E se você fosse uma professora de filosofia, contratada para dar aulas para adolescentes assim que sua tia se aposenta? E se conhecesse uma ruiva estonteante e descobrisse que é sua aluna? Você sabe que não deveria envolver seus sentimentos com seu...
Para ela: meu interesse finalmente tem mudado nos últimos meses.
Tão curtindo a maratona? Talvez eu faça uma de "o lado que você não conhece".
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"A vida é bela apesar de tudo." - O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
SADIE SINK POV
A diretora abre a porta e da passagem para o garoto sair primeiro. Ele faz questão de bater seu braço contra o meu.
-- entre. -- ela diz, deixando a porta aberta e indo se sentar em sua mesa.
Meus amigos me olham com olhares encorajadores assim que eu entro na sala, logo fechando a porta. Ao me virar, S/n estava sentada em uma das poltronas na frente da mesa da diretora, com uma xícara de café na mão. A diretora estava logo atrás de sua mesa.
-- sente-se. -- falou, apontando para a poltrona vaga ao lado de S/n.
Assim faço. S/n me olha confusa e coloca uma perna sobre a outra, dando mais um gole em seu café.
-- Arthur me disse que você se abaixou de propósito para fazê-lo cair. -- ela começa e s/n a olha.
-- eu não fiz isso, diretora. -- eu disse, tentando manter a calma -- um dos meus amigos jogou o meu livro no chão e eu me abaixei para pegar, mas não vi ele vindo. --
-- não foi o que ele disse. --
-- com licença, diretora. -- S/n se intromete. -- como pode saber o que aconteceu se está confiando apenas no que o garoto falou? --
-- perdão, senhorita Crawford. -- ela sorriu -- estou tentando achar a solução do problema. --
-- creio que sim. -- S/n diz, olhando nos olhos dela e voltando a beber seu café.
S/n sabia que a diretora poderia ser rebaixada de cargo ou até revogada, caso seu trabalho na escola não estivesse sendo feito de forma totalmente honesta. Era assim que funcionava. Bastava uma ligação aos superiores para colocá-la na lista de investigação.
-- conte-me o que aconteceu do seu ponto de vista. -- ela falou, me olhando.
-- mas...eu acabei de contar. -- falei e s/n deu uma leve tocida, como se me dissesse para não contraria-la. -- certo! Meu amigo deixou o meu livro cair no chão e eu me abaixei para pegar. Não vi quando ele veio correndo. --
-- por que não olhou para os lados para se certificar antes? --
-- por que ele não olhou para frente? -- S/n se intromete novamente -- e não deveria estar correndo nos corredores da escola. Esta é uma das regras, diretora. Por que ela deveria ser a única a se certificar de algo? -- S/n levanta as sobrancelhas, bebendo seu café novamente.
