CAPÍTULO 22

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CAMILLO
🌘🌑🌒

    O resto da noite e o dia seguinte inteiro se passam como um borrão, com a gente fazendo amor sem parar e apenas algum um pouco de tempo de descanso entre uma sessão de sexo e outra. A gente fez amor no banheiro, na cozinha, na sala e no quarto tantas vezes que seria impossível de contar, apesar de cada vez ter sido ainda mais gostosa e enlouquecente que anterior.

    Eu acordo meio desorientado, como se tivesse dormido por séculos. O dia está bem claro lá fora e ainda estou me sentindo um pouco cansado, como se estivesse pesando mais do que verdadeiramente peso, e isso está retardando meus movimentos. Mas é inegável que eu estou me sentindo bem, principalmente ao ver o meu alfa enorme deitado ao meu lado na cama, completamente pelado, ainda num sono profundo.
  
    Ele também deve está cansado pra caramba, até porque Damian não parou quieto deste a lua cheia, dois dias atrás. Eu acaricio de leve o seu cabelo assanhado e levanto da cama, tentando fazer o máximo de silêncio possível, enquanto vou até o guarda-roupas para pegar roupas limpas.

     O nosso quarto está uma completa bagunça, como se um furacão estivesse passado por aqui. Há lençóis, roupas e toalhas  espalhadas por todos os lados, e a nossa cama está tão bagunçada que o colchão está numa posição estranha. Nós vamos ter que dar uma bela faxina no chalé daqui a um tempinho, mas por enquanto, eu só quero tomar um banho e beber um pouco de café.

🌘🌑🌒

    No banheiro, eu encaro o meu reflexo no espelho e observo o meu rosto corado e os lábios inchados, soltando um pequeno suspiro de satisfação ao lembrar de tudo que fizemos nesses dois dias. O meu primeiro cio junto com meu alfa foi mil vezes mais maravilhoso do que imaginei que seria, mesmo que a minha bunda ainda esteja ardendo um pouco, tanto por causa dos tapas que ele me deu quanto... Bom, todo o resto.

    Eu tomo um banho longo, saboreando a água quente e passando um bom tempo debaixo do chuveiro, cantarolando e lavando meu cabelo, antes de me secar com uma toalha e vestir as roupas que catei de forma aleatória no guarda-roupas, para então sair do banheiro e ir até a minha cozinha.

     Como sempre, faço um café do jeitinho que eu sempre gosto (e estou obrigando o meu Alfa safado a gostar também), embora já esteja mais para hora do almoço do que do café da manhã. Também faço ovos mexidos sem muita pressa, pra quando ele acordar, a comida ainda esteja quentinha.

      Não demora mais do que alguns minutos para que sons vindo do quarto, e depois do banheiro, ecoem pelo nosso chalé. Damian surge na cozinha ainda visivelmente um pouquinho cansado, com o cabelo úmido preso num coque e vestindo uma calça de pijama e uma camisa simples.

    — Bom dia, amor. — Abro um sorriso bobo e coloco o prato em cima da mesa, observando o meu Alfa lindo caminhar até mim e agarrar a minha cintura de forma gentil (embora eu quisesse que ele tivesse em camisa!), Mas antes que ele possa me beijar, Damian para no meio do caminho, como se estivesse petrificado.

     — O que foi, Damian? — pergunto, erguendo as mãos para tocar o seu rosto, mas ele arregala os olhos e agarra os meus antebraços.

     — E-eu... fiz isso com você? — Ele gagueja, olhando para os meus pulsos meio arroxeados. Uma onda de culpa flui através do nosso laço, me fazendo soltar um grunhido involuntário de tristeza também.

     — Não é nada, amor. Tudo bem... — Tento erguer as mãos para segurar o seu rosto, mas Damian dá um passo para trás, ainda completamente assustado.

     — C-COMO ASSIM NÃO É NADA, CAMILLO?! eu te machuquei!! Olha isso!! — Ele toca as minhas mãos de forma tão leve que é como se eu fosse desmontar caso ele aperte demais.

     — Se eu tô dizendo que não tem problema, é porque não tem problema!! Agora senta e come. — Cruzo os braços e encaro o seu rosto, tentando não franzir as sobrancelhas para ele.

    Damian ainda parece completamente estupefado, a ponto de entrar num colapso nervoso e sair correndo daqui. Eu cubro a distância que nos separa e abraço a sua cintura, impedindo-o de fazer isso.

    — Vem comigo. Vou te mostrar uma coisa. — Agarro a sua mão e ignoro totalmente essa sua expressão de cachorrinho desolado enquanto o puxo em direção ao nosso quarto, também ignorando totalmente as suas tentativas de protestar.

     Dou um chute na porta e o puxo em direção ao espelho, ignorando a bagunça maluca que fizemos enquanto fodiámos igual animais e indo até o espelho preso na parede.  Ele é do meu tamanho, o que significa que dá abaixo do peitoral de Damian, mas isso pouco importa quando eu puxo o Alfa até ele ficar de frente para o espelho.

     — Vira as costas e levanta a camisa. — Rosno, resistindo a vontade de dar um soco nesse Alfa safado e bobalhão, apenas porque a vontade de beija-lo ofusca a minha raiva. Damian parece não entender onde eu quero chegar, então agarro a barra da sua camisa por conta própria e a puxo para cima, revelando suas costas largas e morenas repletas e vergões vermelhos, alguns tão profundos que provavelmente tiraram um pouco de sangue.

     — Então. O que tem a me dizer? — Levanto uma das sobrancelhas, demostrando que eu não estou nem um pouquinho preocupado com isso. Eu deveria pedir desculpas? Provavelmente, mas é o mínimo que esse safado merece por ser tão bobalhão e por enfiar aquela tora de meio metro no meu cu.

     — Eu... Eu... Não é a mesma coisa!! Você é meu Ômega, eu deveria cuidar de você! Proteger você e...

     — Você faz tudo isso, amor. Não consegue perceber? E é por isso que eu te amo. — Abraço esse alfa fofo pela cintura e enterro o rosto no seu peitoral cheiroso, inspirando profundamente o seu aroma.

     — Desculpa por isso, amor. — Ele sussurra baixinho para mim, passando os braços ao meu redor, ainda com um cuidado sobrenaturalmente grande, que me faz querer dar um beliscão nele.

     — Agora vamos comer, antes que o omelete esfrie, Bobão. — dou um soquinho no seu ombro e começo a puxa-lo para fora do quarto de novo..
    

🌘🌑🌒

"AQUI JAZ UM CU QUE LUTOU BRAVAMENTE, PERSISTIU E NUNCA DEIXOU O CACETE DO SEU ALFA NA MÃO, MAS QUE TEVE UM FIM TRÁGICO POR CONTA DA GROSSURA DO CRUEL DESTINO

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"AQUI JAZ UM CU QUE LUTOU BRAVAMENTE, PERSISTIU E NUNCA DEIXOU O CACETE DO SEU ALFA NA MÃO, MAS QUE TEVE UM FIM TRÁGICO POR CONTA DA GROSSURA DO CRUEL DESTINO. QUE SUA MEMÓRIA SEJA HONRADA E MANTENHA-SE VIVA PARA SEMPRE. 🥺🥀"


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