Os russos abriram fogo contar John e Charlotte, que corriam os mais rápido que podiam.
Se escondendo atrás de uma grande caçamba de lixo, John pegou sua arma, e começou a atirar de volta contra eles, Charlotte se abaixou para se protegendo dos tiros. Ela estava desesperada, ela nunca tinha passado por uma coisa dessas, e nunca imaginou que teria pessoas que ela nem conhecia, a perseguindo.
-Vem comigo. - John a puxou pelo braço, e eles voltaram a correr.
Os dois correram por mais duas quadras, sem olhar para trás. Os tiros haviam sessado, o que deixou Charlotte Quando intrigada, porém ela não olhou para trás, pra ver onde os russos estavam. John viu que eles não estavam mais sendo seguidos, então começou a diminuir um pouco o paço.
-Charlotte para por favor, eu preciso descansar. - Ele falou ofegante.
-O que? Você esta bem John? – Ela se virou para ele.
-Não, os caras me acertaram. - Ele falou tirando a mão de cima do buraco de tiro em sua barriga, que estava sangrando muito.
-Meu Deus quanto sangue. - Charlotte colocou a mão na boca assustada. - Nós precisamos ir para um hospital agora John! – Ela começou a olhar em volta para tentar se localizar.
Eles estavam em uma viela mal iluminada, que tinha vista para uma quadra de basquete que estava vazia naquele momento.
-Acho que não vai rolar. - John deu uma risada sem humor. - Olha eu não vou durar muito tempo. - Ele falou se encostando na parede, e escorregando para o chão. - Você vai seguir sozinha e va...
-Eu não posso ir sozinha, eu não conheço nada por aqui John. - Charlotte falou desesperada. – Eu não sei aonde nos estamos.
-Fica quieta, e me ouve! – O homem chamou sua atenção. - Pega o meu celular e liga para o Casey ou para o Lorenzo, eles vão vir te buscar.
-Eu não vou te deixar aqui sozinho, e ferido... – Charlotte tentou pensar em uma maneira de ajuda-lo. – Nós vamos dar um jeito John.
-Toma. - John ignorou as palavras de Charlotte, e lhe entregou o seu celular e sua arma.
-Eu não sei atirar. Você está louco? – Charlotte deu um paço para atrás.
-É muito fácil. É só mirar e atirar, você me entendeu?
-Não! - Charlotte recuou mais um paço, ficando mais nervosa do que ela já estava. – Isso é loucura. – Ela olhou em volta novamente.
-Vai pega logo! – John falou sem paciência. Ele se levantou novamente com muita dificuldade. – Pega.
-Tá bom... – Ela pegou a arma e o celular das mãos dele, sem ter muita alternativa.
-Por favor não fica no meio da rua, seja o mais discreta possível. Não deixe esses homens te pegarem. Você me entendeu? Se isso acontecer, você é uma mulher morta.
-Meu Deus que loucura... Você tem certeza de que não consegue me acompanhar? Nós podemos ir mais devagar.
-Eu estou perdendo muito sangue. - John mostrou o seu ferimento, que realmente estava muito feio. - Agora vai, se esconde em algum lugar, e liga para o Casey, você me entendeu?
-Eu entendi. - Ela falou tentando não chorar.
-Não chora, ok? Você não pode demonstrar fraqueza, se não aqueles russos malditos vão te pegar. Vai embora, e não olha para trás. – John ordenou.
-Por favor resiste. Eu vou trazer ajuda pra você. - Charlotte falou se distanciando de John. – Eu vou voltar...
Charlotte saiu daquela viela deixando John para trás. Ela estava assustada, e desesperada procurando por ajuda. Ela tinha que ligar para o Casey o mais rápido possível.
Ela se esgueirava pelos cantos escuros das ruas, tentando esconder a arma que carregava. Algumas pessoas que passavam por ela, abolhavam de uma forma estranha, e ela desviava do olhar tentando esconder o que estava acontecendo com ela.
Depois de andar por quase vinte minutos, Charlotte parou para mexer no celular que estava em suas mãos. Tremendo um pouco, ela discou para o primeiro número que viu nas ultimas chamadas feitas de John. E a pessoa não demorou muito para atender.
-Pode falar John. - Lorenzo falou do outro lado da linha.
-Lorenzo é você?
-Quem é?
-É a Charlotte. Eu preciso de ajuda. – Ela falou com a voz trêmula.
-O que aconteceu? - Lorenzo perguntou ficando em alerta.
-Uns caras nos seguiram, e atiraram no nosso carro. Aí nós saímos correndo a pé, e eles atiraram no John. Ele estaba perdendo muito sangue. Eu não sei se ele ainda esta vivo... - Charlotte contou tudo o que tinha acontecido até o momento.
-Aonde você está agora?
-Eu não sei... – Charlotte falou olhando ao seu redor. – Sei lá, em um beco talvez. – Ela deu de ombros. - Lorenzo me tira desse lugar por favor. – Charlotte suplicou.
-Olha eu estou indo atrás do Casey agora. Você fica ai aonde você está, que eu vou mandar rastrear esse número, ok?
-Tá... Pede para o Casey vir logo. Esses russos podem me encontrar a qualquer momento. Eu estou com medo Lorenzo.
-Fica calma Charlotte. Eu vou desligar agora, por favor não perca este celular.
-Tá bom. - Charlotte soluçou e desligou o telefone.
Olhando ao seu redor novamente, Charlotte foi mais para o fundo do beco, e se escondeu lá.
Uma hora tinha se passado desde que Charlotte tinha ligado para Lorenzo. Ela já estava ficando desesperada, porque ela não teve mais noticias dele depois da ligação.
Ela estava encolhida em um canto escuro de um beco, acuada e morrendo de medo. Chovia fraco naquela noite de quarta-feira, e já passava das dez horas da noite. Charlotte rezava para que Casey e Lorenzo dessem algum sinal de vida. O beco onde ela estava era escuro, e só tinha um poste no começo do mesmo. Ela estava escondida atrás de uma caçamba de lixo, se encolhendo o máximo que podia para não ser vista por ninguém.
No silêncio daquela noite, Charlotte podia ouvir algumas pessoas passando na rua conversando. Para sua sorte ninguém passou por aquele beco, até a hora, que ela ouviu o barulho de um carro entrando no beco, e se aproximando vagarosamente de onde ela estava. O carro parou com os faróis acesos, e continuou assim por alguns segundos. Charlotte torcia para que fosse Casey, e se não fosse seu marido, ela estava pronta para usar a arma que John deu para ela. Mesmo sem saber como usa-la.
-Charlotte, você está ai? – Ela ouviu a voz de um homem. Não era a voz de Casey ou de Lorenzo. - Olha eu sei que você está ai. Eu sou um conhecido de Casey Salvatore, seu marido. - O homem falou.
Charlotte não sabia o que fazer naquele momento. Ela não sabia se era verdade o que o homem estava falando ou se ele era um dos russos tentando engana-la.
-Meu nome é Paul... Paul Carson.
-O o que você quer? - Ela perguntou ainda escondida.
-Tirar você daqui. Fiquei sabendo que tem alguns russos atrás de você.
-Quem te falou isso?
-Casey me ligou, e facintou sobre o que aconteceu.
-Da onde você conhece o meu marido? - Charlotte perguntou agora se levantando e apontando a arma para o homem.
-Hey, vai com calma ai. Você sabe usar isso? - Paul perguntou levantando as mãos.
-Não sei, mais eu posso aprender. - Charlotte continuou apontando a arma para ele.
-Fica calma, ok? Eu vou pegar o meu celular aquino meu bolso, e vou ligar para o Casey. - O homem falou pegando o seu celular, e discando para o número de Casey. - Alô, Casey eu estou com a sua esposa. - Ele parou de falar para ouvir o que falavam para ele. - Vou passar para ela... Aqui, é pra você. - Paul falou se aproximando de Charlotte com cautela.
-Coloca no viva voz. – Ela ordenou não o deixando se aproximar.
-Ok... – Paul fez o que ela mandou. – Pronto.
-Casey. – Ela chamou por seu marido.
-Charlotte você está bem?
-Cadê você? Por que você mandou essa cara vir atrás de mim?
-Eu e o Lorenzo estamos do outro lado da porra dessa cidade, e está um trânsito infernal por aqui. – Ele falou frustrado. - Confia no Paul que ele vai proteger você até eu conseguir chegar ai, está bem?
-Eu posso confiar mesmo nele?
-Pode sim.
Tá bom, eu vou com ele.
-Tudo bem. Quando você menos esperar eu vou estar ai do seu lado, tudo bem?
-Tudo bem. Não demora... – Ela fungou.
-Vai com Paul. Logo eu estarei ai.
-Ok. – Ela concordou, e Paul finalizou a ligação.
-Nós podemos ir agora senhora Salvatore?
-Podemos sim. - Charlotte falou abaixando a arma que ela ainda estava apontando para ele.
Paul guiou Charlotte para o carro, e a colocou no banco do passageiro. Logo ele entrou no veículo e deu partida, saindo daquele beco.
-Para onde você está me levando?
-Para um lugar seguro. - Paul falou concentrado olhando para a rua.
-Bem que você poderia me levar para a minha casa. – Ela olhou para ele.
-Casey está vindo aqui te buscar. Tenha um pouco de paciência senhora.
-Você sabe alguma coisa do John? Nós podemos ir buscar ele...
-Eu não sei nada dele, e as ordens são para te deixar segura. – Paul não olhou para ela em nenhum momento.
Depois de alguns minutos o homem estacionou seu carro na frente de um prédio de tijolos, de seis andares.
-Nós vamos ficar por aqui, até o Casey chegar. - Ele falou saindo do carro.
-Tá, fazer o que. - Charlotte também saiu do carro, escondendo a arma.
Os dois subiram as escadas até o ultimo andar, e Paul abriu a porta de um dos apartamentos para Charlotte. O apartamento era muito simples. Tinham dois quarto, sala, cozinha e banheiro. Nada muito luxuoso, mas parecia ser muito aconchegante.
