Ursula
Ivete:– Você está melhor do ombro não acha?
— Tinha me sentado na maca para ser examinada por Ivete que a propósito havia se tornado minha confidente junto de Henrique no Brasil para qual havia sempre feito várias perguntas sobre minha tia e ele sempre falava a mesma coisa de que estava bem o que era um pouco repetitivo porém ele não tinha por que estar me ajudando nisso já que havia seus próprios dilemas e problemas para serem resolvidos no nosso
país.
Ursula:– Para quem levou um tiro de um assassino bem...
— Droga!Quase havia falado a palavra"sexy!?"Não mesmo!
Ivete:– Tem certeza que era só isso que queria falar?
Ursula:– Claro que tenho!
Ivete:– Garota de vontades em!?
— Sua risada curta poderia dizer que estava tirando sarro de mim ou nem acreditava nas minhas palavras.
Ursula:– Ivete você...
— Antes de continuarmos somos interrompidas por Carmosita que parecia bem afobada e gostaria de sair rápido da enfermaria porém eu não tive culpa já que foi ela que pediu para vim comigo.
Carmosita:– E então?Está pronta?
Ursula:– Quase.
Ivete:– Ela vai logo Carmosita obrigado!
— Com um movimento de mão rápido ela sinaliza para que ela saisse de uma vez e dando um último suspiro raivoso que me fez sorrir um pouco e enquanto seu pai não estava totalmente recuperado uma fazia companhia a outra o que tinha sido muito bom já que não conhecia tantas pessoas naquele lugar porém estava aprendendo a lingua local inclusive conversava um pouco com ela em outro idioma apesar de errar um pouco porém estava no começo então sem estresse.
Ursula:– Percebi que vocês são boas amigas hum?
Ivete:– Ela é uma ótima garota porém consegue deixar qualquer um com raiva.
Ursula:– Inclusive você.
— Nesse momento Ivete me observa com seu rabo de cavalo e um meio sorriso no rosto e parecia que está satisfeita.
Ivete:– E você parece que está gostando daqui mesmo não é?
— A pergunta havia me pego de surpresa porém era retórica porque já sabia a resposta.
Ursula:– Não vou responder nada!
Ivete:– Nem precisa sua cara já expõe tudo!
— Antes de sair da emfermaria sou pega desprevenida pelo que Ivete me fala.
Ivete:– Olha acho muito bonito sua amizade com ela porém não exagere tanto já que enquanto o pai dela estiver aqui tudo bem,existe o irmão de Santiago que também dá uma força tomando conta dessa cabeça de vento apenas...
— Não entendia de onde estava vindo toda aquela desconfiança e além do fato deles quase terem morrido por minha culpa provavelmente apesar de Santiago ter conversado comigo e falar o contrário a culpa parecia pesar uma tonelada em meus ombros e sei bem lá no fundo que essas pessoas estão nessa situação por minha causa de alguma forma.
Ursula:– O que está insinuando Ivete?Que deveria parar de ser amiga dela!?
— Aquela pergunta soou bem direta e um pouco ríspida apenas não queria fazer esse tipo de coisa com Ivete que tem sido mais compreensível e leal do que a maioria,não que conhecesse muitas pessoas já que até agora a barreira da língua tem me deixado um pouco solitária porém Carmosita havia sido bem compreensiva e tratava sempre de me acompanhar quando travava em alguma palavra o que estava deixando a pronúncia um pouco mais fácil.
Ivete:– Olha não foi isso que eu queria dizer você me interpretou errado Ursula.
Ursula:– Então o que foi?
— Ela olha para além de mim na saída e ao observar que Carmosita estava de costas e no canto provavelmente escutando fazia meu coração ficar apertado porque não gostava de tratar mal alguém que estava comigo aquele tempo.
Ursula:– Melhor eu ir agora e combinei de almoçar com ela daqui a pouco.
Ivete:– Tudo bem apenas se lembre do que estou dizendo.
— Enquanto dava passos lentos até a porta não conseguia parar de me sentir culpada porque mesmo que não estivesse de acordo com o que acabara de ouvir da Ivete eu também a deixei falar e quando fiquei de frente para Carmosita para me desculpar ela apenas fez o que sempre fazia.
Carmosita:– E então?Vamos para o refeitório?Estou quase desmaiando de fome!
Ursula:– Tudo bem.
— Nos caminhamos lado a lado e um silêncio até mesmo agradável decaiu sobre ambas as partes porém precisava falar alguma coisa antes de enlouquecer.
Ursula:– Olha eu...
Carmosita:– Por favor não me diga nada tá bem?
Ursula:– Está bem.
Carmosita:– Eu sei o que as pessoas desse lugar pensam sobre mim e meu pai e não seria diferente agora porque ele quase morreu.
Ursula:– Eu só queria dizer que sinto muito Carmosita.
Carmosita:– Sei que sente só que apenas sentir não vai resolver nada,não me leve a mal Ursula por ter que falar isso é que com todos os problemas que aconteceram comigo e o meu pai ultimamente apenas ser gentil não faz o resto desaparecer.
Ursula:– Desculpa.
Carmosita:– Não precisa se desculpar por nada garota agora vamos comer!
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Traumatizada
RomanceUrsula tem tudo o que sonhou nas mãos porém ela só não imaginava que em uma única noite toda sua vida passaria de um mais lindo conto de fadas para um pesadelo traumático do qual ficaria marcada até a chegada de alguém que nunca imaginou pensar em c...