quarenta e seis,,

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Em um momento de susto deixo os papeis caírem no chão.

- Wendy?- Harry abana-me enquanto tento assimilar as coisas. - Wendy me responde. - Ele resmunga.

- Eu.. Bem.. Harry. - te abraço e começo a chorar.

Eu não consigo acreditar, de todas as coisas possíveis, essa era a que eu menos esperava.

- Wendy.. O que houve meu amor? Por favor. Me fala.. - ele sussurra e me abraça mais forte.

- A minha.. A minha tia.. - sufoco... - Ela está com câncer terminal. - choro.

- Era isso que estava escrito ali? - ele me solta e pega a carta.

Me encosto no balcão e choro.

Harry POV

*Releio a carta que tão amedrontava minha pequena.*

- E meu amor, eu não te avisei naquele tempo que você veio aqui por não querer ver você triste. Essa carta é um meio de despedida menos doloroso. Eu amo-te Wendy. Amo-te com todas as minhas forcas e você vai ser pra sempre, minha menininha. - sussurro as últimas palavras ainda sem acreditar e quando olho denovo para a minha pequena ela já não está lá.

Deixe ela, Harry... Ela precisa ficar um pouco sozinha, para pensar.

- Céus. - Passo a mão nervosamente pelo meu cabelo.

Wendy POV

Me jogo na cama e escondo meu rosto no travesseiro.

É uma dor tão profunda. Algo que eu não sinto a tanto tempo. Uma dor que eu não sentia falta. Eu quero que ela vá embora, quero que a minha tia me ligue dizendo que está tudo bem e que àquilo não passava de uma boba brincadeira.

Seco minhas lágrimas.

- Eu não acredito ainda.. - Pego meu celular.

Disco o número.

* O número chamado encontra-se desligado ou fora da área de cobertura. Por favor, tente mais tarde. *

E mais uma vez eu sou engolida pela dor e pela agonia.

Tento agora outro numero.

- Alô? - a voz que antes era tão feliz que me dava um pouco de raiva, estava triste, e parecia sem rumo.

- Sou eu.. Wendy. - sufoco.

- olá Wendy. Suponho que a carta já chegou aí. - o filho da minha tia sussurra.

- Sim.. Como.. Como ela está? - " não espere uma boa resposta '

- Me desculpe, Wendy. Mas
.. A mãe.. - ele chora. - veio a falecer ontem. - ele diz e eu sinto um nó enorme na minha garganta.

- Ela.. O que?

- Me desculpe, Wendy.. Ela disse que só queria que a avisasse depois que ela estivesse morta. - ele sussurra.

meu amigo gay. [ h.s ]Onde histórias criam vida. Descubra agora