CAPÍTULO 03

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RORONOA ZORO

Abro a janela do quarto enquanto observo a chuva cair cada vez mais forte

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Abro a janela do quarto enquanto observo a chuva cair cada vez mais forte. Tentei ligar para o pessoal que está no Sunny, mas o sinal está horrível, tudo que eu pude entender da ligação com Franky é que estava tudo bem.

Após o jantar o Cozinheiro resolveu dormir. Pego meu Den Den Mushi quando ele começou a tocar.

— Mochi-Mochi, Zoro? — escuto a voz de Perona soar normalmente sem nenhuma interferência. 

— O que você quer?

— COMO VOCÊ PODE SER TÃO FRIO!? — grita me fazendo afastar o Den Den Mushi. — Eu... eu estou preocupada com você — diz parecendo magoada.

— Perona, eu já te disse mil vezes que eu estou bem — tento tranquilizar ela novamente. 

— Mas eu li sobre você nos jornais, claro que eu fico preocupada! — exclama — Zoro, você realmente está bem?

— Sim, eu estou ótimo.

— Hum... — ela resmunga e eu posso imaginar seu semblante dramático perfeitamente — Achou o tecido?

— Ainda não — respondo — Talvez na próxima ilha. Me desculpe por ter perdido o presente que você fez, mas eu realmente não me lembro de...

Paro de falar por alguns segundos e olho em direção a cama vendo o loiro completamente adormecido. A última vez que eu estive com a yukata foi no meu aniversário. Eu usei ela para cobrir seu corpo e quando acordei no dia seguinte ele já tinha se levantado.

— Zoro? — Perona me chama — O quê foi?

— Não precisa fazer outra — digo — Acho que sei onde ela está.

Após tranquilizar ela novamente eu desliguei a ligação. Passar dois anos em um local praticamente vazio apenas treinando sem parar e não tem quase ninguém para conversar poderia ter sido a maior tortura da minha vida se aquela garota irritante não estivese lá.

Perona sempre cuidava dos meus machucados e me fazia companhia quando eu realmente precisava. Era quase como uma irmã mais velha que se preocupava o tempo todo. Também pude aprender muitas coisas com ela. Querendo ou não, Perona é realmente como uma irmã mais velha.

Fecho a janela assim que percebi que o vento frio estava afetando muito o quarto. Me movo até a cama e empurro o cozinheiro para o outro lado do colchão, escuto ele resmungar e logo voltar a dormir. Deito no colchão me virando de costas para ele.

Quando estava prestes a pegar no sono, sinto braços quentes me abraçarem.

— Mas que por...

Paro de falar quando ele me apertou com força, consigo escutar um choramingo e um lamento vindo do mesmo.

— Me desculpe... Eu vou ser um bom garoto— murmura e eu me viro lentamente — me tire daqui papai... Eu prometo ser...

Deixo minha mão em seu rosto vendo o mesmo parar de murmurar coisas desconexas e voltar a dormir. Isso já aconteceu antes. Há anos atrás, quando tínhamos acabado de sair de Alabasta e ele dormiu em cima do braço.

EM SEUS BRAÇOS - ZOSANOnde histórias criam vida. Descubra agora