Traumatizada

Capitulo 27

Ursula
          — Eu não poderia negar meus sentimentos mesmo desejando muito ter esse poder porque por mais que odeie estar sozinha naquele quarto ainda pensando em Santiago e na maneira que disse que precisava"fazer"um trabalho e ambos sabemos o que significava aquela expressão que era acabar com a vida de alguém.
Ursula:– Idiota!
             — Tinha acabado de tomar um banho demorado e pensava em como aquele imbecil conseguia mexer comigo e mesmo querendo quebrar sua cara em várias pedaços também temia por sua vida,apesar de estar com um pijama branco composto por uma blusa fina de alças e um mini shortinho tão curto que repensava que talvez aquilo fosse uma calcinha e eu não tinha percebido ainda era óbvio que aquilo não sou eu e que vida estava levando naquele momento?
             — Tinha me deitado na cama e levantado em seguida porque parecia errado estar desfrutando dessa vida e de todo o conforto que poderia proporcionar quando antes passei por um dos episódios mais traumáticos de toda minha vida.
            — Agora envolta em um tranquilo ambiente onde apenas sombras e a luz da lua me faziam repensar em tudo que acreditava ser certo e naquele maldito bastardo!Queria não pensar nele e nesse momento fazia parte como fumaça ao meu redor e por que!?
Ursula:– Eu o odeio!
             — Por que gostava tanto de mentir para mim mesma?E a resposta veio tão direta quanto as perguntas em minha mente porque era mais fácil acreditar em mentiras.
            — Peguei o celular que estava sobre o travesseiro e vi apenas cinco nomes que eram da Ivete Carmosita e daquele idiota do Santiago e seu irmão Nikolas e meu cunhado apesar de não estar mais com meu ex droga!A dor era quase que imediata e parecia uma facada certeira no coração só que uma coisa puxava a outra como se fosse uma corda amarrada em tantos outros pedaços.
            — Apenas disquei e rezei para que não atendesse só que pro meu azar e vergonha Santiago havia atendido no segundo toque e fiquei em silêncio tentando entender os motivos que me fizeram cometer aquela loucura.
Santiago:– Querida?
           — Não fazia idéia de como conseguia inventar tantos apelidos para mim sendo que nem éramos casados realmente e pior estava começando a sentir um certo apreço por isso.
Ursula:– Eu tenho um nome sabia?
Santiago:– Bom ouvir sua voz querida.
             — Ele só podia fazer aquilo para torrar minha paciência e era típico desse abusado!
Ursula:– E como foi o trabalho?
Santiago:– Nossa querida nem transamos ainda,já estamos vivendo uma vida tão pacata e tranquila com você me perguntando esse tipo de coisa?O que vem depois?Gêmeos?
             — Só a idéia de estar esperando uma criança me faz afiar cada um dos meus sentidos e me sentir estranha com aquilo como se tivesse me chamado por uma porção de palavrões e ainda continuasse provar seu ponto de que sim conseguia retirar o pior de mim sem muito esforço.
Ursula:– Você bem que gostaria dessa parte não é!?
           — Falo aquilo com um tom de provocação e também de ousadia já que sei o quanto consegue debater seus pontos de vista quando achava estar correto.
Santiago:– Não iria reclamar.
Ursula:– Sei.
           — Um silêncio surgiu entre nós e acreditei que essa fosse a"deixa"para eu desligar e não tocar mais em qualquer assunto delicado e espinhento quanto aquele.
Santiago:– O que está fazendo?
Ursula:– Nada de importante.
Santiago:– Errado querida porque tudo que faz me importa muito.
            — Como gostaria de revidar e responder tudo a altura porém ficava tudo apenas em provocações e gostava daquele tom comigo como se de alguma forma estivesse mesmo preocupado.
Ursula:– Santiago eu...
Santiago:– Se toque.
          — Parei quase que imediatamente de respirar por aquilo que acabara de ouvir porém ele estava mesmo sendo sério ou apenas tentando brincar comigo!?
Ursula:– Como disse?
Santiago:– Se toque querida.
          — Aquilo mexeu tanto comigo que acabei gaguejando e de uma certa forma falando seu nome duas vezes como se quisesse falar sério ou tentar colocá-lo em seu lugar porém ambos sabíamos que aquilo não daria em nada.
Ursula:– Você está bêbado ou algo assim!?
Santiago:– Ainda não apenas faça o que estou pedindo.
Ursula:– Você é maluco!Acho que vou desligar!
Santiago:– Espere querida!
Ursula:– O que!?
             — Não conseguia entender bem os mistos de sentimentos que cresciam dentro de mim porém era algo misturado a excitação e medo porém aquela última parte estava se tornando bem minúscula comparado ao resto.
Santiago:– Sabe o que queria estar fazendo nesse momento querida?
Ursula:– Já disse para não me chamar assim...
Santiago:– Gostaria de estar com a lingua entre suas pernas.
           — Caramba!Precisava ser tão direto daquele jeito!?Graças aos céus que não estou comendo ou bebendo nada se não teria me engasgado com aqueles absurdos que me falava.
Ursula:– Santiago!
Santiago:– É a verdade querida.
            — Não sei o motivo de estar entrando na mesma onde desse canalha e cafajeste porém passei minha mão um pouco ainda receosa por estar fazendo aquilo só porque ele me pediu para fazer e aquilo me abriu os olhos porque a resposta veio quase que imediatamente porque foi um pedido dele e não uma exigência ou ordem como o...ia falar o nome dele porém achei melhor nem mencionar sua existência já que marcas do que passou foi tudo que meu ex deixou em mim.
Santiago:– Por que está tão calada?
            — Tinha acabado de roçar meus dedos no bico do seio e aquilo foi até que prazeroso apenas não iria admitir para ele.
Ursula:– Nada demais.
Santiago:– Comtinue se tocando.
Ursula:– Como você sabe!?Tem câmera aqui!?
            — Só da idéia dele estar me observando despertou em meu interior diversos sentimentos porém não iria deixar que invadisse minha privacidade daquela maneira.
Santiago:– Não só que sua resposta te entrega querida.
Ursula:– Quer parar de me chamar assim por favor!?
Santiago:– Apenas continue.
           — Eu o odeio primeiro por me fazer sentir dessa maneira e segundo por estar seguindo seu conselho apesar de considerar errado aquilo de alguma maneira e acabando de colocar minha mão no outro seio e apertando de uma forma que imaginei ser ele ao sentir esse contato e imediatamente fiquei corada e graças aos céus que ele não estivesse naquele quarto para me ver dessa forma.
Santiago:– Está começando a gostar?
            — Tirei imediatamente a mão e o mandei com toda força se foder porém sua risada me fez sorrir um pouco.
Ursula:– Eu não deveria estar fazendo isso.
Santiago:– Estou me tocando sabia?
Ursula:– Que!?
Santiago:– Precisava parar um pouco porque você gemeu.
Ursula:– Claro que não!
            — Talvez estivesse tão imersa naquilo que nem houvesse percebido.
Ursula:– Olha melhor eu desligar de uma vez!
Santiago:– Continue se e isso que quer.
           — O estranho e que não fiz aquilo que ameacei fazer apenas continuei ouvindo sua voz e me tocando tão delicadamente que podia ouvir minha própia respiração e primeiro comecei em cada seio novamente como se não tivesse feito da primeira vez e ao circular os dedos sobre o bico parecia que havia ganhado eletricidade e deixado um rastro cada vez mais profundo e indecente.
Santiago:– Gostaria de poder te ver agora.
Ursula:– Hum?
            — Não sabia se apenas o ouvia ou ficava me tocando apenas que a maneira que escutava sua voz,o modo que estava deslizando os dedos por meus seios me faziam desejar que ele de alguma forma estivesse ao meu lado e foi quando as caricias começaram a ficar mais fortes e prazerosas e meus gemidos dessa vez foram ouvidos por mim e mesmo estando extremamente envergonhada a excitação por estar me fazendo aquilo era duas vezes maior e por Deus como era bom.
Santiago:– Isso mesmo querida.
             — Não acreditava na maneira que amassava meus seios imaginando as mãos dele e como seria se a sua lingua estivesse cobrindo o bico e mordiscando até que começasse...
            — Quando abro meus olhos tomei um puta susto porque tinha a visão de Santiago parado perto da cama,assistindo de camarote todo o desejo que estava crescendo em mim,pior pela maneira que estava quase chamando seu nome por Deus!
Ursula:– O que pensa que está fazendo aqui!?

