Hanma olhou para os cinco homens parados lado a lado, todos com posturas altivas e ao mesmo tempo desinteressadas. O que mais chamava atenção, no entanto, era Imperador. Parado com os braços cruzados atrás do comandante da Black Dragons, evidenciand...
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Shinjiku, Japão - 10 de agosto de 2007.
Kokonoi sabia que estava apaixonado pelo príncipe. Aprendeu isso a pouco tempo quando estava acompanhando o melhor amigo em uma tarde de compras que Takemichi sempre bancava para um de seus queridinhos. Foi quando Inui lhe dispensou dizendo que gostaria de ir em uma loja sozinho.
Não se orgulhava de ter o seguido, mas também não se arrependia. O ver em um sex-shop, comprando lubrificantes, plugs e vibradores, fez sua mente adentrar em fantasias que se negava a imaginar até então. E após aquela provocação de Takeomi na Redin, onde Inui o seguiu, tomou a melhor e pior decisão. Beijou Seishu.
Foram os melhores minutos de sua vida. Mas ele fugiu assim que se separaram. E ainda o evitava fora da BD. Sua dívida com Takemichi estava acabada, poderia se aproximar de Akane. Podiam namorar e futuramente se casar como haviam prometido. Mas a única coisa que vinha em sua mente ao pensar em Akane era o sorriso que Seishu havia dado ao ver a irmã acordada e bem.
Suspirou em frente ao apartamento de Inui, havia ido ali por dois motivos. Primeiro para avisar sobre o aniversario da BD que ficou responsável de organizar esse ano, já que Takemichi – quem geralmente fazia isso – estava ocupado dessa vez, principalmente por ser diferente já que não seria apenas alguns membros como sempre ocorria. E para dizer que deixaria a BD após o aniversario. Não via como manter sua promessa com Akane-san, fazer o que sua mãe queria e continuar próximo a Seishu ao mesmo tempo. Continuar na gangue o faria passar muito tempo ao lado da tentação de abandonar tudo para ficar com o loiro.
Bateu na porta esperando que o melhor amigo abrisse a porta, mas em vez disso quem o recebeu foi Akane.
— Oh, Kokonoi-san, eu estava querendo mesmo falar com você! — A garota declarou feliz enquanto o puxava para dentro.
— Akane-san, o que está fazendo aqui? — O moreno a olhou confuso. Apesar de Inui não precisar ficar longe como ele poderia ter lhe contado que se encontrava com ela.
— Ah, ontem foi quinta. Eu e Inui sempre dormimos juntos na quinta — Ela se sentou no sofá e se ajeitou para ficar de frente para Kokonoi — Um dia para os irmãos. Seria legal ter você junto.
— Akane-san, desculpa me afastar... — Akane tocou sua mão, o interrompendo.
— Não se preocupe Kokonoi-san, Take-chan já me contou tudinho assim que eu saí do hospital — Hajime Kokonoi arregalou os olhos — Não faça essa cara, Take-chan me manteve bem atualizada e estou até um pouco decepcionada.
— Eu precisei Akane-san, seus pais não tinham como pagar o tratamento — A mulher colocou a mão em sua bochecha o obrigando a olhar novamente para ela, que sorria docemente para ele.
— Eu achei até fofo o que você fez. Não é com isso que estou decepcionada Kokonoi-san, mas sim com o quão cego você está sendo — Ela afastou as mãos novamente — Encontre alguém que esteja sempre ao seu lado e seja feliz. Mas não serei eu, não iremos nos casar Kokonoi-san.
