CAPÍTULO 3

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Para ela, por me levar ao céu e ao inferno ao mesmo tempo. Por me deixar confusa e por ser misteriosa. Por estar tão machucada quanto eu. Por ser linda e ter uma mente brilhante.

"Palavras são, na minha não tão humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia

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"Palavras são, na minha não tão humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia. Capazes de ferir e de curar." - Harry Potter e as Relíquias da Morte.

SADIE SINK POV

RECOMPONHA-SE!

VAMOS, LEVANTA DAÍ E PARA DE CHORAR!

Gritava a voz em minha cabeça. Ainda estava sentada no sanitário na mesma posição. Minhas bochechas estavam vermelhas e grudentas pelas lágrimas em processo de secagem. Já faz alguns minutos que parei de chorar e encarava a porta da cabine. Não digo uma palavra. Os soluços cessam com o tempo e meus olhos ardem. Respiro fundo, sentindo meus pulmões ganharem vida novamente. Solto minhas pernas, as deixando irem de encontro ao chão até que meus pés pousem sobre o sólido. Devagar, me levanto, abrindo a porta da cabine.

Havia alguém ali. Parada, olhando para baixo. Suas mãos estavam apoiadas na pia, mas não consegui ver seu rosto pelo reflexo no espelho. Quando me movimento, meus passos ecoam por todo o lugar, assustando a mulher.

-- Jesus! -- diz, levantando seu rosto e me olhando rapidamente.

-- desculpe. -- digo, indo até a pia e ligando a torneira.

Pego um pouco de água e respiro fundo antes de jogar em meu rosto. Sinto os olhos da mulher sobre mim, parecendo me analisar. Estava me deixando incomodada, pois odiava muita atenção, ainda mais quando chorava.

-- você está bem? -- ouço sua voz atravéz do som da água caindo na pia.

Desligo a torneira.

-- estou. -- digo, simplesmente. Não olho para ela, muito menos levanto meu olhar para ver atravéz do espelho.

-- acredito que...-- corto sua fala.

-- estou bem! -- digo, irritada. Não com ela, mas com a situação. -- não é nada!

-- tudo bem. Desculpe! -- ela diz, e então a olho.

Nunca a tinha visto por aqui e acredito que não seja aluna nova, pois aparentava ser mais velha. Daria no máximo 26 anos para ela. Usava terno preto, com as mangas levantadas até metade do antebraço. Sua camisa social com alguns botões abertos também era preta, junto a calça e aos sapatos. Era mais alta do que eu, mas não muito.

Não digo nada, mas a deixo para trás depois de olha-la uma última vez, me dirigindo para fora do banheiro. Ela não me segue.

[...]

Ao entrar de volta na sala de aula, Trunchbull não estava lá. Todos os alunos me olham em silêncio, observando eu caminhar até o meu lugar e voltar a me sentar.

SUBSTITUTE TEACHER (SADIE SINK) Onde histórias criam vida. Descubra agora