CAPÍTULO 11

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Para ela: todos os dias, eu tenho a chance de me apaixonar mais um pouco por você. Esse sentimento não é recente. Você tem sido o amor da minha vida e o amor que eu quero pra minha vida. Não podemos agora, mas meu coração é seu e eu vou te esperar quanto tempo for necessário. Ninguém pode mudar isso.

 Ninguém pode mudar isso

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"Amigos não mentem." - Stranger Things.

SADIE SINK POV

Na manhã de segunda-feira, levantei cedo. Mais cedo do que o habitual. Tomava café da manhã sozinha numa cozinha grande, porém vazia como toda aquela casa, grande e vazia. Mamãe se recusava a passar muito tempo nela, pois tudo que havia ali lembrava o papai, então ela se entupia de trabalho e passava a maior parte do seu dia no hospital. Eu, por outro lado, também tenho tentado ocupar todo o espaço em branco de atenção que eu não estava recebendo. E tudo bem, não é apenas de atenção que se vive o ser humano. Mas é por falta dela que ele afunda. Sinto que estou sendo dramática, que várias outras pessoas passam por coisas piores todos os dias e mesmo assim vivem suas vidas. Então tento viver a minha. Mas é isso que a vida significa: tentar e nem sempre obter o resultado esperado. A vida é uma caixinha de surpresas.

A campainha toca. Levanto rapidamente e tento terminar de beber o suco no processo e consigo. Corro para a sala de estar e pego minha mochila sobre o sofá, indo até a porta da frente.

-- bom dia, flor do dia. -- Millie diz, com seu sorriso animado que morre em segundos -- está sozinha de novo?

Assenti e fechei a porta ao sair.

-- estou acostumada. --

-- você não tem que se acostumar com isso. -- ela disse, com um tom calmo, porém revoltado.

-- não é como se eu conseguisse mudar o que está acontecendo. -- sorri para ela e me encaminhei em direção a seu carro.

Tento abrir a porta, porém está trancada.

-- ah, desculpe. -- ela diz, rapidamente pegando a chave e tirando a trava de segurança. Logo entro e ela corre para o outro lado, ocupando o banco do motorista.

[...]

Parada na frente do meu armário pegando alguns livros que precisava para minha aula, lembranças do dia de ontem invadem minha cabeça involuntariamente. Ainda estou um pouco surpresa por saber que ela tem um filho. Um filho lindo que a lembra em muitos de seus traços. Ao pensar nisso, meus olhos percorrem todo o corredor automaticamente, sem o meu controle, procurando pela mulher. Não teria aula dela hoje, o que realmente é uma pena, mas talvez tenha a oportunidade de esbarra-la em algum lugar. Não que eu esteja esperando por isso.

Ali estava ela, com sua habitual bolsa transversal de couro que portava o notebook. Conversava com um aluno do primeiro ano, parecendo dar instruções de alguma coisa. Ela parou de falar para o ouvir, olhando com seus olhos profundos para os dele. Não olhou para mim, mas me senti tremer com a possibilidade. Ela abriu um sorriso mediano para ele e assentiu devagar. Involuntariamente, sorri junto. Mas me assusto ao ouvir o sinal tocar e tenho que parar minha observação a metros de distância da minha professora de filosofia. Fecho o armário e lhe dou mais uma olhada. Agora ela me olhava. Meu coração deu um solavanco, e minhas bochechas ganharam uma cor mais viva. Tenho que desviar o olhar e me retirar do local antes que desmaiasse.

SUBSTITUTE TEACHER (SADIE SINK) Onde histórias criam vida. Descubra agora