Capitulo 13

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Ursula          — Eu não temia a escuridão e antes de acontecer aquilo comigo passava horas acordada ou lendo ou até mesmo pensando em como iria fazer feliz a única pessoa que achei depois da minha tia estar do meu lado só que novamente me enganei

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Ursula
          — Eu não temia a escuridão e antes de acontecer aquilo comigo passava horas acordada ou lendo ou até mesmo pensando em como iria fazer feliz a única pessoa que achei depois da minha tia estar do meu lado só que novamente me enganei.
          — Tinha tido pesadelos horriveis depois que fui deixada observando a Ivete porém eram tão ruins que não duravam tanto apenas flashes daquela violência horrenda.
        "— Está muito tarde para lágrimas não acha?"
          — Me acordei a pouco tempo e antes de poder me esquecer havia deitado na cama hospitalar que ficava ao lado da dela nos separando apenas por finas cortinas brancas e um pequeno frescor vindo do vento da noite porém me lembrava daqueles rostos horriveis tão reais quanto a luz da lua.
Ursula:– O que está fazendo aqui Santiago?
           — Existia uma poltrona escura no canto das camas e naquele momento o cara que gostaria que estivesse longe estava bem perto de mim e sua presença era perigosamente uma distração.
Santiago:– Estou de olho no que é meu.
            — Dessa vez presto bem atenção em suas palavras e tenho vontade de me levantar e dar na cara daquele idiota presunçoso!
Ursula:– Eu não sou sua!
           — Uma risada curta que parece invadir o silêncio da noite e até mesmo ameaçar o sono dela me faz levantar da cama e ir até perto daquele maldito porém sou impedida por algemas que estão presas em meus pulsos e foram colocadas contra uma parede oposta para de alguma maneira tentar me segurar?
Ursula:– Isso é um absurdo!
Santiago:– Viu só?Não posso deixá-la solta com minhas algemas preferidas e por isso estou aqui tomando conta delas.
           — Dessa vez me dou conta de que ele não falava de mim como propriedade e sim daquelas coisas feias me prendendo.
Ursula:– Então estava falando dessas coisas?
Santiago:– Ei!
          — Rio porque parecia que tinha falado de algo muito precioso para o cara porém aquelas algemas desconfortáveis e feias não pareciam ser grandes coisas.
Ursula:– O que foi?
Santiago:– Essas algemas pertenciam ao meu pai.
Ursula:– Ele morreu?
           — Não sei o que significava aquele olhar distante e silencioso,parecia que tinha entrado em um território espinhento e perigoso.
Santiago:– Não na verdade meus pais moram em uma fazenda afastada aqui mesmo na Itália.
Ursula:– Nossa que susto seu idiota!
           — Bato de leve em seu ombro porque parecia que tinham morrido e não me contive quando estava contando aquele relato que até parecia triste.
Santiago:– Não se preucupe tanto assim com a minha vida.
Ursula:– Por que não?Você vive colocando o focinho na minha sem nunca ser convidado!
           — Tinha tentado cruzar os braços porém não consegui pelas algemas.
Ursula:– Você pode tirar isso de mim!?
Santiago:– Como se fala?
Ursula:– Agora!
           — Tentar explicar para ele que estava agindo como um idiota era impossível porque parecia sempre apenas ouvir a si mesmo então apenas não falei mais nada e virei as costas.
Ursula:– Não sei o motivo de ainda perder meu tempo com você!
Santiago:– Porque talvez esteja começando a gostar de mim?
           — Como ousava acreditar que poderia sentir qualquer coisa por alguém que atirou e me sequestrou e agora estava me mantendo presa naquela mansão!?
Ursula:– Você só pode estar sonhando mesmo!
         — Antes que pudesse continuar a reclamar sinto que não existe mais algemas em meus pulsos e quando olho vejo que tinha tirado aquelas coisas horrorosas de mim.
Santiago:– Viu?Saiu perfeitamente.
        — Esfrego um pouco o lugar que está sensível e olho em seus olhos e digo algo que até um certo segundo atrás parecia ser impensável.
Ursula:– Obrigado.
Santiago:– Viu só?Não sou tão ruim assim princesa.
Ursula:– Sei.
         — Ele terminava de falar aquilo colocando um dos braços sobre meus ombros e me puxando para mais perto.
Ursula:– Qual é seu problema!?
Santiago:– Você se tornou meu problema.
Ursula:– Quer tirar as patas de cima por favor!?
          — Antes de reclamar mais tenho meu pedido atendido e quando tento me afastar tenho meu braço segurado de leve e em seguida escuto aquela pergunta.
Santiago:– Onde está o celular que ela te deu?
Ursula:– O que?
           — Precisava fingir que não fazia idéia do que estava falando porque aquele foi o único meio de comunicação que a Carmosita havia me passado,foi porque implorei que me ajudasse a me comunicar com as pessoas do Brasil e quem sabe pudesse achar um meio de fugir daquela bizarrice que havia caído.
