50 tons de lilas - VALU Fanfic

27 - Presente - part. 2

- MERDA!

- Que foi Lu? - acordo assustada com Luiza se desfazendo do cobertor e colocando o celular na mesinha de apoio

- A gente dormiu demais, já são 10 horas... Levanta, vamos... - ela diz sentando na beirada da cama buscando seu chinelo

- Ei, espera... e meu bom dia de aniversário? - eu a puxo pelo braço

- Não.. - ela se esquiva quando eu tento beija-la - vou escovar os dentes, espera...

- Não Lu, vem aqui.. ta bom sem beijinho. Mas deita aqui...

Ela se aconchega em meu braço, com o rosto apoiado em meu colo. Eu a beijo no topo da cabeça e acaricio suas costas nua.

- Bom dia linda - eu falo quando ela se vira para me encarar

- Bom dia - ela sorri tímida, e me da um selinho - Vamos, levanta logo...

- Você está mais na expectativa que eu pra esse lugar... - eu falo enquanto me levanto da cama e ela também

- Sim, espero que você goste. - ela sorri animada

- Vindo de você, com certeza gostarei..

Ela se aproxima e envolve minha cintura com os braços, e sela nosso lábio novamente.

- Feliz aniversário meu amor... - ela diz me encarando com aqueles olhos lindos e aquele sorriso largo, eu a beijo, não me importando com gosto ou nada

Luiza tem sido tão incrível e tão presente, ter ela dias e noites tem sido uma experiência ótima. Eu sempre me privei de contatos e emoções tão próximas, nunca gostei de apego, de conviver com pessoas por tanto tempo. Mas ela é diferente. Eu poderia viver o resto da minha vida ao seu lado, e nunca me enjoaria dela. 

Ontem a noite foi a melhor de todas, todos os dias são melhores com ela. 

Ela se dispõe a mim da maneira que for, e tudo o que eu mais quero é ser boa para ela. Eu quero ser a melhor pessoa e cuidar dela da mesma forma que ela cuida de mim, mesmo sem saber.

Nossa ligação é de outras vidas, outro mundo, não tem explicação. 

Minha terapia tem cada vez mais me ajudado a entender que Luiza tem se tornado meu alicerce, ela tomou posse da minha mente e está dissipando todas as coisas ruins que possam prevalecer ali. É como um remédio subindo as veias e nutrindo a circulação sanguínea em busca da cura.

É isso o que ela é para mim, ela é a minha cura. 

Nos banhamos e ela me pediu para vestir roupas leves e tênis. Não sei para onde vamos pois ela quer fazer surpresa. Ali no closet, uma dúvida me surge...

- Lu? - pergunto receosa

- Sim..

- Nesse lugar que vamos... tem algum local privado, algo assim? Precisamos levar algo.. ? - meu olhar paira sobre aquele canto do closet, e ela entende o que quero dizer.

- Ah.. não tem - ela diz sem animo- Mas deixa eu ver... - ela abre as portas e analisa as opções disponíveis, seleciona um embrulho que ainda não tinha sido aberto, eu nem me lembrava disso, é um pequeno saco de pano que ela vai retirando o que tem dentro

- O que é isso? Alias... como funciona? - ela levanta nas mãos a peça e questiona a função, já reconhecendo o que é

- É uma calcinha vibratória, esse objeto em formato de concha aqui fica pressionado direto no seu clitóris. A vibração é controlada pelo celular ou por esse controle aqui - pego o pequeno controle de dentro do saquinho.