Capitulo 8

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Ursula
          — Serafina havia me pedido para sair junto da Ivete e apenas me prendeu a atenção o olhar dele sobre mim.
Ivete:– Você foi ótima.
         — Estávamos caminhando por um corredor que levava aos quartos especialmente ao dele,não queria mais me encontrar com Santiago porque estou com raiva daquele imbecil por ter me provocado aquele sentimento de preocupação e estar naquele escritório por sua causa!?
Ursula:– Eu devo ter perdido o juízo!
Ivete:– Provavelmente,venha.
Ursula:– Aonde vamos?
Ivete:– A enfermaria onde vai conhecer meu ambiente de trabalho até porque nada mais pode ser feito.
            — Nesse momento a vejo parar porque entendia o que sentia pela perda e pareciam que eram grandes amigas e a maneira que aconteceu tudo foi tão estranha quanto dolorosa porém até agora não sei o que houve exatamente.
Ursula:– Se você não se importar em me contar Ivete o que aconteceu depois que saímos?
          — Ela me olha de uma forma séria porém existia fragilidade no olhar que estava com manchas por causa da maquiagem borrada pelas lágrimas só que mesmo sentindo tristeza aquela garota foi solicita comigo e aquilo me comoveu porque existia grandes motivos para Ivete apenas ficar calada e não me responder nada.
Ivete:– Eles tinham selado seus votos e estavam dançando sabe?Me lembro que Angelina estava deslumbrante com aquele cabelo loiro dela todo solto indo até a cintura porém estava bastante liso já que decidiu não o deixar naturalmente cacheado como era,também seus lábios rosados estavam sorridentes por estar nos braços do homem que amava e tinha o vestido branco que usava...droga!Me desculpa por estar contando detalhes idiotas porque era para ser um momento especial e estou te enchendo!
Ursula:– Não precisa se desculpar por nada e se isso é importante para você fico feliz em fazer parte.
Ivete:– Era todo rodado com mangas curtas e abotoado por trás e naquela noite ela era mesmo uma verdadeira princesa.
           — Dou um pequeno sorriso até mesmo tímido porque a maneira que falava dela era com tamanha admiração que me fez perguntar como seria ser amiga da Angelina?
Ivete:– E então eles chegaram.
Ursula:– Quem Ivete?
          — Ela me olhou de uma maneira muito confusa e até mesmo assustada como se ainda não acreditasse no que tinha acontecido.
Ivete:– Não sei quem eram aqueles malditos só sei que chegaram com tudo atirando e três disparos acertaram nas costas dela,Deus!
Ursula:– Calma por favor!
           — Não a conhecia bem porém ao vê-la começar a desabafar na minha frente e de alguma maneira ter sido responsável pela dor daquele momento me fazia sentir a pior pessoa do mundo.
Ivete:– Vamos continuar agora tudo bem?
           — Dessa vez um pouco melhor e limpando as suas lágrimas começamos a andar juntas e seu braço estava entrelaçado ao meu e aquilo me deixou com o coração um pouco mais leve e não fazia muito tempo que tinha passado por algo traumático e ainda precisava achar um telefone para pedir ajuda só que parecia sempre acabar num beco sem saída.
            — Quando Ivete abre a grande porta de madeira e vejo o tamanho do lugar eu preciso ficar com a boca um pouco aberta e apenas admirar a enorme sala com várias camas de hospital uma do lado da outra com aquelas cortinas brancas ao seu redor para que alguns pacientes provavelmente tivessem privacidade e existia algumas janelas espalhadas e acredito serem oito no total e além de nós tinham pelo menos mais quatro moças que estavam tratando de alguns homens.
Ivete:– Se quiser pode entrar Ursula.
         — A vejo me olhar com um meio sorriso e assim fico vermelha porém ao observar de perto aquele lugar um frio misturado com curiosidade surge em meu estômago.
Ivete:– Acho que você gostou muito em?
Ursula:– Você está brincando Ivete!?Eu amei!
          — Não me cansava de olhar para todo o lugar ao meu redor e por isso não prestei muita atenção na pergunta dela.
Ursula:– Me desculpa eu não ouvi.
Ivete:– Não sei o que te deu naquele momento porém você salvou a cabeça do Santiago sabe disso não é?
           — Entendo que se não tivesse feito nada ele poderia ter sido morto,não acho que por poucos motivos já que quanto mais descobria sobre seu passado mais dava uma razão extra para as pessoas porém não sei explicar o que tinha me dado apenas que não achava justo Santiago ser incriminado por um crime que não cometeu.
Ursula:– Ele ficou comigo e eu sabia se por acaso tivesse deixado passar talvez minha consciência nunca teria me deixado em paz.
Ivete:– Nossa.
Ursula:– O que foi?
Ivete:– Não me leve a mal, sério apenas que você se parece um bocado com ela.
Ursula:– Me desculpa.
Ivete:– Não sou eu que preciso me desculpar sabe?
            — Então me lembrei dele e no momento que tive até alguns minutos atrás e sabia que viria me ver em alguma hora.
Ursula:– Eu posso dormir no seu quarto?
Ivete:– Como assim?Você está no quarto dele não é?
Ursula:– Sim só que não quero vê-lo hoje sabe?
Ivete:– Não se preucupe garota você pode permanecer no meu quarto só que nem pense em fazer a mesma coisa que tentou fazer no quarto dele porque nem janelas meu quarto tem beleza?
Ursula:– Certo,obrigado Ivete.
           — Não tinha medo de encará-lo apenas não queria fazer esse tipo de coisa naquele momento e como sabia que viria me procurar quando eles o liberassem eu temia que fosse me perguntar a razão de ter feito aquilo que fiz e francamente não saberia explicar porque até agora,um mistério para mim também.

