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Continuo por um bom tempo trancada no quarto. Nem sinal do Harry, acho que depois do meu grito ele realmente percebeu que me magoou.

Meu telefone toca em cima da mesinha e eu apresso-me para atender.

~ active call ~

- Alô? - murmuro

- Hey querida. - A voz da minha tia faz-se ouvir.

- Oi, tia. - Murmuro

- Tudo bem querida? Tenho imensas saudades tuas. - Ela diz e só me apetece chorar.

Desde que meus pais morreram  ela foi a única que cuidou de mim, desde pequena.

- Oh tia, também tenho tantas saudades tuas. - fungo.

- Por quê não vem aqui em Londres esse final de semana ? - Ela pergunta e eu suspiro.

- Posso tentar Tia, estou sem muito dinheiro para sair de Los Angeles. - murmuro.

- Oh querida, eu pago tua passagem. - Ela diz feliz e eu apresso-me a negar.

- Não tia, não posso aceitar. - digo.

- Claro que pode, seu primo Michel já está comprando sua passagem. Vou mandar-te pelo email. - ela diz e eu suspiro.

- Okay Tia.. - murmuro.

- Querida, preciso desligar, até sexta. Amo-te. - ela diz e o meu coração aperta.

Não vá Titia.

- Tudo bem Tia, amo-te. - murmuro e ouço um suspiro.

- Teus pais iriam ter  orgulho da mulher que você se tornou. - Ela sussurra e eu fungo.

- Adeus querida. - e assim ela desliga.

~ Call offline ~

Sinto tanta saudade dos meus pais, eles morreram quando eu tinha apenas cinco anos, morreram em um acidente de carro.

Meu estômago ronca e eu sorrio. Preciso alimentar-me.

Preciso tomar coragem e olhar para a cara do Harry.

Abro a porta de fininho e espreito para ver se acho quem estou a procurar. Na pontinha do pé tento ir para a cozinha.

Chego nela vejo que ele não se encontra lá. Vou a sala e ele também não está lá. Vou até seu quarto e vejo que está aberto, entro nele e me apercebo que ali ele também não está.

- Harry? - chamo e não tenho resposta.

Ótimo... Ele não está me casa. Mais um tempo para mim.

Volto para a cozinha e pego em uma pizza dentro do congelador e coloco para aquecer. Apetece-me mesmo comer uma pizza.

Uns vinte minutos depois a pizza está pronta e eu começo comer. Deixo um pedaço mordido e vou até ao frigorifico e pego em uma Coca-cola que eu tinha posto ali.
Volto-me a sentar para comer a pizza e quando já estou a terminar a porta da frente abre e ouço duas vozes.

- Ela está dormindo, certo? - uma voz que reconheço como a do Louis diz e eu apresso-me a me esconder embaixo da mesa.

Oh céus...

- Sim... Está. - ele murmura.

Ouço passos e depois uma das cadeiras da mesa se arrasta e eu vejo as pernas do Louis.

- Oh Jesus. - sussurro.

- Ela não está no quarto. - o Harry murmura enquanto arrasta outra cadeira.

- Já vistes no banheiro? - O Louis pergunta.

- Já... E ela também não está lá. - ele murmura.

- O que fostes fazer Harry... - O Louis diz e eu assinto.

- Eu... Eu estou tão arrependido Lou. Eu fiz uma coisa do momento, eu irritei-me e chamei-lhe de cabra. Ela ficou tão passada. - Ele suspira e eu sorrio.

- Estás bem fodido. - Louis diz e o Harry fica quieto.

- Será que ela vai me desculpar? - O Harry pergunta.

- Claro que sim, dá para se ver a milhas de distância que estás arrependido. - Louis diz.

Canso-me de ficar debaixo da mesa e saiu de baixo dela, deixando dois gays assustados.

- O que estavas a fazer ali embaixo? - Louis pergunta com a mão no coração.

- Dormindo que não era. - Murmuro e olho para o Harry.

Esse tem a cabeça baixa, vou até ele e levanto-a. Ele olha-me assustado , mais quando puxo-o para um abraço ele parece aliviado.

- Espero que isso não se repita. Pois da próxima, não sei se consigo perdoar. - murmuro e ele beija-me a testa.

- Eu nunca mais vou fazer isso.. - Ele diz e abraça-me novamente.

Seus braços são tão reconfortantes.

meu amigo gay. [ h.s ]Onde histórias criam vida. Descubra agora