Ambrosia

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Depois de se despedirem, as garotas se retiraram para o proprio quarto.

A luz da vela tremeluzia iluminando parcialmente o rosto de Gojo, seus olhos carregavam um brilho profundo, com uma míriade de tons azuis cristalinos.

Ele girou a chave na porta que fechou com um clic.

Ele observou Suguru que estava deitado sobre a cama, o peito levemente exposto subia e descia.

-venha cá. - Geto bateu levemente no colchão. - De onde Veio toda essa timidez?  -disse provocando-o.

Gojo se aproximou de Suguru, que o puxou para um beijo faminto. Seu desejo crescia, quando o outro deslizou as mãos por debaixo de sua túnica e rasgou-a completamente.

Ele deu um suspiro, surpreso, enquanto as mãos de Suguru exploravam preciosamente a extensão do seu abdomen.

A túnica do outro deslizou graciosamente, e ele pode observar aquele corpo magnifico. Ele agarrou-se a cintura dele e foi movido para debaixo dele. Suguru o virou e repousou sua cabeça gentilmente sobre o travesseiro. As mãos acariciavam sua cintura desde a nuca e a extensão do seu desejo.

Um gemido de satisfação escapou dos seus lábios quando ele finalmente penetrou-o. Suas estocadas começaram lentas, como se ele estivesse adiando o clímax de propósito.

- Mais rápido. - Ele pediu. Apenas para ouvir uma risadinha maliciosa.

Suguru virou rapidamente, uma força descomunal, que ele não lembrava que o outro tinha. Ele beijou a pare inferior de sua coxa e colocou as pernas do outro sobre os ombros. Gojo foi pego de surpresa e arfou quando ele começou.
Dessa vez, seus movimentos eram violentos e ferozes, como uma fera enjaulada que passara anos com fome.

Seu corpo estremeceu de prazer e um grito escapou dos seus lábios surpreendendo a si mesmo, Pela primeira vez Suguru oviu corar e sorriu satisfeito. O outro tomou sua boca em um beijo profundone quando ele relaxou, achando que Suguru ia parar, ele recomeçou novamente.

-Ainda não amor. Deixe eu sentir que você é meu. Deixe eu provar você até ter certeza de que não irá escapar entre as minhas mãos.  -Ele gemeu. - Eu sou um homem ruim? -perguntou mais para o outro do que para si mesmo. - Por que eu atearia fogo nesse mundo, só para que manter essa expressão deliciosa em seu rosto.

-Eu te amo, Satoru.

***

O sol do ocaso atravessava as cortinas e orvalho da manhã enviava um aroma doce e forte, por entre as janelas do quarto. Gojo suspirou sentindo o corpo um pouco dolorido. Ele sorriu ao lembrar da noite anterior, mas não conseguiu evitar o rubor que espalhava por sua face, seu corpo estava levemente marcado, o que ele ignorou. Suguru deslizou para perto dele e beijou sua nuca saudando-o.

-Bom dia. Você dormiu bem? -ele aconchegou-se em seu abraço- Acho que me empolguei um pouco ontem, eu não o machuquei, certo? -Ele deslizou as mãos pelas costas de Gojo.

-Você sabe com quem está falando? - Suguru ergueu a sobrancelha e Satoru aprveitou a deixa para tomar seus lábios suavemente e se recostar em seu peito preguiçosamente.

-Hum. -Suguru gemeu. - Não faz assim, não posso ter você agora... Precisamos nos arrumar. -Suspirou- Nós temos uma reunião para ir. - Falou aumentando o aperto de seu abraço.

-Hmm. Certo. Quem vai tomar banho primeiro? - Perguntou Gojo distraidamente.

-Tenho uma sugestão. - Suguru tomou-o e seus braços e o guiou para o banheiro.

-Ah. -Gojo riu alto. E Suguru sentiu algo em seu coração se aquecer, aquele som era maravilhoso de se ouvir. Ele enfrentaria a ira dos deuses se fosse preciso, mas jamais poderia deixá-lo. Eles pertenciam um ao outro e era toda a força que precisavam.

**
O saguão estava ornamentado  com flores douradas e brancas, um cheiro almíscarado se espalhava pelo ar.

Satoru conseguia ouvir a população que  aguardava entre murmúrios na praça principal. Quando Suguru entrou todos se levantaram e o saudaram. Gojo caminhava ao seu lado, os dois provavelmente eram agora as autoridades mais temidas do reino.

Irônico. Ele pensou. Que bom que eles não sabiam o que estavam fazendo alguns minutos atrás. Gojo precisou segurar uma risadinha.

Os dois sentaram-se no espaço vazio, a grande mesa oval estava cheia. O atual conselheiro do reino deveria ser Suguru pela ordem de nascimento. Todavia era Salazar que estava habituado a presidir estas reuniões. Ele parecia de certa forma inseguro, mas um sorriso bastou para encorajá-lo.

-Bom dia a todos! Estamos aqui para decidir o futuro do Reino de Yrthur. Segundo as leis que regem o nosso mundo, o próximo rei, por ordem de nascimento deveria ser Getou Suguru, primogênito da Rainha Ina, e meu irmão mais velho. - Ele respirou antes de prosseguir. - Porém, este não é o seu desejo. Suguru por favor.

Ele sorriu e ergueu -se.

- Como é do conhecimento de todos, eu sou um híbrido, filho de um humano do mundo mortal e uma feiticeira de Yrthur. Durante os anos fora do meu confinamento, lutei por sua causa e por condições de vida mais dignas. Mesmo assim tive pouco êxito. Meu desejo não mudou, e colocar alguém com esse legado no trono poderia gerar certos tipos de insatisfações entre as massas. Logo, o ideal seríamos colocar no trono outro governante. Alguém que já carregue a confiança do povo. É de meu desejo apresentar alguém da linhagem real, com experiência, sabedoria e bondade, alguém que me estenderá a mão e me forneceriá as ferramentas necessárias para construir uma ponte entre todos, conforme ela julga ser o justo. Para conduzir Yrthur e ser a conselheira maior dos Seis reinos eu indico, Ayame de Épona.

Os outros não pareceram surpresos, Luziel deu um sorrisinho enviesado e assentiu. Uma votação foi feita e Ayame eleita como a nova governante de Yrthur, a aprovação do público também foi imediata.  E Salazar passou a gorvernar sobre Épona. No começo as pessoas o encararam com certa desconfiança, mas depois de um tempo ele se mostrou verdadeiramente gentil e sábio, possuía um força avassaladora e uma capacidade muito grande de se reconstruir.

Suguru e Satoru decidiram permanecer vivendo na ilha misteriosa. O ambiente era mais confortável e agradável pra eles, além do mais eles queriam reencontrar Xavier e os outros.

Por enquanto isso bastava para eles.

Haviam algumas dúvidas sobre tudo o que acontecera e sobre os reinos dos Vampiros, Ghouls e Fantasmas, mas aquela ainda não era a hora.
O mundo era um lugar extenso e cheio de surpresas e muitos mistérios. Mas naquele momento, tudo o que existia para eles, era aquele sentimento intenso e doce como ambrosia que os mantivera vivos nos momentos onde não parecia ser possível continuar.

Notas da autora
Me deu uma dorzinha escrever esse capítulo. Pelo menos aqui eles puderam ser felizes :⁠'⁠(

Fiz o possível para que fic não ficasse muito extensa e algumas coisas ficaram de fora, mas enfim, talvez eu acrescente alguns adicionais.
Obrigada por chegar até aqui ^⁠_⁠^

A Estrela Perdida da CoroaOnde histórias criam vida. Descubra agora