Capítulo 24

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Era noite, aquelas noites silenciosas que se pode ouvir tudo, Jisung estava deitado sobre os braços de Minho, esse que ressonava baixinho perto da sua orelha.

O Han se remexeu desconfortável com a posição, o silêncio voltou para o quarto, mas fora rapidamente quebrado quando passos apressados foram ouvidos e então batidas na porta no andar debaixo, e os cheiros estranhos foram sentidos.

Quando o primeiro toque na porta ecoou Minho abriu os olhos, Jisung se levantou ao lado dele coçando os olhos.

— O que aconteceu? — Perguntou sonolento checando o ômega, Jisung deu os ombros.

Os dois saíram da cama a passos lentos quando a porta soou mais alto, alguém batia incansavelmente nela.

Minho desceu as escadas sentindo o frio da noite, olhou rápido para o relógio na parede, três horas da manhã.

— Minho?

Jisung chamou pelo alfa antes dele abrir a porta, Minho o encarou e por fim puxou a maçaneta com força.

—Ele vai dar a luz! — Félix praticamente gritou, estava descalço e de pijamas, os cabelos embolados e com remelas nos olhos.

— Jisung! — Minho gritou pelo outro que apareceu correndo, depois de ouvir Félix, correu para pegar os sapatos, entregou eles para Minho, e juntos praticamente correram até a casa que ele daria a luz.

Os gritos de Seungmin assustaram Minho que se desesperou, conseguiu ouvi-lo de longe da casa, algumas das luzes estavam acesas, muitas pessoas estavam do lado de fora.

— BangChan! — Minho gritou por ele, quando entraram no quarto o cheiro de Seungmin estava por toda parte. — Como ele está?!

Jisung segurou o ombro do marido passando conforto para ele, conseguindo sentir pela marca a sua ansiedade e angústia.

— Foi de repente! A bolsa estourou enquanto dormíamos, as parteiras disseram que estava tudo bem, mas ele... — Encarou o marido que gemia de dor agarrado a mão de BangChan, Seungmin apertava os lábios.

No quarto alguns ômegas e betas que eram responsáveis pelos partos, o médico humano deveria estar aqui também, mas fora tão de repente, que não daria tempo. Ele não chegaria.

—Minho!— Seungmin Gritou pelo irmão, Minho se agachou ao lado da cama e segurou a mão do irmão. — Tá doendo tanto...

Chorou. O Lee enxugou a lágrima que escorreu do rosto do irmão com carinho.

— Estamos aqui Minnie... — Minho estava apavorado, havia perdido a mãe tão rápido. Que isso ainda o apavorava até hoje, seu irmão era a única coisa que lhe sobrará, não podia perdê-lo. — Eu estou aqui...

Seungmin segurou mais forte a mão do Lee e de BangChan.

Uma das parteiras se aproximou colocando panos sobre o ômega, Jisung estava de pé rezando a lua que protegesse Seungmin e que trouxesse os dois bem.

— Precisamos começar...— A mulher mais velha disse baixo, o quarto voltou a ser um emaranhado de gritos e ordens, Minho e BangChan estavam perto da cama, segurando as mãos de Seungmin, Jisung estava ao lado do Lee, as mulheres se colocaram aos lados do ômega e começaram.

Os gritos de Seungmin com toda certeza ficariam na sua mente para o resto da vida, ele parecia esgotado, os remédios fizeram uma grande diferença, pode perceber, se ele não tivesse começado o tratamento nunca aguentaria isso.

—Minho! — BangChan chamou pelo Lee quando um grupo de alfas apareceu na porta com rostos assustados. — Vai!

o Lee apertou a mão do irmão uma última vez, e se virou vendo Jisung.

WolfGang - MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora