2.8, Tom.

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Todas as vezes que Ella havia dito que me amava, eu estava em um momento vulnerável e não conseguia esboçar a devida reação que a garota esperava e eu me culpava por isso, eu me culpava por não retribuir da mesma maneira.

Assim que saí da porta de seu quarto, a Ruiva ainda continuou parada lá, mas logo consegui ouvir o barulho da mesma se fechando lentamente alguns segundos depois. Eu queria abraçá-la e me desculpar pelas babaquices que tinha feito, mas primeiro precisava encontrar Bill, uma parte minha estava morrendo por estar sem ele.

Encontrei um segurança no meio do caminho e ele me disse em qual sala os meninos estavam reúnidos, agredeci e corri para lá o mais rápido que podia. Eu sentia necessidade de estar perto de Bill, de pedir perdão por ter o machucado, não queria ser o mesmo lixo que meu pai foi para nós.

Virei alguns corredores daquele hotel imenso e abri a porta sala em uma força quase assustadora quando a encontrei, os garotos me olharam com feições assustadas e eu adentrei a sala fechando a porta atrás de mim.

─ Bill.. ─ Meus olhos se encheram de lágrimas novamente e eu estava ficando puto com essa sensibilidade, se meu irmão me odiasse, eu estava pronto para desistir de tudo nesse plano.

─ Tom? ─ Sua feição de assustada mudou para preocupada, ele se levantou do sofá onde estava e correu até mim, segurando meu rosto em suas mãos macias. ─ O que houve, irmão?

─ Você pode me perdoar? ─ Disse baixo, não queria que Georg e Gustav ouvissem, depois eles ficariam fazendo piadinhas da minha vulnerabilidade. ─ Você acha que consegue me perdoar?

─ É claro que sim, eu já havia te perdoado assim que você se virou e saiu do corredor. ─ Seus olhos brilharam e eu pude ver lágrimas se formando no canto de seus olhos, Bill me abraçou encostando seu queixo em meu ombro, eu retribuí o abraço e fiz o mesmo que ele.

─ Olha, os viadinhos se acertaram. ─ Georg caçoou, estava demorando já.

─ Cala boca, precoce. ─ Mostrei meu dedo do meio e saí dos braços de Bill que caminhou ao meu lado para os sofás.

Todos riam, eu sentia uma leve paz quanto nós 4 estávamos bem um com o outro e fazendo o que mais gostávamos de fazer: tocar juntos. Provamos as roupas do show, tocamos um pouco e depois fomos descansar.

Eu ainda queria falar com Bill, e também teria que falar com Ella, nesse momento eu me sentia preparado para esquecer todo esse lance que havia acontecido entre eles, eu não queria perdê-los, estava fora de cogitação.

Assim que saímos da sala, nos despedimos de Georg e Gustav que foram para um lado e eu e Bill para o outro, dando oportunidade que para que conversássemos mais sobre o problema de mais cedo. Ficamos algum tempo em silêncio, mas eu precisava perguntar o que meu coração desejava saber.

─ Você sente algo por ela? ─ Perguntei para Bill que se manteve quieto antes de responder.

─ Tom, Ella é uma garota muito bonita, e talvez esse conforto que acabamos dando um para o outro, foi só para concertar os quebrados que haviam em nossos coração por conta de vocês. ─ Disse e eu me senti confuso.

─ Vocês? ─ Ele suspirou e continuou andando, eu queria que ele contasse o que estava escondendo de mim, parei de andar e o chamei mais uma vez. ─ Bill?

─ Izzy. Izzy é o nome dela, Tom. ─ Parou de andar também e se encostou na parede, acendeu um cigarro mesmo sendo proíbido no local. ─ Ella uma vez apresentou essa sua amiga pra mim, no começo eu me sentia apenas atraído, mas Izzy foi se enfiando demais em minha rotina, e aos poucos, eu me apaixonei por ela. ─ Tragou seu cigarro, por um instante eu me lembrei da garota de cabelos pretos que Bill quase sempre conversava, mas ela quase nunca estava por perto.

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