Cap.55 Érico

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Meu coração estava dilacerado, a dor aumentava cada segundo que se passava sem eu saber onde estava minha ruiva e minha filha. Não consegui soltar Henry. Temia ele sair e sumir também.

— Papai não sola!— abraço meu filho e agarrando-o eu tento parar de chorar.

— Deixa o papai chorar meu filho. Só me abrace.— seus curtos bracinhos me seguram com firmeza.

— Papai, eu que a mamãe.— abracei-o mais forte sem poder lhe contar que a mamãe sumiu com a irmãzinha dele.

— Érico meu filho, solte Henry. Ele precisa respirar, se continuar assim vai assustar ainda mais o menino.— tia fala e mesmo temendo soltei-o.

— Não sai de perto do papai.

— Hum-rum!—  ele sacode a cabeça em positivo.

— Migo… migo… migo…— os trigêmeos vem gritando.

— Vamo binca?

— O papai pecisa deu.— fala e me olha com amor. Beijei sua cabeça, e…

— Vá brincar com seus amigos Henry.— a voz de Nik ecoa e ele  entra ao lado de Lumena. Seus olhos mostram preocupação.
Levei a mão ao peito sentindo a dor aumentar.
Ele tem notícias da minha ruiva, eu sinto que não é nada boa.

— Nik?— ergui do sofá, e Nik balançou a cabeça em negativo mostrando Henry.

— Filho pode brincar.— meu filho saiu correndo ao lado dos trigêmeos e na inocência de criança feliz não imagina a gravidade da situação que estamos passando.

— Irei cuidar deles, podem conversar a vontade!— Disse a tia Neilla.

— Obrigado, tia.— ela beijou meu rosto, e foi até Nik e Lumena.

— Obrigado, mãe!— Tia Neilla beijou Nik e Lumena e saiu para cuidar das crianças, assim que vi estarem longe.

— Nik?— fui até ele — O que está acontecendo?— ele suspira pesadamente e assente para Lumena falar algo:

— Érico, a ruiva está bem, porém...—  Fechei meus olhos e senti meu estômago revirando. Os 'poréns' nunca são bons! Queria vomitar, gritar, esmurrar, mas tive que me conter e perguntar:

— Como sabe disso Lumena?

— Ativei meu antigo número.— ela balança o aparelho. — Érico alguém entrou em contato comigo, enviou uma foto.— levei a mão para pegar o celular, porém Nik segurou minha mão.

— Não toque no aparelho. Ouça tudo que Lumena irá falar e entenderá.— assenti e olhei para Lumena esperando ela continuar seu relatório:

— Érico, sei que o que irei falar vai te arrasar assim como fez comigo, porém… Érico...—  Nik segura meu ombro.

— Seja forte!— assenti para meu amigo.

O meu coração está estraçalhado e sei que é sobre a minha ruivinha, mas seja lá o que for eu irei mover o mundo para trazê-la novamente para meus braços e do nosso filho.

— Eu sou forte, não importa onde ela estiver, eu… 

— Vamos encontrá-la!— Nik afirma. Amigos nesta hora é tudo que eu preciso.

— Obrigado, eu sei que iremos. Lumena por favor…

— Érico a foto era da Day com a sua filha.

— Como? — eu não consegui diferir de primeira, parecia que... — Você disse quê?

— Sua filha nasceu!— abracei Nik e chorei como uma criança desprotegida.

— Nasceu? Ela nasceu sem a minha presença. Minha ruivinha deve ter sofrido tanto.— a dor rasgava e eu chorava.

Trigêmeos um para um milhão +18(Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora