21. Por que não fizeram nada?

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   Atenção!!! Esse capítulo tem situações gráficas muito pesadas envolvendo sequestro e abuso, É REALMENTE PESADO, então se você tiver gatilho com isso, NÃO LEIA!!


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    Quando Wooyoung se acalmou, já tinham se passado 3 horas. Ele ainda estava com um pouco de febre, mas não estava impossibilitado de se comunicar.

       "O que aconteceu? Você o viu?"

       Wooyoung apenas assentiu.

        "Ele te viu?"

        Wooyoung pensou um pouco. "Acho que não, ao menos não reconheceu"

         A tia deles juntou as mãos e as ergueu, agradecendo a Deus.

        "Ele não te reconheceria 15 anos mais velho. Isso é bom, ele não vai voltar. " a tia falou, suspirando.

-Mas o que ele estava fazendo aqui?- Mingi perguntou em voz alta, para que Wooyoung não entendesse. Imaginou que o mais novo fosse ficar assustado com o assunto.

       -Talvez ele seja um vizinho...- A tia Song sugeriu.

-Não acho, tia. -Mingi passou a mão pelos cabelos. -Wooyoung já teria o reconhecido antes se fosse alguém da região. -Mingi abaixou a cabeça, aflito. Era perigoso ficar ali, deixar Wooyoung ali...-Wooyoung vai morar contigo, tia, é mais seguro. Se esse homem sabe que Wooyoung mora aqui, é perigoso...

-Podemos pedir para o San ficar com ele. - A tia sugeriu. -Ele estava aqui antes, mas como Wooyoung acordou, disse para ele não se preocupar e ir para casa.

Mingi arregalou os olhos. -Ele tinha desmaiado?!

-Sim...- A tia Song suspirou. -Sua vizinha ouviu ele caindo e veio o ajudar. Ela sabe da proximidade do Woo com o San e ligou para o garoto. -Ela explicou. -Mingi, concordo com você, acho que Wooyoung não está seguro aqui, é melhor ele morar comigo.

O senhor Song franziu a testa. -Então voltarei para casa. Também não quero deixar Mingi sozinho, e se esse arrombado voltar, vou ter o prazer de arrebentar a cara dele eu mesmo.

Mingi mordeu o lábio. -A gente vai vingar a mamãe e o Wooyoung, ele não vai sair vivo enquanto eu estiver vivo.

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Wooyoung viu suas memórias passarem pela cabeça completamente. Todas elas. Cada freme daqueles dias aterrorizantes. Ele não queria lembrar, ele tinha trancado aquelas lembranças em sua cabeça, mas agora...ele sentia tudo de novo, como se estivesse morrendo mais uma vez.

Ele morreu naquele dia e morria todas as vezes que lembrava dele.

Wooyoung tinha 7 anos e estava fazendo o segundo ano do fundamental. Ele e Mingi faziam turnos diferentes na escola, então ele ia de manhã, e o irmão mais velho de tarde. Era comum que o menino fosse sozinho para a escola. Sim, o bairro era perigoso, mas só para quem não era dali, os moradores eram inclusive protegidos pelos bandidos.

Então não era um problema o menininho ir sozinho para a aula.

-Está ouvindo bem?- Joohee ajeitou os aparelhos auditivos nos ouvidos de Wooyoung e fez um carinho em seu rosto. O menino assentiu. -Que bom, meu amor. Boa aula. -Ela deu um beijinho na testa do menino e o cuidou da porta de casa, vendo ele descer pela rua sozinho, indo em direção da escola.

O vagabundo e a DamaOnde histórias criam vida. Descubra agora