(S/n)
Acordei com Bill me chacoalhando, e eu e Tom ainda estávamos imóveis, conforme havíamos dormido na noite anterior, então eu me levanto meio sonolenta enquanto Bill pula em cima de Tom para acordá-lo.
Eu assisto a situação e acho tudo muito engraçado, mas logo minha cabeça é bombardeada por pensamentos de "como contar para os meninos que eu vou embora" só sei que preciso fazer isso logo.
–Preciso falar uma coisa para vocês. -Eu falo interrompendo a pequena brincadeira, os dois param as provocações e socos uns nos outros e me olham, eles notam que minha cara não era boa.
–Pode falar, estamos ouvindo. -Bill fala serio, vendo que eu não estava brincando.
–Não, preciso falar pra todos, vamos marcar um ensaio com Gustav e Georg. -Eu penso melhor e decido que contaria isso para todos juntos.
–Agora você me deixou curioso. -Dizia tom enquanto se levantava apressado.
Então tomamos café, e fomos para garagem de Georg, chegando lá os dois já estavam os dois já estavam nos esperando.
–Então o que você tem pra falar? -Tom pergunta sem enrolação enquanto se senta no sofá.
Eu sinto minha garganta coçar, e uma vontade de chorar, me aproximo dos meninos, mas ainda em pé, não era minha intenção mas eu só os deixei mais nervosos.
–S/n, fala logo! você está me assustando. -Bill falava apavorado.
Eu fazia contato visual com os quatro e Georg e Gustav olhavam curiosos, e preocupados.
–Eu não tenho passado por coisas boas em casa, minha mãe e eu brigamos feio, e... -Eu começo a explicar, mas congelo e não consigo falar, meu coração acelera, e minha garganta fecha, eu então engulo o choro, e eu sinto o peso dos olhares dos garotos, então eu olho para Tom, e vejo seu rosto assustado, parece que ele sabia o que eu estava prestes a dizer, então eu continuo :
–Bom, minha mãe ligou para meu pai, e ela achou melhor me mandar embora para passar um tempo na casa dele em Berlim.
Eu digo isso e logo vejo a cara de surpresa de todos, e eles começam a me bombardear de perguntas, exceto Tom, enquanto todos falam, ele apenas se levanta e sai, parecendo estar confuso, minha vontade era ir atrás dele mas eu precisava responder os meninos.
–Calma! Um de cada vez. -Georg fala.
–Como vamos fazer com a banda agora, vamos parar de tocar, não podemos, agora que estamos fazendo sucesso. -Georg dizia e parecia estar angustiado.
–Eu pretendo ficar lá no máximo uns 3 meses só pra esfriar minha cabeça, eu preciso disso. -Eu explico.
–Nesse meio tempo, não queremos tocar sem você, você é parte da banda, e não queremos que saia. -Dizia Gustav enquanto tinha um semblante triste no rosto.
–Eu sei, eu também não quero sair, eu prometo visitar vocês nesse meio tempo, e venho sempre que tivermos que tocar em algum evento importante, nos demais vocês terão que tocar sem mim. -Eu respondia para eles, tentando melhorar a situação.
–De jeito nem um, não podemos tocar sem você, você é um membro da banda, ou se apresenta todos, ou nem um. -Bill impôs e isso já virou uma regra.
Eu sorrio para ele, e o abraço, e digo baixinho para que só ele ouça:
–Obrigada Bill, você é o ser mais incrível que eu conheço e eu te amo muito. -Então solto do abraço e vejo os olhos de Bill vermelhos, eu sorrio para ele, mas não adianta muito o choro não foi evitado.
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Tokio Hotel - SBLAD
FanfictionDepois da tentativa falha de suicídio de Catrina ou S/n (como preferir), a única integrante feminina da banda Tokio Hotel. Ela começa a recordar sua historia, passando a lembrar de seus traumas e medos e ver o que a levou a tomar essa decisão, mas e...