Mingi suspirou aliviado. Graças a Deus ele não era irmão de Yeosang!
Mas ele não era filho de Hyelim.
A olhou, vendo a expressão triste da mulher. Hyelim parecia prestes a chorar, Mingi a abraçou, fazendo carinho em suas costas para acalma-la.
-Tudo bem, mãe....- Ele afagou os cabelos da mulher. -Tá tudo bem.
-Eu achei que você fosse meu filho...- Hyelim caiu de joelhos, o papel voou de sua mão. -...você tinha que ser meu filho! Isso deve estar errado, é impossível que não seja!
-Dona Hyelim...esse é o resultado, não tem o que fazer. Não somos família de sangue, mas somos família de coração.
-Você é ele....você é sim...Você é meu filho, Mingi!- Hyelim começou a chorar, gritando sem parar. Ela agarrou as roupas de Mingi. -VOCÊ É MEU FILHO, MINGI!
O rapaz arregalou os olhos. Ele nunca viu aquela mulher tão histérica. Hyelim começou a bater nele, chutando com os pés e dando socos em seus braços enquanto gritava que ele era seu bebê.
-VOCÊ É MEU FILHO! VOCÊ É MEU FILHO, MINGI! VOCÊ SEMPRE FOI MEU FILHO!
-Dona Hyelim...- Mingi tentou segura-la, mas acabou sendo acertado com um soco no rosto.
Ele tocou o machucado, sentindo dor onde provavelmente ficaria uma marca. Hyelim continuava chorando, ela estava tendo uma crise de histeria pesada, não parava de gritar e estava até deixando Mingi nervoso. Ele se afastou dela e se encolheu embaixo de sua mesa, lembrando que essa foi sua mesma reação anos atrás, quando recebeu a notícia da morte da mãe.
-VOCÊ É MEU FILHO SIM!
Mingi viu o senhor Kang entrando rápido pela sala, ele viu a esposa esperneando e a segurou pelo braço.
-Hyelim, porra, da pra te ouvir do andar de cima!- O senhor Kang resmungou, mas a mulher não parou. -Por que está agindo como uma criança?!
Mingi bateu algumas vezes na própria cabeça, sentindo seus neurônios doendo. Ele quase começou a chorar quando ouviu Hyelim gritando.
-É um ataque de histeria....- Ele murmurou, milagrosamente Jihun o ouviu. Ele se virou e encarou Mingi. -Ela surtou porque...
-MINGI É MEU FILHO, ELE SEMPRE FOI. -Hyelim caiu, sem força para continuar gritando. Ela de repente só parou e fechou os olhos. Os braços estendidos, suas mãos subiram para os cabelos e ela os puxou. -Jihun...
-De novo?- Ele a segurou em seus braços. -De novo esse assunto?
Os olhos do homem marejaram, Mingi viu, ele parecia visivelmente triste.
-Quando vai se tocar de que ele morreu, Hyelim?! Você vai esperar mais 20 anos?- Mingi viu uma lágrima escorrendo por seu rosto. -Perdão, garoto, ela sempre tem isso....Hyelim não aceita a perda do filho mentalmente....quando não fazia muito tempo da perda do bebê....ela saía pela rua e abordava mães com seus filhos acusando daqueles serem seu filho.
Mingi abaixou a cabeça, refletindo. Então a história de Hyelim era só paranóia? Ele era só mais um alvo de sua cabeça?
-Ela vai ficar bem?- Jihun assentiu.
-Acontece às vezes. Na verdade faz muito tempo que ela não ficava assim, mas...- Ele olhou para a esposa. -Ela achou que tinha achado o filho de novo.
Jihun saiu da sala com a mulher. Mingi engatinhou de debaixo da mesa até o documento do exame e leu. Estava como negativo para Hyelim e positivo para Mino. Ele era filho de sua família mesmo.
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O vagabundo e a Dama
RomansaMingi é um rapaz da periferia de Seul que sonha em ser estilista, mas esse sonho é deixado pra segundo plano quando ele se vê tendo que pagar as dívidas e o hospital para seu pai que sofreu um acidente e banca seu irmão surdo que não consegue arruma...