Patética

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POV Madson Brown

Talvez eu tenha chorado tudo o que vinha guardado durante anos, era como se todo o peso que eu estava segurando e escondendo tivesse chegado ao limite suportado e explodisse em um tsunami de lágrimas. Não sei quanto tempo passei chorando, mas a verdade é que quando as primeiras lágrimas caíram só consegui parar quando toda tristeza e vazio tinham passado. 

Pelo menos um pouco, porque esse sentimento nunca de fato ia embora.

Mas quando enfim consegui me acalmar um pouco, é que cai a fixa que estava chorando, chorando em horário de trabalho. E se só esse fato seria terrível, eu estava chorando em horário de trabalho no ombro de um colega de trabalho. E digo mais, estava chorando em horário de trabalho no ombro de um colega de trabalho na frente de uma delegacia, onde qualquer um podia ver.

Minha nossa! Eu era patética.

Primeiros dias em meu novo emprego e já estava fazendo isso. Demonstrando que talvez eu não deveria estar aqui. Qualquer um que passasse e visualizasse essa cena poderia pensar isso.

É com esses pensamentos fervilhando, que eu começo a me afastar. Não totalmente, porque assim que consigo olhar para Spencer, travo.

Seus olhos me travam.

Sua expressão de profunda preocupação me trava.

Seu toque macio no meu rosto, enxugando uma única lagrima que insistia em cair, me paralisa.

Não digo nenhuma palavra, não movo um único músculo, apenas o observo.

Ele era lindo.

Lindo, inteligente, preocupado e carinhoso

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Lindo, inteligente, preocupado e carinhoso.

Minha nossa, o que estava acontecendo com o meu cérebro?

Ele era me colega de trabalho, não era porque estava sendo gentil comigo que eu devia ficar tão encantada.

Mas eu estava, completamente, encantada por ele.

Mas sejamos honestos, colegas de trabalho poderiam ser gentis um com o outro, certo?

Certo! Com certeza! 

Digo a mim mesma.

Então não é porque ele estava sendo gentil comigo que eu de repente deveria sentir uma súbita falta de seu toque em meu rosto. Mas sinto isso, assim que a lágrima é seca, e ele me olha nos olhos, com uma expressão de profunda preocupação.

É errado querer que ele continuasse me olhando? Me tocando?

O QUÊ?

Dou um passo para trás.

Seguro, preciso ficar em um lugar seguro.

- Desculpa por isso - falo, desviando o olhar dele. Qualquer lugar que eu olhar agora é mais seguro do que olhar diretamente para ele, então olho para o chão - Não vai se repetir.

Louder Than Words (Criminal Minds - Spencer Reid)Onde histórias criam vida. Descubra agora