Shan duvidou de seus ouvidos.
— Eu... Vou morrer? —
Por que eu?
Ela não conseguia entender.
Se ela sair da floresta, ela morrerá.
O sonho premonitório era claro.
Seu destino é deixar esta floresta, se apaixonar por um homem chamado Gallahan e ter uma filha chamada Florentia.
— Você deve ter visto errado. Isso não pode ser verdade —
Shan balançou a cabeça e negou.
— Por favor, diga-me exatamente o que você viu, mãe —
Saura disse, com dor em sua voz, sobre o rosto de sua filha, que tinha a expressão mais endurecida do que nunca.
— Eu tinha recebido seu obituário em um inverno. O obituário trazido por alguém que veio até mim de fora da floresta —
— Ah, mas isso poderia ser depois de muito tempo —
— Além disso, você tinha uma filha muito pequena. Ela não tinha nem um ano de idade —
— Eu vou morrer em menos de um ano depois de dar à luz a Florentia? —
— Você já sabe o nome da criança? —
A voz de Saura se elevou.
Era certo que a filha de Shan também era a neta de Saura.
No entanto, aquele era o nome de uma criança que não iria nascer.
Não passava de um simples som que ela não queria ouvir.
— Esqueça esse nome. Porque você não vai ter a criança —
— Mãe, essas palavras.... —
Shan tentou protestar, por mais que Saura fosse sua mãe, ela ficou com raiva por Saura dizer coisas tão terríveis.
Mas por um momento, seus olhos ficaram turvos.
Ao mesmo tempo, o cenário de sua casa mudou.
Ela estava de volta ao quarto que viu em seu sonho um tempo atrás.
O lugar em que ela sorria feliz com Gallahan segurando Tia em seus braços sob o sol quente.
Gallahan ainda estava ao lado de Shan.
Bem ao lado dela, ele segurava sua mão e chorava.
— Shan... —
Seu rosto, desamparado com lágrimas frias, tocou as costas da mão dela.
— Não me deixe —
Ele soluçou.
Ela queria dizer a ele que não doía tanto assim.
Pare de chorar, estou bem.
No entanto, nenhuma voz saiu.
Então, ela tentou apertar a mão dele o mais forte que pôde, mas apenas alguns dedos se moveram.
Contudo, talvez aquele simples movimento tenha sido demais, estava ficando cada vez mais difícil respirar.
— Por favor, ah, por favor... Shan, não —
Gallahan aguentou como uma criança.
Ele acariciou o rosto dela com as duas mãos, beijando-a inúmeras vezes. tentando de alguma forma mantê-la ao seu lado.
Lágrimas escorriam pelo rosto de Shan.
Ela ia dizer que eu também não queria sair do lado dele.
Não houve som, apenas o movimento lento dos lábios.
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-NOVEL- Eu Serei a Matriarca Nesta Vida - SIDE STORY -
RomanceEssas são as Sides Storys (acontecimentos depois do fim da história principal) Florentia reencarnou como uma filha ilegítima da família mais rica do império. Ela tinha pensado que tudo iria bem no futuro. Mas seu pai faleceu, seus parentes a abandon...