Jisung saiu do banheiro secando os cabelos, a manhã estava nublada, talvez chovesse, o Han andou até o quarto sem se importar de olhar para frente.
Seu corpo doía com a noite mal dormida, a cabeça latejava, sentia os olhos arderem com a luz do sol que insistia em invadir pelas cortinas.
Seu coração estava tão apertado, sentia o estômago revirar sempre que as memórias passavam, mais vezes do que queria admitir, pelos olhos.
Se sentia traído, mesmo não tendo nada rotulado com o Lee, ainda se sentia traído, doía tanto, que estava quase cogitando de ficar o resto do dia na cama, aproveitando a solidão, e a tristeza.
Mas ao se assustar quando alguém coçou a garganta, levantou os olhos, vendo Minho parado, olhando para si, com um ramo de flores.
Como se todas as memórias voltassem, seu rosto se transformou em uma careta de desconforto.
— Me desculpe! — Minho falou rápido quando Jisung se aproximou dois passos. — Você pode me xingar, me bater se quiser, eu tive um problema-
— Problema? —Repetiu tão baixo que o Lee até achou não ter escutado, Jisung suspirou, pesadamente.
— Sim. Não foi nada grave, só que me atrapalhou, e eu perdi a hora. — Como ele mentia bem Jisung pensou, quis rir de si mesmo. Minho percebendo que ele não lhe respondia, tentou se aproximar.
Jisung na mesma hora se afastou, virando o rosto pro outro lado, mas antes conseguiu ver a mancha arroxeada no pescoço do alfa.
Como um soco no estômago, sentiu as unhas cravarem nas palmas das mãos, estava tentando não chorar, não outra vez.
— Acho que isso faz parte do seu "problema". — Apontou para região.
Minho colocou a mão no lugar rápido, os olhos dele passaram uma emoção que Jisung não conseguia descrever. Talvez fosse vergonha, por te sido pego na mentira, ou desespero.
— Você não precisa mentir.— Sussurrou.
— Você viu? — Minho abaixou as mãos em rendição, se aproximando do outro, mas Jisung se afastou de novo, e isso o fez parar.
— Você nem tentou esconder.— Estava cansado, tinha soado tão desesperado, que nem percebeu como seus ombros estavam curvado para baixo, mantendo a postura defensiva.
Minho levantou os olhos rápido.
— Não é o que está pensando!
— O que eu estou pensando Minho?! — Gritou. Minho se assustou com a ação, e Jisung também, não queria gritar, não queria fazer uma cena sobre isso, mas o que podia pedir, para que o coração não doesse a cada palavra? Que a raiva não subisse até os olhos com a mancha no pescoço de Minho. O que podia pedir?!
— Nada aconteceu.
— Claro, eu fui o idiota, não se preocupe, eu achei que isso tudo podia funcionar, que esse casamento poderia funcionar! — Derramou as palavras ácidas, isso rondava sua mente dês da última noite.
Como tinha achado que isso poderia ter dado certo, que um casamento por obrigação, daria lugar a algum sentimento de verdade!
Era apenas tão ingênuo que achou poder ser feliz de verdade, que talvez tudo não passasse de uma história romântica, das que lia nos livros.
Mas não, não era, nunca seria, isso não ia funcionar.
— Jisung-
—Eu achei que estávamos tentando mas me enganei, e tudo bem, você não me deve nada Minho, não nos casamos ainda. — Se afastou.
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WolfGang - Minsung
Fanfiction[CONCLUÍDA 2023] Jisung foi entregue como uma moeda de troca, sendo incumbido de casar-se com um estranho apenas para manter a paz. Sendo obrigado a viver entre estranhos, começou com uma jornada de auto conhecimento, e desvendado os mistérios entre...