CAPÍTULO 04

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CAMILLO
🌘🌑🌒


    O peitoral largo e quente contra mim me faz gemer baixinho. Eu olho para baixo e encaro as suas mãos envolvendo a minha cintura, que são tão enormes que juntas conseguem me envolver sem problema. O contato é tão delicioso que eu preciso me concentrar pra precisar conter o latejar constante na minha bunda, principalmente depois que ele sussurra essas palavras no meu ouvido e faz o seu hálito quente provocar arrepios na minha nunca.

     — V-você vai ser o meu Alfa? — Gaguejo, sem conseguir acreditar. Toco as suas mãos enormes e saboreio a sensação de estar contra o seu corpo imenso, absorvendo o seu calor e inspirando o seu cheiro.

     — Se você me der a honra de ser meu Ômega, sim. — Ele sussurra no meu ouvido. A sua voz rouca e linda me faz praticamente derreter contra ele.

   — Sim. — Respondo, sem conseguir evitar e esfregando o meu rosto no peitoral largo dele. Damian é tão enorme que eu quase não alcanço o seu peitoral, e olha que eu não sou tão baixinho assim.

     A chaleira apita novamente, então ele dá um passo para trás e volta a sentar na cadeira. Eu solto um suspiro de tristeza pela perda do contato, então vou terminar de fazer o café, que na verdade tá mais pra um chocolate quente, porque eu coloco bem mais cacau em pó do que café, além de muito açúcar mascavo.

    Não demora mais do que um minuto para eu preparar duas canecas para a gente. Eu não tenho muitos utensílios de cozinha, então tenho que improvisar na maioria das vezes. Também não gosto de acumular coisas desnecessárias porque não há espaço para isso aqui no chalé (disse o garoto que entope todo o espaço livre com flores...).

     Levo as duas canecas até a mesa e entrego a que tem mais conteúdo para o meu Alfa, puxando timidamente a minha cadeira ainda para mais perto dele. Meu olhar recai sobre as suas pernas grossas, que ficam ainda mais evidentes por causa da calça de linho. Uma proeminência nada pequena pode ser vista na sua virilha, e o simples pensamento me faz tremer levemente. Talvez eu seja um ômega meio tarado? Bom, talvez.

     — Está delicioso! — Damian exclama timidamente ao tomar um gole do meu 'café'. Eu observo o seu pomo de Adão subir e descer enquanto ele engole, tomando um pouco do conteúdo da minha própria caneca.

     — Aprendi quando era criança. — Dou de ombros e pego a pequena travessa com bolo de cenoura que fiz pela manhã, colocando-a na sua frente sem conseguir conter o sorriso. Saber que eu vou cozinhar para o meu Alfa daqui pra frente faz uma estranha sensação de satisfação cruzar o meu corpo.

     O olhar penetrante e escuro dele recai sobre o bolo, mas ao invés de ficar satisfeito, ele fica um pouco pensativo novamente, como se pensamentos intrusivos e furtivos estivessem tomando conta da sua mente.

    — E-eu... Não tenho nada à oferecer para você, Camillo. Não tenho dinheiro ou um título de nobreza. Não tenho propriedades e sequer roupas para vestir à não ser essa. — Ele diz, apontando para a própria roupa, olhando-me de um jeito que quebra o meu coração em pedacinhos.

     — Acha que eu me importo com isso? — Rosno, levantando e avançando na sua direção sem sequer perceber, exatamente como fiz na praia. Só que dessa vez ele está sentado, e ao invés de acabarmos estatelados no chão, eu acabo sentado no seu colo, pressionado contra o seu peitoral gostoso.

     — Você é meu Alfa, e eu não vou deixar você ficar se depreciando desse jeito!! Eu não me importo com dinheiro nem títulos. Tudo que quero é você! Estamos entendidos? — Agarro o seu rosto e faço-o me encarar enquanto explico palavra por palavra, sentindo a sua barba áspera contra as minhas palmas. Estico o meu corpo o máximo que consigo até ficarmos da mesma altura, de modo com que nossos rostos estejam à centímetros de distância.

    — Quero que você repita comigo: Eu sou um Alfa lindo, e meu Ômega me quer do jeito que eu sou. — Rosno, encarando os seus olhos pretos e saboreando o seu corpo enorme debaixo do meu. Suas mãos vão para a minha cintura e eu sinto algo inchar e endurecer contra a minha bunda, me fazendo arfar baixinho de prazer e excitação.

     — E-eu sou lindo, e meu Ômega me quer do jeito que eu sou. — Ele repete, me fazendo soltar um suspiro de alívio e abrir um pequeno sorriso.

    — Isso mesmo, Damian. — Enterro os dedos no seu cabelo escuro e grande, agarrando a sua nuca e acariciando-a levemente, fazendo o meu Alfa soltar um grunhido animalesco e apertar a minha cintura de maneira possessiva. Uma quantidade imensa de feromônios másculos, fortes e entorpecentes tomam contam do ar ao meu redor, me fazendo ficar bêbado de prazer e excitado.

     Consigo sentir a umidade do meu lubrificante natural se acumular na minha bunda sobre a sua dureza, mas não fico nem um pouco envergonhado com isso. Os feromônios maravilhosos dele são tão bons que eu exponho a garganta para Damian, em completa submissão e querendo ser dele por completo.

     — Você é meu. — Ele rosna, enterrando o rosno no meu pescoço e apertando a minha cintura ainda com mais força, esfregando a minha bunda contra aquela coisa enorme e dura que ele tem entre as pernas. Os lábios quentes dele roçam à pele sensível da minha garganta junto com a sua barba áspera, me fazendo gemer baixinho e puxar o seu cabelo com força, vendo estrelinhas.

     — S-sim, eu sou seu. — Gemo, sentindo os seus dentes arranharem a minha pele o seu corpo imenso me envolver. A sensação é tão deliciosa e diferente de tudo que já senti antes que não consigo fazer nada à não ser me entregar a ele por completo. 

    A gente fica assim por vários minutos, apenas sentindo o cheiro e o calor do corpo um do outro. Eu adoro a forma como simplesmente desapareço no meio do seu peitoral largo e cheiroso, enquanto escuto o seu coração bater de forma rápida e constante.

     — Você deve tá cansado de tanto viajar. Vai anoitecer logo, e eu posso preparar um banho pra você. — Sussurro para meu alfa, esfregando a minha bochecha no seu peitoral duro e me recusando a desgrudar dele.

     — Tudo bem, meu Ômega. — Ele responde, acariciando o meu cabelo com uma das mãos. O seu toque e o pronome possessivo me fazem tremer de prazer, como se fosse um gato manhoso.

     — Vou te mostrar o nosso chalé primeiro. — Ergo a cabeça e encaro o seu rosto lindo, querendo absorver cada detalhe antes de ter que sair de cima dele.

    

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DESTINADOS [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora