Só o Imperador.

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Cesano, Itália - 04 de janeiro de 2001

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Cesano, Itália - 04 de janeiro de 2001.

Foi por volta das três da manhã que Wakasa foi guiado para fora do quarto por Emanuella, a mulher não lhe dizendo uma palavra desde a conversa que tiveram ao chegar. O caminho feito de carro não foi longo e apesar de escuridão o Imaushi notou um rio ladeando a estrada, parecia ser uma paisagem muito bonita. Quando o carro parou finalmente seguiu o exemplo da mãe de Takemichi e desceu, ainda em alerta, para se deparar com um cenário conhecido. A pintura no escritório de Takemichi de um casarão em tons terrosos, cercado de verde e em um estilo meio colonial imperial parecia ter saltado do quadro, ou Wakasa ter entrado nele.

— Senhor, irei lhe guiar ao seu quarto.

Wakasa assentiu para o homem que se aproximou, lhe seguindo e vendo Emanuella desaparecer sem um segundo olhar em sua direção. Não sabia o que pensar sobre todo esse silêncio. Enquanto vagava pela casa através de escadas e um longo corredor olhou tudo e não se focou em nada ao mesmo tempo, se permitiu relaxar apenas após ter verificado o quarto e o trancado devidamente. Por fim suspirou cansado.

A casa possuía decorações pitorescas e requintadas, um indicativo de que a família de Takemichi era poderosa financeiramente, mas isso era algo que eles já sabiam. Pela quantidade de pessoas que viu andando pelo lugar - mesmo durante a madrugada, também lhe disse que eram importantes socialmente.

O quarto que estava se tratando de uma suíte luxuosa, uma cama dossel com lençóis sedosos em creme, móveis em tons areia, alguns eletrônicos espalhados, um grande portal para o banheiro, uma banheira e um box sendo o mais visível. Lustres elegantes nos dois cômodos.

Se aproximou da banheira notando-a cheia, uma carta escrita em inglês ao lado.

O banho foi preparado para sua chegada. Há tudo que possa precisar na primeira porta do armário a direita, incluindo carregador para celular. Alguém lhe buscará as 16 horas.

Passou a mão pela água a notando quente, se encaminhou para o armário, vendo que realmente havia tudo que precisava. Tirou o carregador para o celular, conectando-o ao aparelho e a tomada após confirmar que ainda não havia sido respondido pelos amigos. Esperava que todos estivessem bem.

[...]

Wakasa suspirou ao voltar seu brinco ao lugar de sempre, ajeitando a manga da jaqueta branca e a gola da camiseta preta. Jogou fora o palito de pirulito que mordiscava e foi até a cômoda puxando outra unidade do doce no pote. Takemichi havia preparado até mesmo seu pirulito de cereja para ele. A mesma marca que gostava vinda diretamente do Japão. O almoço também foi levado ali, sem que saísse do dormitório. Abriu a porta assim que o ponteiro do relógio bateu as 16 encontrando o mesmo homem que havia o levado até ali com a mão estendida e pronto para lhe chamar. Ele maneou a cabeça em um cumprimento antes de se virar em um indicativo para ser seguido.

Ao descer as escadas foi guiado a um cômodo a esquerda do hall de entrada, uma grande sala cercada de sofás. Emanuella estava sentada em um deles, um homem claramente japonês ao seu lado e segurando sua mão, não tão estranho a ele. No mesmo sofá Izana e Kakucho, roupas no mesmo estilo esporte fino que a sua. Oposto a entrada uma senhora, expressão severa e um vestido de verde muito bem alinhado com um grosso casaco jogado sobre os ombros. Oposto aos pais de Takemichi e a direita da velha um casal que pela aparência julgaria como tios de Takemichi já que sabia não ter irmãos de sangue.

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