Crazy psycho

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O movimento no hospital estava lento o que de certa forma era bom pois significava que não tinha quase ninguém correndo risco de vida mas era tedioso ficar na parte burocrática,organizar prontuários,processos de alta entre outras coisas.

- Será que podemos ir embora?- ellen me perguntou enquanto girava em uma das cadeiras.

- Você sabe que não.- respondo sem tirar os olhos do prontuário que eu analisava,era uma menina de 1 aninho que foi abandonada pelos pais porque sofria com um tumor cerebral.- Você sabe me dizer se o patrick já operou essa menina?

- Ainda não,ele está esperando até que seu quadro de cirurgias fique menos lotado porque ele vai fazer a cirurgia pro bono já que os pais abandonaram essa menina.

- Eu quero conhecê-la.- digo e vejo ellen sorrir.

- Eu vou com você.

Bipo o meu interno mais competente que estava fazendo sei lá o que com uma enfermeira em uma sala de descanso.

- Devia ter vergonha do que anda fazendo no local de trabalho.- o repreendo e ouço ellen rir.- Quero que organize tudo isso por ordem de gravidade,pessoas que estiver correndo risco de vida mesmo que seja mínimo você tem que colocar primeiro,entendeu?

- Se me permite doutora Baker não precisava explicar isso,sei como você gosta que organize seus prontuário.

- Eu precisava sim porque certamente você não é inteligente o suficiente pra saber que se relacionar no trabalho não é permitido se não consegue seguir essa simples regra quem me garante que consegue organizar os prontuários?- respondo e vejo ele engolir em seco.- Vai logo trabalhar e pare de encher saco.

Saio da recepção deixando meu interno com os prontuários e com ellen em meu encalço rindo feito uma hiena,sério ela não tinha nenhum um pingo de maturidade.

  Quando adentro a área pediátrica eu rapidamente a encontro,ela era linda...os olhinhos brilhantes me lembrava Jenna,sua pele branquinha e os poucos fios de cabelos ruivos,era possível me apegar tão rapidamente à ela?
  Ela me estende os bracinhos e eu rapidamente a pego.

  - Você leva jeito com crianças Sn.- ellen diz sorrindo e acaricia as bochechas rosadas da bebê.

  - Os pais ao menos se deram o trabalho de colocar um nome? Não vi na ficha dela.- sorrio ao ver que ela chupava seu dedinho.

  - Não mas estamos chamando ela de Mia,tão pequena e já vai passar por tanta coisa no mínimo ela deve passar por umas três cirurgias até que ela esteja totalmente curada e se ela sobreviver será longos meses de recuperação,os pais a abandonaram por não ter condições de bancar tudo que ela vai precisar.

  - Eu quero pagar por todo o tratamento dela.- digo sem nem ao menos pensar direito,só queria que ela pudesse ter uma vida normal.

  - Tem certeza? É um tratamento caro Sn porque faria isso?

  - Porque essa bebezinha não tem ninguém por ela e ela precisa de todo apoio que pudermos dar ellen e ela merece ter uma vida normal.

  - Então eu vou te ajudar...vamos dar o melhor tratamento que pudermos pra essa pequena.

- Obrigada ellen.

- Doutora Baker...estão solicitando sua presença na recepção.- meu interno entra correndo na ala pediátrica.

- Sem correria no hospital idiota.- resmungo irritada e entrego mia para ellen.- Na recepção? Quem quer me ver?

- Giulia Millier.- ele me responde.

Olho para ellen e percebo o quão preocupada ela estava,ela fez um gesto com a cabeça indicando que eu não devia ir mas que escolha eu tinha? O que demais podia acontecer dentro de um hospital? Ela era maluca mas não acho que ela tentaria algo.

- Vou estar na recepção,se escutar qualquer barulho que não seja comum aqui em dias calmos não hesite em chamar a polícia e só ligue para Jenna se for urgente não quero preocupa-lá atoa.- digo e vejo ellen concordar com a cabeça.

- Não acho que seja uma boa ideia Sn mas não posso impedi-lá então tome cuidado,você sabe que ela é maluca.

Saio da pediatria e vou lentamente até a recepção,eu não queria vê-la,a odiava tanto quanto odiava Jacob,logo a visto seus cabelos loiros meios bagunçados ao me aproximar vejo seus olhos inchados provavelmente de tanto chorar,percebo que aquela visita não seria apenas para me dar um oi.

- O que faz aqui Giulia?- pergunto de maneira indiferente,raivosa.

- Sn meu amor que bom que você veio me ver.- ela tenta me abraçar mas logo a empurro pra longe de mim.

- Não me chame assim Giulia sabe que perdeu esse direito quando me traiu á quatro anos atrás e me perseguiu durante um ano tentando uma reconciliação,agora diga o que faz aqui?

- Eu percebi que eu ainda amo você Sn,volta pra mim e eu prometo que nunca mais vou fazer nada de ruim contra você.

- Eu não ligo pro que sente ou pra promessas sem sentido eu estou muito bem e com uma namorada incrível então peço educadamente qua se retire do meu local de trabalho sem fazer escândalo ou terei que chamar os seguranças.

- Namorando a famosa Jenna Ortega,como conseguiu? Ela é uma gostosa e você não passa de uma menina assustada com problemas de família.- ela ri da minha cara pelo visto ela ainda continua sendo a mesma vadia de quatro anos atrás.

- Se eu fosse você não falaria assim da minha namorada,o último que a ofendeu não acabou muito bem.- ameaço,ela não tinha mudado nada mas não posso dizer o mesmo de mim,sou uma pessoa completamente diferente do que era quando a conheci.

- A gatinha tá mostrando as garras é? Não tente pagar de fodona sn,você não mudou nada e não se esqueça disso.

- Quer pagar pra ver?- seguro em seu pescoço com força e a arremesso contra a parede.- Te desafio a ofender Jenna mais uma vez.

- Eu gosto desse joguinho mas infelizmente não tenho tempo pra isso hoje.- ela pega sua bolsa e retira dela um revólver calibre 32.- Tem certeza de que não quer voltar para mim Sn.- ela diz entre gargalhadas,porque ninguém a tinha internado ainda?

- Não é porque eu estou na mira de um revólver que minha opinião vai mudar sua maluca,se tivesse noção do quanto eu te odeio nem me perguntaria um absurdo desse,só pra deixar bem claro você não chega aos pés da Jenna.

- Ja que não posso ser feliz com você aquela famosinha metida também não será.

Ouço o revólver disparar,minhas vistas começam a escurecer e meu corpo desfalecer,sem conseguir me manter em pé sinto meu corpo ir de encontro com o chão frio do hospital.
Ao longe consigo escutar ellen gritar,sinto também as mãos firmes de patrick checar meus batimentos cardíacos no pulso,sentia tudo até não sentir mais nada.

Será que morrer era assim?

Heal my heart please(Jenna Ortega)Onde histórias criam vida. Descubra agora