Satoru,Se você está com essa carta em mãos, então é porque as coisas ocorreram como esperado e você escolheu ficar ao lado do vilão atraente, como eu pensei que faria.
Fico feliz.
Nem sempre as coisas são o que parecem. Por isso eu deixei todas essas orientações para você. Preciso que as siga meticulosamente.
Uma por dia basta.
Ao final, eu explicarei tudo.
1. Além da floresta há um pequeno rio e uma trilha de pedra que leva até um lago isolado, este lago possui propriedades curativas e renovadoras. Preciso que leve Suguru até lá, não precisa mergulhar, apenas o leve até lá e o faça ficar por pelo menos uma hora. Depois disso, volte para casa e leia a próxima orientação.
Ele parou, embora a curiosidade o incitasse a continuar.
Durante aquela noite, ele adormeceu e nenhum sonho ruim o incomodou, mas estava quente e a pele de Suguru sob a sua causava um leve incômodo, deixando-o agitado.
Mais uma vez ele mirou aqueles lábios profundamente tentadores e se forçou a fechar os olhos. Sua mente voltou-se para o que precisava fazer no outro dia e com algum esforço, ele conseguiu adormecer.
Acordou ainda nos braços do outro, uma brisa leve entrava pela janela e ele tomou consciencia daquele corpo perfeitamente esculpido colado ao seu. Ele suprimiu a onda de desejo brotando dentro dele e sentiu-se enrijecer, levantou-se de um salto e foi até a varanda.
Depois de alguns segundos inspirando e suspirando, ele conseguiu controlar aquela sensação.
-Acordou cedo... -Satoru engoliu em seco, quando a voz rouca do outro o saudou.
-Bem, não sei dizer se é cedo. - Ele virou-se apenas para ver o outro com uma calça fina e uma túnica transparente.
Lá se ia! Todo o seu auto controle.
Suguru se aproximou e ele sentiu aquele calor subir por suas entranhas novamente. Ele apenas ajeitou uma mecha de seus cabelos e sorriu.
-Ah, tem um lugar que eu quero te levar hoje. Você se importa de me acompanhar? - Perguntou contendo a agitação.
-Será um prazer. Venha, vamos tomar o desjejum juntos. - Suguru disse com um sorriso satisfeito.
A mesa estava pronta, mas não havia ninguém além deles.
-Parece que somos só nós dois. - Gojo acrescentou distraidamente, imaginando como seria se ele o jogasse sobre aquela mesa e o possuísse-
-É. O que devo esperar deste lugar? - Suguru perguntou interrompendo seus pensamentos absurdos.
-Ora, é surpresa. - Disse, disfarçando o rubor que ameaçava se espalhar por seu rosto. Ele não era tímido, por que estava agindo igual uma personagem clichê de mangá shoujo?
Depois da refeição tranquila, pelo menos para um deles, Suguru e Satoru separam-se. E só encontraram-se novamente mais tarde, a fim de partir para a cachoeira.
Satoru já tinha reconhecido o terreno e não demorou muito para que eles chegassem ao local. Não havia nuvens no céu e a lua brilhava alto iluminando o caminho. Um reflexo perfeito no lado espelhado.
-Uau. Não sabia que tinha um lugar assim. - -Mais adiante havia uma toalha estendida e os dois sentaram-se. Ele havia preparado uma refeição simples para que os dois pudessem comer juntos e agora que estava ali. Tudo aquilo parecia muito estranho. Era bom que seu vô tivesse uma explicação ao final das recomendações.
Suguru sorriu para ele.
-Você é muito gentil. Acho que não mereço que seja meu amigo. - Suguru realmente sentia-se estranho, quando alguém optava por segui-lo, geralmente era por que ele salvara aquela pessoa, ou ela o devia algo. outras vezes era apenas alguém que apoiava sua causa. Mas Satoru, escolhera ajudá-lo e continuava ali apesar de tudo, apesar do perigo... Ele quase quis perguntar qual a razão.
-Eu apenas gosto da sua companhia. Não foi nada demais. Por que não me fala sobre a sua família? - Indagou buscando desviar o assunto.
Ele franziu o cenho, estava surpreso. Mas começou a falar, como sentia falta especialmente do seu pai e do vovô Ghoul. Aquela hora passou-se muito rápido, e Gojo foi um bom ouvinte, o que era estranho, uma vez que ele gostava tanto de falar.
-Por que não mergulhamos? - Suguru Sugeriu.
-Hum? Sério? - Perguntou.
Ele deu um sorriso sugestivo e deixou que a roupa pesada que usava caísse aos seus pés. O outro observou em silêncio, e vendo-o acenar para ele, não resistiu e seguiu. Gojo ficou surpreso ao perceber que a água não era gelada como ele imaginou, na verdade, era morna e agradável.
Passou-se um bom tempo, antes que os dois retornassem.
Mais tarde quando Suguru estava dormindo Satoru se levantou silencioso e foi até a biblioteca. Retirou as folhas que guardara e começou a ler.
2. Se você chegou até aqui, quer dizer que cumpriu a primeira parte do que eu pedi ou a sua curiosidade não o deixou esperar. Prefiro apostar na primeira parte. Escute bem, Na última estante da biblioteca há uma pequena caixa marrom, dentro desta caixa tem um objeto especial. Eu quero que o pegue, ele é seu, até você decidir que não é mais, é para a sua proteção. Apenas faça isso e volte depois para ler a terceira parte.
Ele caminhou com passos ligeiros e silenciosos vasculhou em cima da estante e encontrou um pedaço de tecido velho estava envolto em um relicário de ouro.
Era fascinante. Satoru pegou o objeto, mas sentiu que não parecia certo usá-lo, então guardou-o junto com suas outras coisas.
Ele forçou os olhos para ler o restante das indicações.
3. Lembra quando eu completei Sessenta anos e sua avó não pôde fazer um bolo para mim? Você foi lá e fez, aquele foi o melhor bolo que eu comi na vida. Dois dias depois de ler está indicação,quero que faça o mesmo pelo seu amigo. Os híbridos não comemoram seus aniversários pois a existência deles é considerada uma desgraça. Mas eu sei que ele vai gostar.
Quando isso estiver feito, venha aqui novamente.
Satoru adormeceu na biblioteca, mas de alguma forma acordou na cama, tinha revirado os livros de receitas procurando por alguma coisa que não fosse tão complicada, e acabara pegando no sono.
Ele tinha falando com Xavier que o mirara confuso, mas concordou em trazer as coisas que ele pedira.
Tudo foi organizado da forma que seu avô orientara. Mas algo o incomodava, pois ele não tinha um presente. Depois de horas pensando sobre o que fazer, ele recordou-se do relicário, fazia muito sentido que ele o ganhasse, uma vez que o outro precisava de proteção muito mais do que ele.
Tomou a pequena caixinha nas mãos e seguiu para a cachoeira.
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A Estrela Perdida da Coroa
FanfictionUm contrato assinado por seu falecido avô, coloca Satoru Gojo em contato com um mundo desconhecido, onde a magia reina. Ao assumir o papel que foi designado para ele: Manter o pior criminoso do país aprisionado. Ele descobre que aquele a quem atribu...