Santiago
           — Tinha chegado a pouco tempo na mansão e para minha surpresa e deleite acabei recebendo a ligação da única pessoa que acreditava não querer falar comigo,melhor do que isso era aquela agradável surpresa que tinha me deixado com mais tesão desde o segundo que abria a porta e a vi se tocando droga!
Santiago:– Fico feliz que tenha seguido meu conselho querida.
Ursula:– Não seja ridículo!
             — Aquele olhar reprovador como se de alguma maneira estivesse fazendo algo ruim porém qualquer coisa que falasse não chegava nem perto do prazer que era estar lhe vendo daquele jeito.
Santiago:– Por que apenas não continua de onde parou?
             — Tinha acabado de voltar daquele trabalho onde envolvia uma morte simples e rápida e mesmo que tivesse começado cedo não existia outro meio de descrever aquilo como loucura porque toda vez que voltava parecia que era outra pessoa e o cara que acabara de ceifar havia implorado por sua vida,não que aquilo nem acontecesse mais e eu deveria estar acostumado com isso apenas que a morte parece ser igual ao mesmo tempo que é diferente de rosto para rosto.
Santiago:– Não podemos viver assim.
            — Ela tinha continuado deitada na cama e me observava e poderia ser apenas pelo jeito que me olhava ou era seu silêncio apenas que Ursula me contava toda a tristeza e raiva que habitava seu coração.
Ursula:– Não estou fazendo nada de errado!
           — Ela falava aquilo de uma maneira tão firme e séria que parecia estar tentando se convencer daquilo e não tendo uma conversa comigo.
Santiago:– Sei que não está,eu quero muito tocá-la.
Ursula:– Certo.
          — Ursula continuava calada sem qualquer terror em seu rosto ou até mesmo querendo falar algo apenas ansiosa e com sua respiração rápida como se estivesse de alguma maneira querendo alguma coisa de mim,apenas não pudesse desvendar o que escondia.
Santiago:– Posso beijá-la?
            — Eu não sei de onde veio aquela boa vontade e educação já que quando desejava muito uma mulher poderia usar os truques certos na manga ou nos casos mais extremos fazer da mesma forma que fiz com minha...droga!Eu tinha passado por um enorme inferno antes e agora?Precisava relembrar o péssimo imbecil que havia sido tanto com meu irmão como com a minha cunhada,agora existia Ursula que passou por um dos piores traumas que uma mulher pode passar e precisava agir com toda cautela possível e não ser aquele mesmo bossal de antes.
Ursula:– Santiago?
            — Sua voz baixa me fez quebrar o transe que estava tendo e acabo mergulhando naqueles olhos que pareciam sugar qualquer chance de me tornar um idiota e não com essa garota.
Santiago:– Melhor pararmos.
           — Enquanto saia de perto e recuperava um pouco do auto controle escutei sua voz mais uma vez e assim tive certeza que aquilo não era apenas algo vindo de mim.
Ursula:– Eu não quero que pare.