Gallahan, o terceiro filho da família Lombardi, escondia o canto da boca que parecia se contrair com uma taça de vinho.
— Você está me ouvindo, Gallahan?—
O irmão mais velho de Gallahan, Vieze Lombardi, perguntou severamente.
Tendo sido feroz e impaciente desde a infância, ele tinha uma personalidade que poderia mudar a qualquer momento, mesmo que estivesse sorrindo um pouco agora.
Ele ainda estava bêbado e seus olhos castanhos brilhavam sobre seu rosto sorridente.
— ...Sim, irmão —
Quando Gallahan respondeu relutantemente, Vieze assentiu satisfatoriamente.
— Sim, sim. Esse é meu irmão —
O corpo de Gallahan tremeu violentamente quando mão dele agarrou seu ombro.
Ontem à noite, ele se revirou a noite toda e não conseguiu descansar, flutuando no vinho com os olhos cansados.
— E se o pai chamar por você e pedir para você fazer alguma coisa, você vai recusar porque não é capaz. Esse é o jeito certo —
Rulak, pai de Gallahan e chefe da família Lombardi, era um líder rígido.
E essa atitude também recaía sob os filhos que herdaram seu sangue.
Nada era simplesmente dado.
Como chefe de família e como pai, Rulak Lombardi não parava de exigir conquistas.
No entanto, o mais novo, Gallahan, era o único que Rulak tratou com mais gentileza.
Ele continuou dando-lhe oportunidades e tentando apoiá-lo de uma forma ou de outra.
Portanto, Vieze, o filho mais velho que ainda não havia sido anunciado como sucessor, não se importava com Gallahan.
Depois, ficou com um pé trás ao saber que o pai ia dar ao filho mais novo um cargo no Top de Lombardi.
Eventualmente, ele chamou por Gallahan separadamente e o instruiu a dizer a seu pai que não era capaz de fazer isso.
A visita, que acontecia uma vez por dia que envolvia ameaçaas e coerção, continuou até que Gallahan obedecesse Vieze.
Não vou ver meu irmão por um tempo.
Não havia razão para declinar o que Vieze o obrigou a fazer e, no final, Gallahan pensou enquanto tomava vinho.
— Os negócio da família não são para qualquer um. É melhor que eu, que tenho experiência, lidere esse trabalho do que você, que não sabe nada sobre isso. Pense bem —
Na frente de Vieze, que estava de bom humor para conseguir de alguma forma o que queria, Gallahan só queria sair daquele lugar.
Se ele soubesse que acabaria desistindo dessa forma, teria rejeitado a oferta de seu pai desde o início.
Ele era ganancioso na esperança de querer. Ele se sentia patético por passar dias cansativos.— De agora em diante, viva tranquila e modestamente. Entendeu? —
Com as palavras de Vieze, Gallahan assentiu impotente.
— Se você terminou de falar, posso ir, irmão?—
— Sim? Oh, sim, sim —
Vieze, que agora não queria mais saber de Gallahan, acenou com a mão sem sinceridade.
Gallahan, que voltou para seu quarto, trocou de roupa silenciosamente.
Com um toque familiar, ele estava vestido com roupas surradas que poderiam ser usadas por plebeus. Ele pegou uma bolsa de couro com seus preciosos itens dentro dela.
Até a impaciência se refletia em seus passos de subir na carruagem ao chamar um cocheiro que cuidava do cavalo.
— Gostaria que eu o levasse ao seu lugar de sempre, Sr. Gallahan? —
— Sim. Apresse-se —
A pedido de Gallahan, a carruagem começou a sair rapidamente da mansão Lombardi.
Suspiro.
Só então Gallahan, que abriu a janela da carruagem e se recostou confortavelmente no assento, soltou um profundo suspiro.
— Agora... —
Eu posso viver.
Gallahan deixou o vento bagunçar seu cabelo.
Depois que sua mãe, Natalia Lombardi, faleceu, a mansão era como uma prisão para ele.
Um pai que repetidamente olhava para seu rosto e silenciosamente levantava suas expectativas indesejadas e ficava desapontado e seu irmão, Vieze, que lhe dizia para ficar em silêncio, embora ele já viva em silêncio como se não existisse.
Gallahan estava parado observando a si mesmo ser empurrado para fora da casa onde nasceu e foi criado.
— Chegamos, Sr. Gallahan —
— Vou para casa sozinho à noite, então volte e descanse —
Era um beco deserto perto da Praça Lombardi.
Gallahan saiu de lá, bagunçou ainda mais o cabelo.
Embora ele tenha saído da mansão, não havia nenhum lugar que ele realmente tinha como destino.
Gallahan, que estava caminhando ao longo do rio por um tempo, logo se virou para a praça.
Ele queria desaperecer no barulho da multidão.
Sem perceber os olhares corados que o seguiram, Gallahan sentou-se do outro lado da fonte.
Depois de tirar a caneta habitualmente da bolsa, ele moveu a mão sem pensar no que desenhar exatamente.
Ainda assim, ele parecia se sentir um pouco melhor quando se misturava com as pessoas animadas.
Depois de um tempo, quando o sol estava alto, ele podia sorrir para as crianças correndo por aí.
Então, de repente, ele virou a cabeça.
Ele não se lembrava do motivo.
Parecia haver um som de lá, e parecia que o vento estava soprando.
A partir do momento em que encontrou uma mulher parada sob uma árvore florida, não importava.
— Oh —
Gallahan olhou fixamente para a mulher de cabelos ruivos.
Ele simplesmente não conseguia tirar os olhos dela.
O tempo parecia ter parado ou parecia ter voado.
Quando recobrou o juízo, percebeu que a mulher já estava próxima a ele e estava caindo.
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-NOVEL- Eu Serei a Matriarca Nesta Vida - SIDE STORY -
RomanceEssas são as Sides Storys (acontecimentos depois do fim da história principal) Florentia reencarnou como uma filha ilegítima da família mais rica do império. Ela tinha pensado que tudo iria bem no futuro. Mas seu pai faleceu, seus parentes a abandon...