Capítulo 39

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-Oh, meu Deus você acordou! Eu vou chamar o médico. - Charlotte falou se levantando desesperada da poltrona.
-Não, fica aqui comigo. - Casey falou tossindo e pegando a mão dela. – Fica aqui.
-Fica tranquilo que eu só vou chamar o médico para te examinar. Eu já volto, ok? – Charlotte sorriu fraco, tentando tranquiliza-lo.
-Ok. - Ele soltou a mão dela.

Charlotte saiu do quarto correndo, e foi atrás do médico que está cuidando de Casey. Ela não demorou a achar o médico que estava saindo do quarto de um outro paciente acompanhado de uma enfermeira.

-Dr., o meu marido acordou. – Ela o abordou parando um pouco ofegante.
-Que bela novidade, vamos vê-lo. – O médico se despediu da enfermeira, e seguiu com Charlotte até o quarto onde Casey permanecia deitado e ansioso para ter sua esposa ao seu lado.

Entrando no quarto junto com o Dr. Jones, Charlotte foi para o lado de seu marido, e não saiu mais de lá. Ela ficou prestando atenção em todos os movimentos do médico, e em todas as perguntas que ele fazia para Casey.

-Bom senhor Salvatore, fazendo uma avaliação rápida, eu vejo que o senhor está bem. Por mais que tenha levado um tiro no peito, e ficado todos esses dias desacordado. O senhor se recuperou bem. O ferimento esta cicatrizando bem, e com sorte não vai ficar uma cicatriz muito aparente. – O médico concluiu colocando o estetoscópio de volta em seu pescoço.
-Então eu já posso ir embora para casa Dr.? Eu tenho muito trabalho a fazer, agora que já estou bem.
-O senhor acabou de acordar depois de levar um tiro, e passar por uma cirurgia. Nós vamos ter que fazer alguns exames antes de pensar em te dar alta.
-Casey você não tem que pensar em trabalho ou em qualquer outra coisa agora. - Charlotte falou. – A sua recuperação é mais importante agora.
-Eu tenho que pensar em tudo Charlotte. Eu não posso ficar aqui neste hospital trancado. - Casey falou firme olhando para o médico, com um certo olhar de ameaça. – Eu tenho que ir embora. – Ele falou firme, e nem parecia que tinha acabado de acorda.
-Olha senhor Salvatore, vamos fazer assim, eu vou mandar virem te buscar para fazerem alguns exames. Dependendo dos resultados eu dou alta para o senhor. – O médico falou anotando algumas coisas em sua prancheta. – Mas em compensação o senhor vai ter que me prometer que vai trabalhar em casa, que vai ficar de repouso.
-Tá tudo bem. - Casey se deu por vencido, quando viu que o médico não iria libera-lo de imediato. – Eu vou trabalhar de casa. – Ele forçou um sorriso para o médico.
-Ótimo! Vou pedir que venham te buscar depois que lhe for servido algo para comer.

Depois que o médico saiu do quarto, Sarah chegou acompanhada de Josh e Lorenzo. Todos estavam muito felizes que Casey tinha finalmente acordado.
Sarah ficou emocionada em ver que seu irmão estava. Ela nunca tinha demonstrado muito carinho por seu Casey eles sempre foram muito diferentes, mas depois de tudo o que tinha acontecido ela queria ficar o mais perto possível dele. Ela o amava demais.

-Eu fiquei com tanto medo de perder você irmão. - Sarah falou o abraçando forte. – Você está se sentindo bem?
-Estou sim. – Ele sorriu fraco. - Você não vai se livrar de mim tão fácil assim maninha. - Casey beijou sua testa. – Eu sou duro na queda. – Ele piscou para ela.

Os dois irmãos nunca demonstraram muito carinho um pelo outro. Mas agora, depois desse atentado contra Casey, e até mesmo depois da morte de seu pai, os irmãos Salvatore estavam mais próximos. A dor da perda havia Unido eles.

Deixando Josh e Lorenzo com Casey para discutirem coisas sobre a máfia, Charlotte e Sarah foram até a lanchonete do hospital. Charlotte estava morrendo de fome, ela não tinha comido nada depois do café da manhã.

-E então, agora que o Casey acordou, você vai contar para ele sobre o bebê? - Sarah perguntou se sentando ao lado de Charlotte na mesa depois de ir pegar um lanche para elas.
-Ainda não Sarah. Eu vou esperar ele se recuperar e voltar para casa. Na verdade eu nem sei como vou contar a novidade.
-Entendo, você vai achar uma forma de contar. – Sarah tomou um pouco de seu chá. - Eu estou tão feliz que eu vou ser tia. - Ela falou animada e batendo palma de felicidade. - Eu vou mimar muito o meu sobrinho.
-Meu Deus se juntar você e os meus pais, esse bebê vai ser o mais mimado do mundo. Só quero ver vocês três juntos, paparicando o meu filho. – Ela riu imaginando seu bebê junto de seus pais e sua cunhada.

...

Enquanto Charlotte estava na lanchonete, Casey pediu uma atualização de tudo o que estava acontecendo na sua ausência. Foram poucos dias que ele ficou desacordado, mas muita coisa aconteceu neste meio tempo. Casey estava detestando ficar afastado, mas ele não podia fazer nada no momento, a não ser ficar quieto, e se recuperar do tiro que levou.