-Você está com fome? Quer comer ou beber alguma coisa? - Paul perguntou fechando a porta, e indo até a cozinha.
-Eu não quero nada. Mas obrigada por oferecer... – Charlotte continuou olhando ao seu redor.
-Ok. Sabe, você já pode soltar essa arma. Como eu falei, não vou fazer nada com você.
-Eu sei... Eu só quero que essa noite acabe logo. Essas tem sido as piores horas da minha vida.
-Imagino o quão ruim deve estar sendo pra você. Mas agora você pode relaxar.
-Aonde é o banheiro? – Charlotte o ignorou, não soltando a arma.
-No final do corredor.
-Eu vou lá, se não tiver problema.
-Fique à vontade senhora Salvatore.
Charlotte agradeceu, e foi em direção ao banheiro. O cômodo não era muito grande, mas ela não precisava de nada luxuoso naquele momento. Agora ela só queria paz.
Charlotte deixou a arma em cima da pia, e lavou o seu rosto, depois ela olhou o seu reflexo no espelho, e viu o quão abatida ela estava. A sua maquiagem estava borrada por causa do choro e da chuva, os seus cabelos estavam desgrenhados, e ela estava tremendo por causa de toda a adrenalina que estava correndo pelo seu sangue.
Ela só queria ir para casa, e tentar esquecer tudo o que tinha acontecido. E também queria ter notícias de John. Ela torcia para que Lorenzo o tenha achado naquela viela.
Depois de ficar quase uma hora trancada no banheiro, Charlotte ouviu vozes vindo da sala, e ela voltou a ficar alerta. Ela se levantou do chão, onde estava encolhida chorando, e pegou a arma na pia. Ela se preparou para atirar, caso fosse preciso.
-Charlotte abri a porta por favor. É o Casey.
Abaixando a arma, Charlotte foi até a porta, e a abriu vendo Casey parado a poucos centímetros dela.
-Você chegou! - Ela pulou nos braços dele. Casey a pegou a abraçando forte.
-Cheguei sim. Você está bem?
-Não. Eu estou péssima.
-Eu vim para te levar pra casa... - Casey passou as mão pelo cabelo dela.
-O que eu mais quero, é ir para casa, e esquecer essa noite horrível. – Ela falou se afastando dele.
-Ei da onde você tirou isso? – Casey perguntou olhando para a arma que Charlotte segurava.
-John que me deu. Ele falou para mirar e atirar, caso algum daqueles homens aparecessem.
-Entendo. Você não precisa mais ficar com isso, ok? Você pode me dar.
-Toma, esse negocio e horrível. – Charlotte entregou a arma para ele.
-Ótimo, vamos embora. - Casey a guiou para a sala, e foi em direção á porta, onde Lorenzo conversava com Paul.
-Obrigada novamente por ter achado e cuidado da minha esposa Paul. – Ele apertou a mão do homem.
-Não tem de quê Salvatore.
-Obrigada por ter ido me buscar naquele beco. - Charlotte também agradeceu a ele.
-Eu só fiz o meu trabalho senhora.
-E me desculpe por ter apontado a arma pra você. – Charlotte se desculpou envergonhada.
-Se problemas. Eu sei que a senhora estava assustada, e que não sabia em quem confiar. – O homem sorriu.
Depois de se despedirem novamente, Casey e Charlotte saíram do prédio, e entraram em uma SUV preta, que Lorenzo estava dirigindo.
-Vocês acharam o John? Ele está bem? - Charlotte perguntou para Casey quando Lorenzo deu partida no carro.
Lorenzo olhou para Casey através do espelho retrovisor, lhe mostrando que era a hora de contar para ela.
-Charlie o John infelizmente morreu. - Casey falou. - Ele foi achado já sem vida pelos meus homens em uma viela. Eles não puderam fazer nada.
-Ai, eu não deveria ter deixado ele sozinho. - Charlotte falou se sentindo culpada. - Eu deveria ter ficado com ele, ou tê-lo levado comigo. - Ela falou chorando. - Eu deveria ter ficado com ele.
-Ei não chora. - Casey à pegou em seu colo. - Não foi sua culpa.
-Eu sei, mais...
-Mais nada. Fica calma, agora nós já estamos indo para casa. Vai ficar tudo bem querida. - Casey beijou a testa dela. Ele a abraçou, enquanto ela molhava sua camisa com lágrimas de tristeza e estresse por tudo o que tinha passado naquela noite.
O caminho de volta para a cobertura foi coberto de silêncio, a não ser pelo choro de Charlotte.
Casey a consolou e a abraçou fortemente, prometendo que não iria deixar mais nenhum mal acontecer á ela. Ninguém nunca mais a perseguiria. Ele antes mataria todos que ousasse pensar em fazer mal para a sua esposa.
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Dangerous Love (Finalizado)
RomansCasey Salvatore era um homem experiente que vivia uma vida perigosa na máfia em Nova York. Em breve ele iria tomar conta de todos os negócios do seu pai Giovanni Salvatore, que iria ceder oficialmente o seu lugar como chefe da máfia italiana para se...