E se você fosse uma professora de filosofia, contratada para dar aulas para adolescentes assim que sua tia se aposenta? E se conhecesse uma ruiva estonteante e descobrisse que é sua aluna? Você sabe que não deveria envolver seus sentimentos com seu...
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"Também o amor se aprende." - Crônica de uma morte anunciada.
SADIE SINK POV
O fato de se sentir atraído, mas não apaixonado, pode ser o início de um evento caótico na vida de alguém. É como fazer apenas o que você precisa fazer para que essa atração passe e deixe isso para lá em algum momento, mas sabendo que corre o risco de querer mais e mais. Mas quando se trata de estar em uma posição onde você não sabe como deveria se sentir, mas sente que está à beira da loucura por simplesmente precisar estar perto de alguém é um grande problema. Ainda mais quando esse alguém é sua professora.
Deitada na minha cama, mas sem conseguir dormir. Às duas da madrugada estava prestes a se transformar em três. Minha cabeça vagava nos meus pensamentos enquanto meus olhos encaravam a escuridão do quarto. Pensamentos que não deveriam estar na minha mente, mas que estavam.
Me afastar de S/n acabou tirando a sua escolha também. Foi algo pensado apenas por mim, mas que sigo esse pensamento como se fosse a coisa mais lógica que eu já havia feito. De certa forma, impedir o avanço de, seja lá o que isso seja, foi a decisão certa.
Por outro lado, o que devo fazer com a saudade que sinto de tê-la por perto? Eu nem ao menos sabia que sentiria sua falta em algum momento. É como se o vazio dentro de mim fosse substituído pela falta de atenção dela em mim. De qualquer forma, a decisão foi minha e agora tenho que arcar com as consequências que estão vindo junto a ela.
Estico meu braço no escuro, tateando a cômoda ao lado. Segundos foram precisos para que eu, enfim, conseguisse ligar o abajur. Meu celular estava ao lado, desligado. O peguei e o trouxe até mim. Ao liga-lo, minha intuição gritou para um aplicativo que eu não costumo usar. Ao entrar no Instagram, o story de S/n é o primeiro a aparecer. Clico sem muito interesse, encontrando uma foto de Aaron.
O garotinho estava deitado. Um tubarão azul estava desenhado em sua bochecha, enquanto seus olhos olhavam diretamente para a camera. Seus cachinhos loiros davam a ele uma aparência angelical e calma, me fazendo sorrir.
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