26. Realmente não sente mais atração por nenhum homem?

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Aviso!!!!!! Esse capítulo contém cenas que podem ser pesadas para alguns leitores, contém partes que mostram assédio, então se você tem gatilho, está avisado

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Mingi não podia deixar de pensar todo santo dia sobre Hyelim. E se ele fosse irmão de Yeosang? Mas por que diabos seu pai trairia sua mãe? Por que Hyelim nunca teria vindo atrás dele antes?

-Esses dias - Danielle tomou um pouco de seu americano, fazendo um barulho chato com o canudinho. - eu li um livro chamado 'Helena', né...era bem legal, é um livro velhão de um autor brasileiro, Machado de Assis. - Ela tomou o café de novo, terminando com um arrotinho. - É sobre uma moça que tá casada e pá, daí começa tudo um dilema sobre o marido dela na verdade ser irmão dela...

Mingi arregalou os olhos. Ele puxou os próprios cabelos e ergueu a cabeça. IA SURTAR...!!!!!!

-Danielle....você casaria com seu irmão?

A menina nem teve tempo de franzir a testa, ela começou a tossir e cuspiu o café.

-Que pergunta foi essa?!

-Tipo, se você não soubesse que ele é seu irmão...

-Não! Seria estranho pra porra....- A menina fez uma careta. -E amor acaba uma hora ou outra...isso só ia terminar mais rápido.

Mingi fechou os olhos. Seu pai dizia que nunca traiu sua mãe, enquanto Hyelim dizia que tinha sim ficado com Mino logo antes de Mingi nascer e o reconhecia como filho, então...

Era obvio que Mingi confiaria em seu próprio pai.

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No fim do expediente, Mingi continuava pensando naquele mesmo assunto. Ele suspirava de leve, sentindo a fumaça fria do frio saindo por sua boca. esfregou as mãos em seu casaco. Estava voltando para casa. Mingi sorriu, vendo sua singela moto o esperando ao lado da calçada. Tinha comprado ela fazia pouco tempo, para poder vir mais rápido para o trabalho e também para se encontrar com Yeosang de forma mais fácil.

Foi até a motocicleta e pegou seu capacete. Sua tranquilidade costumeira foi impedida de continuar quando ele ouviu uma sirene de polícia. Estava mais que acostumado a ouvir aquele som, sempre ecoava por seu bairro, mas o que realmente o chamou atenção foi o policial o agarrando pelo braço e o puxando.

-Você é dono dessa moto?

Mingi franziu a testa. -Sim, é minha moto, tem alguma coisa de errado com isso?

-Tem alguma coisa bem errada dentro dela. - Mingi ficou confuso. O policial não o soltou, mas foi vasculhar a moto. Ele mal abriu o porta-malas e riu. -Maconha é normal para você?

Puta que pariu. Ele nunca deixava nada em suas coisas quando saía, era perigoso demais, principalmente porque na Coreia é completamente inaceitável o uso de drogas. Se você for pego usando droga, pode ficar mais tempo preso do que um estuprador ficaria.

-Isso não é meu.

-Sim, alguém plantou isso na sua moto. -O policial debochou. Ele deu um tapa na nuca de Mingi e todos começaram a rir. -Você vai poder se defender com um advogado, ou...pagando uma fiança bem salgada, que eu tenho certeza que você não consegue bancar. - Os policiais riram de novo.

Mingi estava completamente fodido. Ele não tinha dinheiro para pagar um advogado e muito menos uma fiança, e ele tinha certeza que não tinha comprado todos aqueles pacotes de maconha, afinal ele só comprava os becks dos Choi, nunca algo separado.

O vagabundo e a DamaOnde histórias criam vida. Descubra agora