saísse do estado de choque, ela já tinha me fechado com aqueles homens extremamente atraentes. Meus olhos pararam no primeiro apoiado no pilar, uma das mãos sobre o quadril, metade do peito à mostra pelo tecido caido sobre um dos seus ombros e o sorriso suave com um fundo sedutor, aquele era um dos filhos de Afrodite, com toda certeza.

-Ethan, minha senhora.-a forma como ele me chamou ao se curvar causou um choque por todo meu corpo.

Eu passei para o segundo, os olhos azuis completamente focados e passando uma calma surreal, mas olhando com atenção não passavam de uma máscara inocente para disfarçar o quão ferozes eram em si, ele estava de pé na beira da cama, as mãos para trás queriam me fazer acreditar em sua passividade mentirosa.

-Dôron, filho de Poseidon.

O terceiro tinha os braços cruzados em desafio, ele estava escorado contra o último pilar e eu soube que o filho de Ares julgava o quão boa eu era, mas ele também me admirava. Provavelmente eu não era como ele havia imaginado, minhas descrições me faziam parecer de outra espécie, sangue nos olhos, presas afiadas, músculos de pedra... metaforas.