-Eu e os soldados pegamos alguns russos desprevenidos a algumas noites atrás. Como já era esperado, a ordem do ataque contra você, veio do chefe da Bratsva aqui de Nova York.
-Um dia eu vou pegar aquele desgraçado do Nikolai, e vou acabar com ele. Eu sonho com isso desde de o ataque nos Hamptons. Que partiu dele com toda certeza. – Casey falou com raiva. – Eu vou matar ele...
-Nikolai está decidido a acabar com a gente. Ele está mais do que determinado.
-Mas isso não vai acontecer Lorenzo.
-Eu sei que não...
-Eu queria saber da Graziella. - Casey falou mudando de assunto. - Ela estava comigo na hora do ataque.
-É eu sei. Quando eu e a Charlotte chegamos aqui no hospital, ela estava na sala de espera junto da Sarah ebdo Josh. Aparentemente ela não sofreu nenhum ferimento.
-Que bom. Não ia me perdoar se algo tivesse acontecido com ela.
-Então vocês estavam juntos... – Lorenzo falou casualmente sentando na poltrona que ficava próximo da cama. – A Charlotte não gostou de ver a Graziella aqui.
-Nós só estávamos jantando Lorenzo. Não que isso seja da sua conta. - Casey o repreendeu com o olhar. – Eu falo sobre isso com a Charlie depois.
-Me desculpe cara. É que eu saí daqui e a garota estava na Sicília, em outro continente. E quando eu volto ela está no hospital esperando por notícias suas. Só fiquei surpreso.
-É, ela chegou sem avisar, quando eu vi ela já estava na cidade. – Ele deu de ombros.

(...)

Mais tarde, depois que o horário de visitas acabou, só Charlotte foi autorizada á ficar com Casey no quarto. Na verdade Casey exigiu que sua esposa ficasse mesmo não podendo.

Os dois ficaram conversando por um bom tempo, e Charlotte contou sobre o acidente de seu pai, e que agora ele já estava melhor, e em casa. Ela só pulou a parte que estava grávida. Isso ficaria para um outro dia, quando ele já estivesse em casa.

-Fico feliz que o Robert já esteja recuperado do acidente, e já esteja em casa. Eu só espero poder ir para casa também. - Casey falou exasperado. – Eu odeio hospitais.
-Todos nós detestando hospitais Casey. Logo os resultados dos exames que você fez hoje vão sair, e com fé em Deus todos estes resultados vão ser positivos. Logo você vai estar em casa. – Charlotte pegou na mão de Casey, e deu um leve aperto.
-Eu estava com saudades de você Charlie... – Ele pegou a mão dela, e deixou lá um beijo.
-Eu também estava. - Ela sorriu.
-Vem aqui, deita comigo. – Ele falou puxando-a para a cama.
-Eu acho que eu não posso me deitar aí Casey. Você está ligado a tantos aparelhos. – Ela olhou para dois monitores que estavam ligados a fios coloridos que terminavam ligados ao peito de Casey.
-Claro que pode! Vem logo. – Ele a puxou novamente.
-Tá bom. - Charlotte tirou as suas sapatilhas, subiu na cama, e se deitou com cuidado ao lado de seu marido naquela desconfortável cama, e se aconchegou em seu abraço.
-Eu estava realmente com saudades de ter você nos meus braços Charlotte. – Casey falou beijando sua testa. – É muito bom ter você por perto.
-Eu também estava com saudades. É bom estar aqui nos seus braços. - Charlotte beijou o rosto dele.

Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos. Eles naquele momento não tinham nada pra falar um para o outro. Só matar a saudade, e sentir um ao outro. Charlotte tinha ficado tão assustada quando Lorenzo tinha lhe contado do atentado. E agora ver que Casey estava bem e iria se recuperar do tiro, a tinha deixado mais calma.

-Casey nunca mais me dê um susto desses, por favor. – Ela quenrou o silêncio e se levantou um pouco para poder olhar para ele.
-Bom, não foi como se eu quisesse ter levado um tiro Charlie. – Ele sorriu de lado.
-Eu sei... – Ela desviou o olhar do dele. - Eu fiquei tão desesperada quando o Lorenzo me contou o que tinha acontecido. Eu queria ter estado do seu lado o tempo todo.
-Foi bom você estar longe. É melhor eles tentarem me matar do que a você. Nada pode acontecer com você Charlotte. Nada!
-Eles já tentaram fazer isso antes comigo.
-E eu quase morri quando fiquei sabendo. Isso não pode e não vai se repetir. Eu mato todos os russos dessa cidade antes de isso acontecer. – Casey se agitou nervoso só de pensar naqueles russos tentando ataca-la novamente.
-Ei, fica calmo. Você está com dor? - Ela perguntou colocando a mão levemente no local onde Casey tinha levado o tiro, em cima do curativo.
-Não, só estou com um leve incômodo. Eu já levei um tiro antes Charlie, sei como é. Logo vai passar. – Ele piscou para ela.
-Você é acostumado com umas coisas tão estranhas Casey. Deus me livre. – Charlotte revirou os olhos.
-É, sou mesmo... - Ele deu de ombros. – Fazer o que, essa é a minha vida.

Naquela noite Casey e Charlotte dormiram abraçados na cama minúscula do hospital. Por mais que não fosse muito aconchegante, só de estarem juntos, aquela cama tinha ficado mil vezes mais gostosa de se dormir.

Charlotte por alguns momentos pensou em contar para Casey sobre a gravidez, mas no final ela desistiu, e decidiu contar a novidade em uma outra hora. Agora era o momento de Casey se recuperar do tiro que levou, e sair daquele hospital o mais rápido possível.

Dangerous Love (Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora