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POV Wendy

-Será que podíamos ir para casa? - murmuro para o Harry.

- Claro, deixa-me apenas tentar falar com o Louis. - Ele diz e eu sorrio.

- Oi, Louis? Bom, sim. Eu...Não amor, assim que eu conseguir te explico. Ela está bem... Tá, tá. Amanhã... Ok, beijos. - ele desliga.

- Bom, como foi lá? - pergunto e ele sorri-me.

- Perfeito. - Ele diz e me puxa para dentro do carro.

- hum, bom. Pareço ser a única sem sorte aqui. - murmuro.

Estou subitamente triste. O que me intriga, não sou de reagir assim para essas coisas.

Será que eu realmente gostava do Tate?

Não quero me importar, não agora. Ele foi idiota, ele me magoou, ele me traiu, mesmo não estando junto à ele, sinto que foi uma traição.

- Em que tanto pensas Wendy? - Harry murmura.

- No Tate... - minha voz não passa de um fio.

- Wendy, não penses muito nisso. Vai passar e eu vou estar junto a ti. - ele diz e põe sua mão na minha coxa.

Meu coração se aquece por uns segundos, mas logo faço isso ir embora. O Harry é gay.

- Amigos são pra isso certo? - ele pergunta enquanto aperta minha coxa.

- Sim. - digo e viro-me para a janela.

Oh céus, dezesseis anos de amizade. E desde pequeno o Harry já tinha seu jeitinho. E eu gostava dele. Mas achava eu que era apenas uma coisa boba. Aos quatorze anos quando o Harry contou-me que realmente era gay e que estava namorando, eu chorei, chorei descontroladamente. Até decidir que nunca mais iria gostar dele, e que ele seria apenas meu melhor amigo, meu irmão.

- Estás muito calada. Ultimamente você tem falado pelos cotovelos. - Harry diz sorrindo.

- Sim, sim. - murmuro. - Estou apenas cansada, percebes? - digo.

- Acho eu que sim. - Ele diz e para a frente do nosso prédio.

- Importas-te se eu dormir contigo hoje? - peço fazendo beicinho.

- Claro que não me importo. És minha irmã ou não? - ele diz e eu assinto.

Saio do carro e ando em direção a portaria, o Harry foi por o carro na garagem, então provavelmente só irei o ver lá em cima.

- Anthony. - sorrio para o nosso porteiro.

- Menina Wendy... - ele sorri-me.

Vou em direção ao elevador e aperto o botão do décimo sexto andar. Sim, moramos no último andar.

Um tempo depois o elevador apita e eu já penso em sair, mas só aí que eu vi que parou na garagem.

Noto que está tudo escuro e o medo se apodera de mim. Odeio escuro, principalmente a garagem.

Olho para o nada e percebo que não tem ninguém ali. Um arrepio se alastra no meu corpo e eu encolho-me no canto a espera que o elevador suba, mas ele não o faz.

Quando eu ia apertar o botão para as portas se fecharem , um ser aparece na porta e eu grito.

O Harry se desata a rir e a raiva fervilha. Ele sabe o quão tenho medo dessas coisas, e ainda a fazem.

- VOCÊ É IDIOTA? SABES MUITO BEM O QUÃO GRANDE É O MEU MEDO COM ISSO, E AINDA FAZES. - grito-lhe sentindo minha face molhada , nem tinha me apercebido que estava a chorar.

Seu olhar transmitem culpa.

- Desculpa, eu... Eu queria apenas animar-te.- ele diz

- Bela maneira. - sorrio com sarcasmo.

- Por favor, desculpa. - Ele diz e eu não resisto.

- Anda cá, parvo. - sorrio e ele vem em direção aos meus braços.

O Elevador volta a funcionar e apita novamente mostrando que chegamos ao nosso andar.

Quando saímos do Elevador, está tudo escuro. Olho para o Harry e esse está tentando pegar as chaves na minha bolsa.

Corro em direção a porta e acendo a luzinha que eu pus ali para casos como esses.

- Muito esperta. - Ele diz e eu sorrio.

Corro para o meu quarto e retiro de lá o meu pijama de porquinho junto a minha pantufa de gatinho. Vou a gaveta de roupas interiores e vou ao meu banheiro. Tomo um banho relaxante quente e visto-me.

- Harry? - bato na sua porta. Vou dormir com ele hoje oras.

- entra... - ele diz e eu entro.

Encontro ele já debaixo das suas cobertas e eu pulo para o lugar destinado à mim.

- obrigada por ter deixado eu dormir aqui hoje. - digo dando-lhe um beijo na bochecha.

- Por nada Wendy, boa noite. - ele diz e apaga a luz.

Sou engolida pelo doce abismo chamado sono e sinto-me relaxada.

meu amigo gay. [ h.s ]Onde histórias criam vida. Descubra agora