E se você fosse uma professora de filosofia, contratada para dar aulas para adolescentes assim que sua tia se aposenta? E se conhecesse uma ruiva estonteante e descobrisse que é sua aluna? Você sabe que não deveria envolver seus sentimentos com seu...
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"O amor é a força mais poderosa do universo e quando duas pessoas se amam, nem a distância nem o tempo podem separá-las." - O Melhor de Mim.
S/N CRAWFORD POV
Sadie e eu saímos do quarto de Aaron e eu tranco a porta atrás de mim com cuidado para não fazer barulho e acabar acordando meu filho. Sadie me esperava pacientemente com as mãos dentro dos bolsos do moletom que ela usava que, por acaso, era meu. Mas não comentei sobre isso, ela estava linda com ele.
-- está com sono? -- perguntei enquanto a acompanhava em direção ao quarto dela.
-- um pouco. -- respondeu e sorriu para mim -- você não? --
-- estou, sim. -- digo, parando na porta de seu quarto.
Sadie e eu ficamos em silêncio, não sabendo o que dizer uma para a outra. Coloco minhas mãos dentro dos bolsos da minha calça e a observo se encolher um pouco, parecendo envergonhada sob meu olhar.
-- acho que é melhor eu entrar...-- ela disse, apontando para a porta do quarto.
-- acho que sim. -- digo, achando fofo suas bochechas coradas, mas não falo sobre isso para não deixá-la mais envergonhada.
-- boa noite, professora. -- disse, sorrindo fraco para mim.
-- boa noite, senhorita Sink. -- falei, a analisando.
Sadie se aproximou mais um pouco de mim e eu fico imóvel no lugar. Ela pressiona seus lábios em minha bochecha e se afasta um pouco, olhando em meus olhos. Minha respiração, um pouco descompassada, parece ter sido detectada por ela. Então se afasta, abrindo a porta do quarto e entrando. Sorriu uma última vez antes de fechar a porta.
Eu continuo sem me mover, olhando fixamente para a parede no fim do corredor, mas com os pensamentos na garota da porta ao lado. Minha aluna acabou de me deixar nervosa com uma simples aproximação e um beijo na bochecha? Eu preciso dormir.
Balanço a cabeça rapidamente, afastando os pensamentos que me rondam e pisco na mesma velocidade. Limpo a garganta e caminho em direção ao meu quarto, que fica no fim do corredor. Enquanto andava, minha mão automaticamente foi em direção a minha bochecha e tocou o local onde Sadie havia beijado.
Um pequeno sorriso escapou de meus lábios.
[...]
Era exatamente duas da manhã e eu ainda não havia dormido. Tentei, mas não consegui. As lembranças do dia anterior brincam comigo de pega-pega, onde a todo momento tento fugir delas.
O quão ruim é ouvir tantas palavras cruéis de alguém que te deu a vida? Amor, carinho e cuidado são coisas essenciais que uma criança precisa. São coisas fáceis, mas sempre me perguntei o porquê de minha mãe não conseguir me amar. Por muito tempo, me culpei de todas as formas por não ter conseguido ser amada pela minha própria mãe. Mas então, entendi que não era questão de merecer ser amada por ela, mas sim porque uma pessoa tão vazia não era capaz de amar nem a si mesma, então como amaria a filha?
