2.6, Tom.

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Catástrofe: acontecimento desastroso de grandes proporções, relacionado a fenômenos naturais. Ella tempestade e eu clima quente, por isso formávamos uma Monção, mesmo sendo opostos ainda assim conseguíamos nos completar, mas de uma forma extremamente desastrosa.

Tudo em mim clamava por ela, em dias chuvosos, em dias quentes, até mesmo quando eu não me lembrava de alguns momentos que passamos juntos, eu ainda ansiava por ela. Eu sabia que a ruiva me completava e que eu a completava também, mas tavez ainda não estivessemos prontos para ficar juntos.

Depois que eu me sentei naquele banco e chorei até a última gota de água que restava em meus olhos secar, eu tentei me recompor, mas na verdade era muito mais complicado do que eu jamais havia imaginado. Saber que Bill e Ella haviam tido um contato a mais, me deixava puto, e isso era a forma mais egoísta de dizer que esse era o meu jeito.

Eu fodi garotas, eu arrebentei em palcos com a minha guitarra, eu me tornei famoso e também me apaixonei. Dessas 4 coisas, me apaixonar foi a mais complicada, eu podia jurar que esse acaso nunca aconteceria comigo e quando aconteceu, me desvastou.

Pelas próximas 4 horas seguidas Georg permaneceu ao meu lado dando o suporte que eu necessitava no momento, após ter sido fatiado em mil pedaços pelas duas pessoas que tomavam o palco príncipal em minha vida. Eu não sabia o que estava sentindo na verdade, mas se eu pudesse cancelar esse show, eu teria o feito sem pensar duas vezes.

Mas esse seria o meu eu egoísta agindo mais uma vez, e eu estava cansado dessa parte minha, eu queria mandá-la para o quinto dos infernos, junto com toda a raiva que meu corpo sentia e junto com toda dor que meu coração repudiava.

Eu não vi o rosto de Ella até chegarmos ao aeroporto, e Bill hora ou outra tentava falar comigo, mas eu não conseguia responder por seus chamados, eu estava em choque, porra. Me dê o caralho de um minuto para raciocinar toda essa merda gigantesca.

Descemos do ônibus e caminhamos para dentro do aeroporto, Ella se postou ao meu lado mas eu não consegui olhá-la, ainda estava doendo, e ela tinha que compreender isso, assim como eu compreendi quando notei que estava a machucando e deixei que ela fosse ser feliz, não queria ser a gaiola de ninguém, eu queria voar junto dela.

─ Fale comigo, por favor. ─ A garota sussurrou ao meu lado, enquanto caminhávamos para o jato particular da banda.

─ Eu não tenho o que falar, se eu tivesse, eu até falaria. ─ Disse na mesma entonação em que ela havia dito.

─ Eu sei que supostamente tenha fodido tudo, mas por que você se importa? ─ Talvez ela seja mais lerda do que eu tinha imaginado. ─ Você não me ama e também não quer ser meu, entendo que beijar Bill foi uma dor e tanto, mas qual o problema, Tom?

Eu não admitiria os meus sentimentos para ela agora depois de ter sido feito de bobo pelos dois. Suspirei e dei alguns passos mais largos para chegar ao avião que decolaríamos logo, deixei que ela ficasse com esse ponto de interrogação em sua cabeça como vingança por não ter me dito antes, precisei descobrir por um jogo essa merda toda.

As horas se passaram e todos nós já decolávamos para o País que aconteceria o show. Ella estava sentada ao meu lado, e eu não conseguia desviar meu olhar de seus pés, que batiam no chão frenéticamente, sua ansiedade estava exposta naquele ato, e eu não conseguia me sentir bem se ela também não estivesse.

─ Se acalme, por favor. ─ Pousei uma mão em sua perna esquerda fazendo com que seu pé parasse de se mover contra o chão.

─ Eu estou tentando, mas sinto que vou ter uma porra de uma crise de ansiedade bem aqui e agora. ─ Ella apoiou a mão contra seu peito e eu pude ver que a garota não estava bem, seus olhos estavam cerrados e ela respirava ofegantemente, puta que pariu, era uma crise de ansiedade. ─ Tom, me ajuda.

𝐌𝐎𝐍𝐒𝐎𝐎𝐍 Onde histórias criam vida. Descubra agora