CAPÍTULO 14

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DAMIAN
🌘🌑🌒


    Acordo com uma estranha sensação de felicidade e satisfação irradiando por todo o meu corpo. Meu Ômega lindo e cheiroso está nos meus braços, com seu corpinho pressionado contra o meu e o rosto enterrado no meu peitoral.

     As lembranças da nossa noite anterior assolam a minha mente como um vendaval de sensações e flashs, me fazendo abrir um sorriso bobo e soltar um suspiro apaixonado, acariciando o cabelo macio e encaracolado dele, enquanto o seu cheiro adocicado (e o meu próprio, que está completamente impregnado nele) emana da sua pele pálida.
  
   Cada segundo enquanto fazíamos amor foi perfeito. Eu nunca havia sentido nada assim em toda a minha vida. Estava com medo de machucá-lo por causa do meu tamanho, mas meu ômega safado me tomou por inteiro naquele seu interior quentinho e apertado, enquanto ele rebolava no meu colo e me permitia fazer o que quisesse com ele.

     A primeira vez foi meio desajeitada e experimental, e eu estava um pouco envergonhado por ser tão inexperiente sobre isso. A segunda vez que fizemos amor foi lenta e carinhosa, tão maravilhosa quando a primeira. Depois, ficamos nos beijando por horas e horas e sussurrando palavras apaixonadas, comigo ainda dentro dele, sentindo a minha própria semente quente encher o seu interior apertadinho e delicioso.

     O simples pensamento faz o meu membro começar a latejar contra a virilha do meu ômega, que ronrona baixinho e continua dormindo, inspirando o meu cheiro. Os meus braços estão envolvendo-o por inteiro, e as minhas mãos ainda estão segurando a sua bunda redonda e maravilhosa, que encaixa perfeitamente nas minhas palmas.

    Tento ignorar a minha própria excitação e enterro o nariz nos seus cachos dourados, inspirando o seu cheiro bom e tomando cuidado para não acorda-lo. Pela luz forte que entra pela janela, provavelmente já são umas nove horas da manhã, mas como meu ômega lindo ainda deve estar bastante cansado, é bom deixá-lo descansar até mais tarde.

    Com bastante cuidado, retiro as minhas mãos dele e levanto devagarinho da cama, tentando não fazer barulho e resistindo à vontade de encher seu rosto de beijos (porque preciso escovar meus dentes antes).

    Camillo ronrona igual um gato manhoso e parece sentir falta do meu calor assim que desço da cama, então pego o cobertor felpudo e enrolo no seu corpo nu, soltando um suspiro apaixonado e possessivo ao ver aquela marca que deixei no seu pescoço delicado com meus dentes.

     Cato a minha calça do chão e saio do quarto na ponta dos dedos, ainda com um sorriso bobo no meu rosto e uma felicidade imensa praticamente se condensando ao meu redor como uma nuvem.

🌘🌑🌒

    Depois de tomar um banho rápido e escovar meus dentes, resolvo fazer o café da manhã para meu Ômega. Vivi sozinho durante a minha vida inteira, então sei cozinhar muito bem, apesar de não tão bem quanto Camillo.

     Sei que ele gosta de café bem doce e com chocolate dentro, então procuro os ingredientes na sua pequena e arrumada cozinha, abrindo as gavetas do armário de madeira e colocando a chaleira no fogão. Há dois potes de vidro com um pó marrom escuro dentro, e só depois de destampar e sentir o cheiro, consigo saber o que é café e o que é chocolate.

     Estou prestes a colocar o chocolate e o café na água fervente quando som de cascos do lado de fora chama a minha atenção. Eu olho rapidamente pela janela e vejo uma carroça se aproximando pelo sinuoso caminho repleto de flores, seguindo aquela cerca de estacas de madeira.

     Retiro a chaleira do fogo e coloco os potes de vidro em cima da mesa, para então começar a caminhar até a porta da cozinha, pouco me importando em estar vestindo apenas uma calça.

     O dia está claro e ensolarado aqui fora, me fazendo ter que colocar a mão um pouco acima dos olhos para conseguir ver a carroça se aproximar. O homem que está conduzindo os dois cavalos é claramente um alfa, e deve ser uns dois ou três anos mais novo que eu. Seu cabelo é castanho escuro e cortando bem curto, e seus olhos são de mesma cor.

     — Olá, bom dia! — O homem diz ao se aproximar, avaliando-me de cima à baixo com curiosidade. Não consigo indentificar nada no seu olhar à não ser gentileza e bastante bom humor, e isso me faz relaxar instantaneamente.

     — Bom dia. — Respondo, ciente de que ele consegue sentir o cheiro do meu Ômega impregnado em mim. O rapaz ergue tanto as sobrancelhas que a cena é um pouco engraçada.

    — Meu nome é Charles. Costume vir comprar mercadoria para o meu comércio aqui com o Camillo. Ele está? — Charles desce da carroça e vem até mim, estendendo a mão para mim e me analisando de cima à baixo. Ele é bem mais baixo que eu, apesar de ser vários centímetros mais alto que meu ômega também.

     — Meu Ômega está dormindo ainda.  — Explico de forma possessiva, mas sem grosseria, enquanto aperto a mão dele.

     — Aaah. Então vejo que Camillo finalmente encontrou alguém que fosse do seu agrado. — Ele diz, dando de ombros e abrindo um pequeno sorriso.

     — Como assim? — Pergunto, um pouco curioso.

    — Aquele Ômega já teve tantos pretendentes que seria impossível contar. Pelo menos eles são pretendentes até Camillo expulsar cada um deles à pontapés caso cheguem à menos de um quilômetro daqui. — Ele explica, soltando uma risada engraçada.

     Isso me deixa surpreso e feliz ao mesmo tempo. Quer dizer que meu ômega fofo me escolheu mesmo tendo centenas de outros Alfas tentando corteja-lo...?

     — Qual seu nome?

     — Ahn... Damian. — Digo, saindo dos meus devaneios.

     — Vocês tem alguma coisa pra mim hoje, Damian?

     — Na verdade temos muitas frutas e legumes, mas provavelmente vai ser a última safra pelos próximos dois meses, porque vamos replantar. — Digo, levando-o até o outro lado do chalé, onde as caixas e cestos com frutas, legumes e verduras estão.

     — Nossa! Essa deve ser a maior colheita que Camillo já me vendeu. — O outro alfa exclama ao ver a quantidade de verduras que temos, completamente impressionado.

     — Na próxima colheita teremos muito mais que isso.

     — espero que continuem me deixando como comprador preferencial!! — Ele diz, dando um soquinho no meu ombro e indicando silenciosamente para que eu o ajude a colocar as caixas na sua carroça.
    

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DESTINADOS [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora