117- Improvável

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- Filho eu não...

- Mãe, a senhora entende dos negócios, nunca te deixaram participar, nunca te deram poder, mas a senhora entende de tudo que é feito lá, eu sei que tem capacidade, ou quer ficar o resto da vida se lamentando pelo que fez ou não fez? Pelo destino da nossa família? Quer carregar esse fardo?

Pawat está sentado ao lado de Klahan que segura sua mão sobre a mesa, sente que o mais novo está suando frio e tremendo de leve, e isso é por estar naquela situação, ele não quer aquilo, só quer encerrar bem esses assuntos logo.

Na frente deles Daw e Chaisee, que olha o filho nos olhos, sua mente ainda está perturbada e ela não tem certeza de nada por enquanto, Earth simplesmente sumiu e não dá notícias, os negócios estão literalmente em suas mãos agora e a empresa enfrenta uma crise com a tragédia que se abateu sobre sua casa.

- Wat tem razão Chaisee, ele ainda está estudando, deixa ele ir se inteirando dos negócios aos poucos, você deveria assumir a empresa.

Chaisee olha para o irmão que tenta apoiá-la sobre tudo que tem acontecido, ambos tem o olhar preocupado, olheiras de noites mal dormidas, mas de alguma forma a vida precisa seguir.

- Isso é possível, nomeando sua mãe como Presidente, podem escolher um CEO entre os outros acionistas. Legalmente está tudo correto. Vamos fazer uma auditoria na empresa, como eu disse antes, até o fim desse mês tudo vai estar nos trilhos.

- Eu vim dar um apoio- o advogado de Klahan olha para Pawat, desde o fim de semana não parou de trabalhar, mas quer fazer o melhor para ajudar o rapaz, em anos trabalhando com a família de Klahan, nunca viu o homem se relacionar com ninguém, aquela era a primeira vez, estava até curioso sobre isso.- Você pode vir a se desfazer das ações, resgatar o dinheiro do seu seguro, mas sinceramente eu recomendo que não faça isso, você é jovem ainda, aproveite esse novo poder para estudar bem, viver bem, não tem nada que queira fazer com tanto dinheiro?

- O hospital- Pawat responde rápido e olha para o tio- Eu quero ajudar o hospital, as crianças, os idosos que vão lá.

- Podemos patrocinar o hospital com os recursos da empresa- Chaisee responde, se sente bem com a atitude do filho, sabe que ele é exatamente esse tipo de pessoa.

- Então a senhora cuida disso não é mãe?...

- Cuido meu filho, mas vou cuidar para você entendeu? Quando estiver pronto você vai assumir suas responsabilidades não vai?

- Tem muita coisa que eu quero fazer mãe- Pawat aperta de leve a mão de Klahan que não consegue deixar de retribuir, quer incentivar o mais novo a ter forças nesse momento, sabe que ele só quer ir logo para casa- Mas peço que cuide dos negócios, me deixe estudar, e decidir por mim mesmo, como vai ser o meu futuro, afinal é uma novidade para mim isso de futuro, entende que eu preciso de um tempo não entende?

- Claro, vamos fazer isso então, eu vou deixar você informado de tudo que for decidido e feito na empresa meu filho. Você pode estudar tranquilamente. Quanto a casa...

- Eu não vou voltar para lá.

Pawat se agita, é necessário Klahan abraça ele pelos ombros para acalma-lo e mantê-lo sentado já que ele tenta levantar e sair.

- Calma Wat, nem sua mãe nem eu vamos obrigá-lo a nada, ela quer dizer que a casa vai ser vendida, seu pai sumiu sem dizer para onde foi, e Chaisee está morando comigo agora, fique calmo sim?

- Desculpa tio, eu não quero ser rude, nem nada disso, sou grato a vocês dois, mesmo com as mentiras eu juro que perdoei. E no fim minha vida foi prolongada, mas aquela casa, eu nunca mais queria entrar lá, me assustei, perdão.

The two brothers Onde histórias criam vida. Descubra agora