CAPÍTULO 36: Sendo Observada.

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(S/n)

A semana foi caótica na minha casa, eu sentia como se eu fosse a intrusa ali, tentava ocupar todo o meu tempo com coisas que me fizessem sair de casa, e quando eu ia pra casa eu ficava trancada no quarto o tempo todo, e consequentemente com isso eu passei a ficar muito tempo na casa dos Kaulitz, e minha mãe estava tão perdidamente apaixonada que nem ligava, acredito eu que ela realmente prefere que eu esteja fora, já que sempre que eu estou por perto ela fica de cara feia.
Em uma conversa com meu pai por ligação, eu acabei contando a ele sobre o novo morador, e me parece que ele não gostou muito da notícia, e deixou bem claro que era porque ele queria a minha segurança, então ele falou com a minha mãe e então eles marcaram um jantar para se conhecerem e quebrar qualquer gelo, meu pai fez questão conhecer Marcel pessoalmente, o jantar seria hoje, meu pai disse que seria legal se eu chamasse Tom para jantar junto com todos nós, eu não sei se aprovo muito a ideia, já que a minha mãe sempre deixou claro que não gosta do Tom, e eu tenho passado a não me importar com ela, e depois que comecei a namorar com Tom não fiz questão de aproximar os dois, mas é claro que ela sabe da nossa relação pois não se fala em outra coisa na tv, nas revistas e  nos sites, a situação não tem sido nada fácil eu tenho cogitado seriamente a ideia de voltar a morar com meu pai, mas eu realmente não queria isso.
Marcel não é uma pessoa ruim, pelo contrário ele é muito divertido, mas eu evito de ter essa proximidade com ele devido a minha mãe, não quero que o episódio do restaurante se repita nunca mais.

Eu havia terminado de me arrumar para o jantar e já estava quase na hora do meu pai chegar e Tom também devia estar chegando, eu desci as escadas e resolvi esperar por eles na sala, enquanto esperava ouvi Marcel e minha mãe na cozinha cozinhando juntos, resolvi não ir até lá para não atrapalhar os dois, fiquei esperando mais uns minutos ali sozinha na sala. –S/n! –Escuto Marcel gritar da cozinha me chamando, meio receosa eu vou até lá.
–Oi, me chamou? –Eu falava parada na porta, eu evitava ficar sozinha com Marcel por medo que minha mãe pensasse algo de errado.
–Sim, pode me ajudar com uma coisa ? –Ele perguntava olhando para mim.
–Posso o que foi? –Eu perguntava olhando ao redor procurando minha mãe.
–Eu preciso que você mexa essa panela enquanto eu jogo o molho.
–Tudo bem. –Eu falo me aproximando e fazendo o que ele pediu, torcendo para que acabe antes da minha mãe voltar para que ela não dê chilique novamente.
–Onde minha mãe está? –Eu pergunto enquanto mecho a panela e Marcel joga o molho, mas não faço contato visual.
–Ela subiu para se trocar. –Ele responde olhando fixamente para mim, me deixando desconfortável, então eu não falo mais nada só queria sair dali o mais rápido possível antes da minha mãe voltar, Marcel termina de jogar o molho. –Prontinho agora está terminado. –Ele fala colocando o frasco de molho na bancada.
–Deixa eu ver como está. –Ele fala se aproximando por trás de mim passando a mão pela minha cintura, e me fazendo assustar, eu rapidamente sai de perto, sem entender direito o que estava havendo, eu fiquei tão sem graça que nem perguntei se ele iria precisar de mais alguma coisa, apenas me afastei e o deixei lá mexendo nas panelas, quando virei saindo pela porta da cozinha, dou de cara com minha mãe que estava bem na minha frente, nos trombamos, até que escuto o som da campainha e corro para abrir a porta, fiquei pensando no que aconteceu na cozinha, Marcel nunca fez nada de estranho ou suspeito para mim, isso que aconteceu deve ter sido só coisa da minha cabeça, melhor esquecer.

Eu abri a porta e meu pai estava esperando com uma garrafa de vinho, eu o abracei e o chamo para entrar, antes de fechar a porta eu dou uma olhada na rua e vejo Tom vindo, eu espero até que ele chegue, então ele entra e eu fecho a porta.
O jantar foi tranquilo, meu pai e Marcel conversaram sobre diversas coisas e eu aproveitei a companhia de Tom, minha mãe estava com a cara feia como sempre, e eu odiava isso, ela sempre dava um jeito de ser desagradavel, mas independente disso, foi bom meu pai disse que Marcel pareceu ser um homem bom, depois que o jantar acabou Tom foi pra casa e eu tirei um tempo para conversar com meu pai, e me tranquilizar, meu pai como sempre me respeitou e disse que a decisão era minha se eu quisesse voltar para casa dele seria bem vinda, mas se eu quisesse ficar aqui ele também respeitaria o importante era que eu estivesse bem, e que qualquer coisa que precisasse eu devia avisá-lo que ele viria voando.

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