Meu coração doía, minha alma gritava querendo que eu me desmanchasse em lágrimas. Ódio, revolta, dor e impotência era o que eu sentia.
Olhava para o celular e me perguntava como ela conseguiu meu número?
Não me punia por escolher novamente meu número. Se tivesse um novo não saberia o que estava acontecendo com a ruiva. Meu sangue fugiu do corpo só consigo rever várias e várias vezes Day com a bebê em cima dela.— Filha você está pálida, o que tem?— Passei a mão no rosto e olhei para os dois.
Clay está me analisando e antes que ele perceba ter algo errado levantei de onde estava.—Dor de cabeça. Vou me deitar um pouco.
—Quer que eu ligue para Nik?
—Não, não… só preciso deitar mesmo.
Não queria ver meu amor e ter que escolher Day ou ele.
Enquanto caminhava só pensava em tudo que me aconteceu e tudo que ainda está por vir.
Minha família e a família da ruiva estão em minhas mãos. Preciso de um plano, preciso de algo que não acabe com Nik sofrendo com meu pedido de divórcio"Merda!" Bato a porta e me jogo na cama. A lembrança de nossos momentos e dos nossos filhos chegando toda noite faz com que eu chore.
—Amo vocês, são tudo que eu preciso, são tudo para mim.— Abraço o travesseiro de Nik apertando-o como se fosse seu corpo. — Meu amor perdoe-me. Meus filhos perdão.— Aos soluços imploro como se eles estivessem ouvindo.
Meu celular dá alerta de mensagem e eu o pego.
— Saia de onde estiver e me ligue.— Respirei fundo e sequei os olhos antes de ligar, dois toques e… — Olá, maldita com o sobrenome igual ao meu.—
Apertei o aparelho na mão sentindo estar apertando o pescoço dela.
— Fale, não tenho ninguém perto de mim.
—Ótimo! Gosto de garotas obedientes. Sabe, essas crianças que você convive são de direito meu.— respirei fundo para não gritar com a maldita.
— São meus, eu os gerei!
— Seus porque um erro de uma infeliz os colocou em você. Você destruiu minha vida, sabia?
—Você fez isso consigo mesmo assim que traiu Niklaus dando-lhe remédios.
—Por favor, quem é você para me falar isso? Deixemos isso de lado, a questão em pauta aqui, é que, ele não será nem meu, nem seu.— ela cospe do outro lado as palavras pensando ser fácil destruir meu amor por Niklaus. O que é um papel de divórcio perto do nosso amor? Penso e ouço: — Quero que fale com ele e mantenha o celular ligado para eu ouvir. E cuidado para ele não descobrir, caso contrário… a ruiva irá… TIC TAC…— ela simplesmente desliga.
Olhando para o aparelho eu permaneço inerte. E só uma coisa me veio à cabeça e como sou inteligente. Peguei o notebook de Nik e liguei meu aparelho nele. Movi tudo que eu entedia de TI para vistoriar meu número e não foi novidade descobrir que aquela puta clonou meu chip.
— Vagabunda desgraçada.— rosnei entendendo que a coisa ruim tivesse dito-lhe que eu iria usar o mesmo número.
Essa mulher esperou dia após dia para eu reativar meu número. Não posso ligar para ninguém. Nem mandar nada, que droga, tenho um número onde nem posso usar.Ela precisava de um procedimento meu então… tirei meu aparelho e fui ao número de Nik.
— Niklaus deixe as crianças na sua mãe, pois precisamos ter uma séria conversa no horário do almoço.— Imagino o belo rosto dele se contorcendo em desgosto ao ler "Niklaus".
Sinto muito meu amor, infelizmente faz-se necessário que leia assim.— Docinha… Niklaus???— Ele mandou várias interrogações.
— Não é seu nome?— uso mais uma vez a ignorância para o afetar.
Meu coração dói e a lágrima descia molhando meu rosto.—Meu amor, o que você tem?— Ele tenta entender porém…
— Na sua casa conversaremos!— e secando meus olhos jogo o aparelho mesmo ouvindo as notificações de mensagem ignoro.
Não peguei o aparelho e fiquei jogada na cama esperando ele vir almoçar. Érico vai entrar em contato com Nik para falar do sequestro de Dayana. Só tenho que aguardar Nik vir para o almoço.
Permanecia no mesmo lugar contando os minutos para ele entrar. Sentei-me e observei até ver a maçaneta sendo girada. Rápida liguei para o número colocando o celular no móvel na lateral da cama.
A porta é aberta e meu coração se afunda. Não tem o que pensar eu só tenho que…— Docinha?— ele parou em minha frente olhos atentos e cheio de amor por mim.
Sinto vontade de chorar, mas não posso, tenho que tentar ser fria e verdadeira. Dayana e a bebê precisam de mim.
—Niklaus?— digo em um tom mais alto para que a praga pudesse me ouvir.
—O que está acontecendo?— ele ergue a mão para me tocar e eu me afastei.
—Não me toque!— digo alto. O ódio de imaginar aquela maldita mulher rindo da situação em que estou rasga minha alma e a vontade de a esganar com minhas próprias mãos fazem com que eu junte os punhos em fúria. — Niklaus, eu estou farta dessa vida.— digo prendendo o choro e quase rasgando a palma das minhas mãos ao enfiar as unhas nelas.
— Farta desta vida? Uau!— Nik passa a mão no cabelo e seus olhos se arregalaram. —Que porra está falando Lumena?
—Eu e você, juntos, foi um erro.—
...(Hahaha)... ele ria de nervoso e escárnio.— Nós dois juntos, foi um erro? Caralho…— passa as mãos nos cabelos em desespero, sinto vontade de o abraçar, mas me contenho.
—Sim! Um erro que pretendo consertar.
— Consertar, okay, okay… não sei que porra está falando, nem que caralho está acontecendo, mas de manhã quando eu te deixei, você não estava assim. Vou te perguntar mais uma vez: o que está acontecendo Lumena?
— O que está acontecendo Niklaus, é que, eu não quero mais ficar casada com você!— os olhos dele quase soltam da órbita tamanho choque. Comecei e iria terminar. Se o amor dele por mim, for forte como é o meu amor por ele, ele entenderá que tenho motivos para fazer isso. Juntando todas as minhas forças eu grito — "Niklaus Hartmann eu quero o divórcio."
Continua com Niklaus...
Obrigada aos que estão lendo,e ..
Beijos no coração 🥀🥀🥀
VOCÊ ESTÁ LENDO
Trigêmeos um para um milhão +18(Concluído)
RomanceA chance de Niklaus ser pai era um para um milhão até sua namorada decidir uma inseminação. Mas um erro médico faz com que Lumena seja a mãe dos filhos. Nikolaus não terá só um filho mais trigêmeos. A vida dele muda totalmente ao descobrir os trigêm...