Santiago:– Pensei que pudesse confiar em você.
Ursula:– Não sei do que está falando Santiago.
            — Ele sorri para mim e aquilo desperta várias coisas em meu estômago e acima de todas era arrepio.
Santiago:– Tudo bem você quer mentir justo para mim?
           — Dessa vez tenho o outro braço segurado e aquela nova sensação que não tinha nada a ver com medo ou nojo é apenas ansiedade e surpresa pela forma que me deixava tão próxima dele.
Ursula:– Só queria ligar para minha família.
            — Não me orgulho disso porém disse aquela última parte como um pedido e que de alguma maneira aquele insensível,desprezível pudesse compreender que estou a ponto de enlouquecer longe daqueles que amo!
Santiago:– E você conseguiu não é?
            — Aquela pergunta ficaria sem resposta porque até agora não tive nenhuma notícia da minha tia e toda vez que tentei ligar caia ou alguém na linha não queria falar comigo o que era bem estranho porque naquela altura ela deveria estar desesperada atrás de mim né?
           — Tento olhar para o teto e para o chão em seguida,para qualquer lugar que não fosse seus olhos e tentava de verdade não me sentir acuada e com medo porém Santiago conseguia sempre extrair as piores partes da minha personalidade e como descobriu sobre aquele telefone não seria diferente agora.
Ursula:– O que está fazendo seu idiota!?
           — Ele começou a me tocar por todo o corpo só que não estava tentando nada apenas procurava e sabia o que.
Ursula:– Pare agora com isso!
          — Antes de poder continuar brigando e lhe ofendendo por estar sendo tão repetitivo e evasivo ele finalmente acha o celular pequeno e cinza que Carmosita havia me dado escondido,provavelmente havia me entregado para ele,foi ingenuidade minha pensar que manteria segredo.
Santiago:– Olha só muito esperta as duas.
Ursula:– Do que está falando?
Santiago:– Não me olhe com essa cara amor.
Ursula:– Pare de me chamar assim!
           — Que droga!Estou parecendo uma garota mimada porque esse desgraçado conseguia me fazer perder o controle bem mais rápido do que imaginava!
Santiago:– Não seja malvada e não grite porque Ivete precisa de muito silêncio.
            — Tapo minha própia boca rezando para que aquele meu mini escândalo não tenha lhe acordado porém quando fui olhar para ela estava dormindo e esperava que fosse assim pelo resto da noite.
Ursula:– Eu tô cansada.
Santiago:– Sério?
            — Todos aqueles pesadelos e a tristeza misturada com os traumas que rodeavam minha mente estavam me drenando como um vampiro e parecia que por mais que tentasse escapar uma hora ou outra seria pega por cada movimento errado.
Santiago:– Tudo bem então Serafina obrigado.
            — Agora que vi Santiago terminando de falar pelo celular com a namorada de Ivete e pelo pouco que conheci parecia amá-la muito,aquilo me despertou uma ponta de inveja porque era assim que desejava ser tratada pelo meu ex e infelizmente não cheguei nem aos pés da relação que aquelas duas pareciam ter.
Santiago:– Ela vai vim para cá e agora podemos ir.
Ursula:– Para onde?Ainda é madrugada não é?
Santiago:– Umas duas e meia da manhã.
Ursula:– E onde vou dormir?
            — Não tive tempo para pensar bem porque seria uma das poucas vezes que dormiria fora de casa e nesse caso falava do meu país.
Santiago:– No meu quarto.
Ursula:– O que!?
           — Ele continua a andar e enfia o meu celular num dos bolsos da sua calça jeans e agora conseguia perceber bem,mesmo com a falta de luz sendo quebrado apenas por algumas luzes brancas e  fracas no canto daquele  quarto e nos outros três cantos porém além de estar vestido com aquela peça de roupa que realçava a bunda firme e musculosa,não que estivesse notando ou nada parecido porque simplesmente não poderia gostar de um tipo como aquele só que Santiago era um homem forte talvez dois metros e não iria lhe perguntar aquilo e combinando tinha o sueter preto de gola alta e mangas compridas o fazendo ficar além de atraente parecia saído de uma daquelas novelas brasileiras onde esse imbecil provavelmente seria o vilão da história porque não havia outra maneira de taxar todo seu desenvolvimento até agora.
Santiago:– Por que não para de tentar me seduzir?
Ursula:– O que?
Santiago:– Seus olhos estão vidrados na minha bunda.
Ursula:– Até parece!
            — Vou andando devagar pelo mesmo caminho que ele e com o rosto queimando de vergonha e agradecendo a Deus por ele não perceber que estava daquele jeito,droga!Tinha sido pega no flagra!

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