Uma nuvem negra cobria o firmamento e raios e trovões partiam o firmamento, exalando a fúria do senhor do trovão e do relâmpago.Naquela noite Satoru permaneceu acordado, os pensamentos lhe atingiam como tapas violentos, Suguru não podia esperar que ele estivesse de acordo com aquele plano sem sentido.
Então ele recordou-se de um livro que seu avô lera para ele uma vez, de um autor espanhol.
"A morte tem dessas coisas: desperta o sentimental que há em nós. Diante de um túmulo vemos apenas o bom, ou o que queremos ver."
Não mesmo. Será que não havia outra maneira? Ele perguntou-se.
Por que eles precisavam passar por tudo aquilo? Ainda com esse pensamento e com aquele sentimento de indignação crescendo dentro dele, Satoru caiu em um sono leve e perturbado.
Suguru ainda não tinha voltado, não havia ninguém ali para o acalmar.
***
Duas crianças estavam brincando, discutindo quem tinha alcançado o ponto de chegada primeiro, quando o primeiro raio partiu o céu. Elas correram para suas casas apavoradas.
Mas não antes de ver aquela criatura que aparecera.
Era difícil enxergar bem, a energia escura a cobria e não era possível identificar se era um homem ou uma mulher. Os elementos mesclavam-se ao seu redor e a voz gultural saiu de sua garganta para perguntar.
-Me diga onde ele está! Eu preciso dele!
As crianças encolheram-se de medo, quando um homem grande, com fartis cabelos brancos presos em um rabo de cavalo apareceu.
-Não tenham medo. - Ele possuía uma voz firme e gentil. - Sigam o garoto de pele azul.
- Ele é confiável? Parece um híbrido... - Um dos meninos disse perturbado.
-Bem, siga o seu bom senso. Você prefere ficar com esse aqui, ele apontou para a criatura que lançou um raio poderoso, que foi contido pelo escudo do cavaleiro. - ou aquele ali? - Xavier sorriu erguendo as mãos para mostrar que era inofensivo.
As crianças correram e se lançaram sobre ele, que as envolveu em um abraço, tirando-as rapidamente dali.
Depois de despedir-se ele retornou, apenas para encontrar Chaos lutando contra a criatura.
Uma criança perdida.
Duas crianças perdidas.
Três crianças perdidas.
Para onde foi a sua mãe?
A criatura rugiu, acumulando a energia explosiva do relâmpago em um ataque fulminante. A floresta foi reduzida a cinzas e o escudo de Chaos despedaçado.
Ela está no abismo. Esperando por eles.
As pedras ergueram-se uma após a outra apenas para formar um enorme meteoro, a criatura voou, tão rápida quanto uma estrela cadente e o fogo circundou a enorme rocha, que foi arremessada contra a terra.
Chaos fechou os olhos. Se ele sobrevivesse aquilo... Ele encarou Xavier e partiu em direção ao garoto, suas mãos fortes o envolveram e a energia se solidificou como um escudo impenetravel. Mas apenas o suficiente para proteger o garoto.
A explosão foi intensa.
Quando o menino abriu os olhos, só havia desolação.
Mas Chaos ainda estava lá, de pé. Com Suguru e Satoru ao seu lado.
Três almas perdidas no abismo.
Sete delas ainda vagam neste mundo.
Satoru reuniu sua energia, sentindo o vazio crescente que precedia aquela explosão mortal.
Ele não podia errar. Suguru se adiantara, em direção a criatura. Três pontos a esquerda, três a direita, entrelaçaram-se formando uma cadeia de fios inquebráveis. Embora a magia fosse instável deveria ser o suficiente para que Satoru atacasse.Chaos ergueu a espada e esperou, quando o plasma de energia a atingiu. Ele golpeou a cabeça e pequenos fragmentos de luz colidiram, formando uma suave teia de lembranças.
Uma mulher, descia os degraus escuros. Uma massa disforme a observava com três olhos profundamente malignos. Dez correntes a mantinham presas sobre uma pirâmide.
-Está feito. - A voz era como um rugir gultural. Não sabia-se de onde ela vinha. Duas correntes se partiram.
As pessoas ali presentes sentiram um arrepio percorrer suas espinhas. Nem Chaos, nem Suguru sabiam o que era aquilo.
Pouco depois as lembranças se desfizeram a voz soou mais uma vez
Sete almas vagantes, elas querem voltar...
pra casa.
A criatura desaparecera completamente.
As pessoas do vilarejo que haviam fugido voltaram para ver o lugar. Apesar de tudo as casas estavam de pé, Chaos se certificava disso.
Elas se curvaram e agradeceram aos bem feitores.
-Podemos saber os nomes de vocês? - Uma mulher idosa perguntou.
-Chaos.
-Suguru.
-Satoru.
-Xavier.
-Suguru? - A mulher perguntou não querendo soar grosseira, porém se afastando instintivamente.
-Sim, aquele a quem chamam de destruidor de tronos. A Estrela Perdida da Coroa. - Disse cansado demais para negar.
-Ora, isso é ridiculo, nenhum trono foi destruído por sua causa. - Um senhor que aprentava ter mais de 70 anos o mirou com olhos afiados. - Eu conheço um homem inocente, quando vejo um. Foi muito gentil em salvar as pessoas que tanto te odiaram. - Ele curvou-se com esforço e agradeceu.
-Esse ódio foi semeado contra mim, não é culpa de vocês. - Suguru o apaziguou.
-Claro que é, nós preferimos dar ouvidos a um boato. - Ele meneou a cabeça e suspirou. - Vamos fazer questão de espalhar a verdade. É o mínimo que podemos fazer. - O homem prometeu, embora não fosse o suficiente, era alguma coisa.
- O que era aquilo? - Uma mulher assustada pergunto tomando o filho em seus braços.
- Aquilo é um fragmento de alma. Embora não seja tão simples. Preciso pensar mais sobre isso. - Suguru disse.
-Nós temos quel ir agora. - Chaos falou. E os quatro partiram silenciosos.
- O que era aquela coisa... com olhos? - Satoru perguntou.
-Eu não sei. - Suguru mirou Chaos que era o mais velho alí
-Eu também não faço ideia do que se trata. - O homem pareceu buscar no lugar mais distante de sua mente. - Não mesmo. - Ele concluiu
-Nunca ouvi falar de algo assim. Nem que pudesse existir um fragmento de alma tão poderoso. - Suguru disse preocupado.
-Bem. - Xavier começou. - Há muito tempo, existia uma tribo de vampiros. Minha mãe é oriunda de lá. Eles se chamavam Caminhantes, pois viviam mudando de lugar. Acontece que houve uma razão, para ela deixá-los.
Os três encaram-se e esperaram que o garoto prosseguisse com a explicação.
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A Estrela Perdida da Coroa
FanfictionUm contrato assinado por seu falecido avô, coloca Satoru Gojo em contato com um mundo desconhecido, onde a magia reina. Ao assumir o papel que foi designado para ele: Manter o pior criminoso do país aprisionado. Ele descobre que aquele a quem atribu...