Santiago           — Tinha me sentado na poltrona de Serafina porque francamente não me importava com o que aconteceria comigo porém depois da afirmação dela eu meio que fui deixado de escanteio para que focassem na pergunta principal que é "Quem ...

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Santiago
           — Tinha me sentado na poltrona de Serafina porque francamente não me importava com o que aconteceria comigo porém depois da afirmação dela eu meio que fui deixado de escanteio para que focassem na pergunta principal que é "Quem tinha executado a Angelina?"
Serafina:– Quero que mande alguns homens até lá para pegarem as câmeras de segurança porque alguém deve ter gravado alguma coisa rápido!
Nikolas:– Eu vou junto.
Santiago:– Você tem que ficar aqui irmão por ela.
           — Droga!Seu olhar de tristeza me fazia querer matar com minhas próprias mãos quem tinha cometido aquele crime contra ela porque mesmo que nunca tenha acreditado eu a amei muito e não soube lidar com minha paixão desenfreada pela garota do meu irmão só que agora estava tudo tão claro como o dia que Angelina nunca foi minha e mesmo tendo tentado muito aquilo que desejei que houvesse entre nós não iria acontecer.
Nikolas:– Santiago não posso ficar de braços cruzados!
Santiago:– Eu vou até a vila mais próxima e me informarei melhor com os moradores.
Nikolas:– Na verdade irmão você não pode também se afastar e estou falando isso por causa dela.
Santiago:– É eu sei.
           — Não tinha pensado naquilo porque nos últimos minutos apenas aquela garota estava em meus pensamentos e era sobre a razão de ter me defendido e sei que seria até melhor para a Ursula se por acaso saisse do seu caminho só que não fez isso,gostaria muito de saber o por que.
Serafina:– Seu irmão tem razão Santiago,você a trouxe e agora ela é responsabilidade sua!
Santiago:– Tudo bem.
Nikolas:– O enterro vai ser pela tarde ou até o fim do entardecer sei lá!
            — Nikolas esfregava as mãos na cara para tentar de alguma maneira não desacreditar daquela verdade tão nua e cruel que se apresentava à sua frente.
Santiago:– Calma vamos passar por isso juntos!
           — Enquanto terminava de falar tinha minha mão sobre seu ombro e tentava de alguma maneira deixá-lo um pouco melhor,sei que era difícil isso porém precisava acreditar naquilo já que existia muita tristeza e dor que não eram nem de perto tudo que iríamos enfrentar,existia muito mais daqui até o fim daquele maldito dia.

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