CAPÍTULO 23

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RORONOA ZORO

Cubro o corpo de Sanji com cuidado e o deixo dormindo. Esfrego meu olho que esta dolorido por ter ficado horas consolando ele.

Me aproximo do seu rosto lentamente, beijo sua testa sentindo seu cheiro floral e doce.

Ao sair do quarto, me movo em direção ao convés escutando Nami gritar irritada. Nem é de manhã e ela já está assim. Bocejo pegando um elástico preto do bolso e amarrando meus cabelos.

Se eu soubesse que eles eram tão importantes para o Cozinheiro não teria cortado as pontas dele. Eu sabia que ele gostava de cuidar deles mas nunca iria imaginar que cortar meus cabelos iria causar uma crise nele.

— Zoro, temos algumas caixas de tesouro ali em baixo — avisa a mercenária apontando para baixo — Traga eles para dentro do navio.

— Você roubou de quem?

— De uns caçadores de recompensa — sorri e mostra a língua em seguida.

Solto o ar lentamente e olho para baixo vendo as enormes caixas próximas do navio. Suspiro estalando meus braços e pulo do convés, vou em direção as caixas com a maior tranquilidade que tenho.

— Franky, desça a rampa! — grito.

— Pode deixar!

Coloco um caixote em meu ombro e subo a rampa deixando o enorme objeto dentro do convés. Volto a caminhar em direção ao chão para pegar os outros caixotes, vejo uma figura familiar parada ao lado deles.

A mulher tem cabelos rosa escuro, pele bronzeada, usa um vestido branco florido e um chapéu quase parecido com o de Luffy mas com um laço lilás.

Passo por ela ignorando o fato de que sei quem ela está procurando.

— Ah... Senhor Espadachim...?

Deixo duas caixas uma em cima da outra e só então me dirijo a ela:

— O Cozinheiro está dormindo — aviso — se quiser conversar com ele, acho melhor voltar mais tarde.

— Não quero falar com ele — responde e eu dirijo meu olhar até a mulher — Quero falar com você.

Observo sua expressão séria por alguns segundos e olho para Franky que estava no convés.

— Leva as caixas? — pergunto.

— Sem problemas! — responde sorridente.

Movo meu corpo em direção a onde a mulher estava indo e percebo que era um local afastado e tranquilo. Ela segura uma cesta de palha nas mãos e move o corpo para frente e para trás em um ato ansioso.

— O que você quer? — pergunto.

— E-eu... — ela gagueja e suspira abaixando a cabeça — Me perdoe por favor — pede fazendo uma rápida reverência.

— Aah? — ergo a sobrancelha.

— Eu... beijei o seu namorado e...

— Ele não é mais o meu namorado — falo, cortando sua fala — Não se...

— Mesmo assim! — exclama cortando a minha frase — Eu sei que terminaram e... Eu sinto muito — choraminga com os olhos castanhos quase transbordando de lágrimas — Foi minha culpa.

— Ei ei garota! — ergo as mãos ao ver que ela vai chorar — Não precisa chorar.

— Por favor volta com ele — pediu chorosa.

— Que!?

— Ele... está muito mal... — diz enxugando as lágrimas — Eu falei com ele já tem alguns dias e ele sente sua falta.

EM SEUS BRAÇOS - ZOSANOnde histórias criam vida. Descubra agora