capítulo 24.

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Cheryl Blossom pov.

eu estava tentando dizer para a minha prima que eu ficaria bem em casa, mas ela está insistindo para que eu fique na casa dela enquanto não volto a ficar bem fisicamente.

- Betty, é sério. - me sento novamente naquela cama desconfortável do hospital.

- ai, é impossível te contrariar. - ela revira os olhos. - vou tomar uma água.

- vou com ela. - Verônica diz. ela também estava insistindo para que eu fosse ficar com ela.

- eu juro que se eu pudesse, você ficaria na minha casa. - Toni se aproxima de mim, depois que elas saem. - mas como não tem jeito, você precisa ir ficar com a sua prima. pelo menos por um tempinho, até você ficar um pouco melhor.

- eu não preciso não. - retruco. - é sério.

- Cheryl, eu não vou te deixar naquela casa com o seu pai! - ouço a mesma relutar alto e séria. - você ouviu o que eu falei? o enfermeiro disse que você precisa se alimentar direito e precisa descansar. acha que o seu pai vai pensar nisso?

suspiro pesado e nego com a cabeça. é sério que não tem como contrariar a Topaz?

- por favor, eu preciso saber que está bem de verdade. - ela abaixa o tom de voz. - você é a minha amiga e eu me importo com você, mesmo.

- tá, eu vou. - reviro os olhos, finalmente cedendo.

Toni acaba sorrindo aliviada ao me ouvir dizer isso.

já eu, revirando os olhos insatisfeita ao dizer isso.

『...』

- Cheryl? - a minha tia grita animada, ao me ver entrar. - querida, quanto tempo!

- oi, tia. - abraço a mesma. - eu vim...

- ela veio passar essa semana aqui. - Betty diz por mim. - queremos passar mais tempo juntas e você é quem bem sabe que morro de medo da Thistlehouse.

- coisa da cabeça dela, tia. Thistlehouse é só uma casa. - olho para a minha prima, como se estivesse jogando uma indireta.

- fique o tempo que precisar. - tia Alice deixa um beijo na minha bochecha. - eu vou preparar uma torta de morango para o jantar.

- então faz duas, vou convidar a Verônica e uma amiga. - Betty informa. - vem, prima. vamos lá pro quarto.

- oi, Cheryl. - Polly diz sorridente.

Betty me puxa para o seu quarto, sem nem me dar chances de respondê-la.

- Betty, não quero que conte o motivo de eu estar aqui para o meu pai. - falo tensa. - muito menos ao Jason. só fala que... sei lá, que você quis que eu passasse uns dias aqui.

- pode ficar despreocupada. - pega nas minhas mãos. - mas Cheryl, quero conversar com você. eu fiquei tão nervosa, o que te levou a fazer isso?

- foi bobagem da minha cabeça. - nego rapidamente, mas ela parece não se convencer do que eu falo.

- não foi não. - se senta ao meu lado. - quando uma pessoa pensa em fazer isso, acredite, ela está literalmente no fundo do poço. e eu quero que confie em mim e me conte.

- eu não sei dizer, eu só estava... sei lá. não estava pensando direito. - minto. - eu juro.

- prima, eu te amo. - fala, me fazendo sorrir de imediato. - e eu não quero nunca saber qual é a dor de te perder. você é uma das poucas pessoas que eu realmente me importo nesse mundo. e ainda é a qual eu mais me importo.

- eu também te amo, Betty. - dou um beijo rápido na sua bochecha. - me desculpa.

antes que ela pudesse responder alguma coisa, vejo Verônica entrar no quarto com uma cara de velório.

e isso definitivamente não combina nada com ela.

atrás dela estava Toni, que abre um sorriso fraco ao me ver.

as duas se aproximam de mim, mas elas acabam se batendo sem querer, já que vieram as duas juntas.

Verônica balança a cabeça positivamente para Toni,  que dá outro sorriso fraco e se aproxima de mim, sozinha.

- oi, Cher. - ela me abraça forte e eu dou um sorriso. - como você está?

- oi, Tee. eu estou ótima. - a real é que eu não vou ficar pagando toda hora que não estou bem.

ela me olha desconfiada, certamente não acreditando nada no que eu disse.

- de verdade. - forço um sorriso.

- Toni, você não quer ir comigo ver se a minha mãe está terminando o jantar? - Betty para na porta do quarto, esperando uma resposta de Toni.

- quero, quero sim. - Toni responde. - eu já volto.

elas saem e me deixam sozinha com Verônica, que continua com aquela cara de enterro.

- cha-cha, está tudo bem com você? - me viro para ela, desconfiada e curiosa. - está estranha.

- estou com medo. - responde baixo e com a voz trêmula. - quando você fez aquilo... eu fiquei paralisada, não tive reação. e agora que a ficha me caiu, eu continuo sem reação.

- esquece isso, por favor. - peço, pegando nas mãos dela.

- não tem como, óbvio que não tem. - ela diz, deixando lágrimas caírem. - é totalmente impossível esquecer que a minha melhor amiga tentou se suicidar. e se Deus o livre você tivesse conseguido? como eu iria conseguir ficar sem você?

- mas eu não consegui. - eu realmente estou tentando tirar esse pensamento da cabeça dela, mas está muito difícil. - eu estou bem aqui.

- mas poderia não estar, Cheryl. - contradiz. - e eu não quero o mundo sem você. não quero o meu mundo sem você.

sem responder mais nada, puxo-a para um abraço forte e duradouro.

- eu te amo muito, cerejinha. - diz em quase um sussurro.

- eu te amo também, Ronnie.

- desculpa atrapalhar, mas o jantar está pronto. - assim que ouvimos a voz de Betty dizer, nos afastamos.

eu disse que estava sem fome, mas Toni fez o favor de ficar me lembrando que eu precisava comer.

e depois do jantar, nós voltamos para o quarto da minha prima e ficamos conversando.

- meu Deus!! - Betty diz pausadamente, parecendo aterrorizada ao ver algo no celular.

- o quê? - Verônica pergunta. - Betty, responde.

- Fred Andrews... - ela murmura sem conseguir terminar, mas afinal, nem precisava. nós já sabíamos o que iria vir.

- o que está acontecendo com essa cidade? - Verônica tapa a boca, completamente desacreditada.

- coitado do Archie. - foi a única coisa que conseguiu sair da minha boca no momento.

- ele vai precisar muito da gente agora.

a garota da cadeira ao lado - Choni.Where stories live. Discover now