CAPÍTULO 4 : Vivendo Por Mim.

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(S/n)


Eu me aproximei e me sentei na frente da minha mãe, seus olhos pareciam estar pegando fogo de tanta fúria que havia dentro deles, eu não sabia nem o que dizer. 

-Onde esteve até esse horário? -Ela começou falando, parecia irritada e autoritária. 

-Na casa de um amigo, Bill, praticando piano. -Eu dizia receosa, eu nunca havia mentido para minha mãe , aquela tinha sido a primeira vez, eu não estava na casa do Bill e sim na casa de um dos outros garotos eu não sei ao certo.

-Então eu quero o telefone da mãe desse desse garoto, quero confirmar sua história, e o que faziam lá. -Minha mãe continuava falando.

Minha mãe sabia que eu estava mentindo, ela me conhecia muito bem, eu não fazia ideia de como faria para me safar dessa, então eu apenas concordei com a cabeça, eu iria pensar em alguma coisa. 

-Você está proibida de fazer esses tipos de passeios, e a partir de agora e da escola pras aulas de música e canto, e casa, não vai fazer nada além disso, agora suba para o seu quarto e durma, amanhã você tem aula de canto bem cedo. -Ela continuava a bronca e dessa vez ela falava muito mais irritada.

Eu então fiquei furiosa dela me proibir, eu nunca tive nem um pingo de diversão na minha vida, o castigo que ela me deu era o que eu vivia todos os dias, eu queria gritar e dizer isso a ela, mas sabia que isso só a deixaria mais furiosa e então eu me levantei e saí subi as escadas e batendo os pés, senti vontade de chorar ao trancar a porta do meu quarto.

Me joguei na cama e olhei o meu celular, que havia algumas chamadas perdidas de Bill, eu imediatamente, retornei a ligação, e Bill logo atendeu.

-Oi, e aí chegou bem? -Ele me perguntava, e no fundo eu podia ouvir uma barulheira de três garotos, que eu sei bem quem são.

-Cheguei sim, mas minha mãe ficou tão furiosa que me deu um castigo.

-Puxa vida, me desculpe por isso.

-Tudo bem, não é culpa sua Bill. Mas ela quer falar com sua mãe, quer confirmar o que eu estava fazendo na sua casa todo esse tempo.

-Ah deixa isso comigo, amanhã eu peço pra ela ligar.

-Tudo bem então. -Eu dizia entusiasmada porque iria conseguir escapar de mais uma bronca. 

-O que achou de hoje? -Bill dizia do outro lado da linha.

-INCRIVELLLL! Eu amei cada segundo, mas o que vocês são uma banda, um grupo ou o que? -Eu perguntava confusa. 

-Sim, Uma banda somos a Devilish, estamos começando agora, mas temos um grande sonho de ser famosos um dia.

-Uau que incrível, eu amei! -Eu falava empolgada. -Mas e seu irmão, o que ele tem contra mim, parece que não gostou da minha presença hoje com vocês. -Eu continuava falando.

-Ah o tom é um chato, ele não queria que a banda tocasse com uma garota, mas depois que viu você tocando ele mudou de ideia, nem acredito que aturo ele a 14 anos. -Bill dizia rindo.

-Ah que bom que ele mudou de ideia, não quero atrapalhar vocês.

Naquela noite eu e Bill ficamos conversando a noite inteira, e eu fiquei impressionada com a liberdade que eles tinham de poder cantar e fazerem as coisas que gostam quer dizer, o Bill tinha piercing e o tom também, e ele tinha um cabelo muito maneiro, coisas que a minha mãe nunca iria deixar eu fazer, noite adentro eu acabei pegando no sono.

   Domingo, 05 de março   

(S/n)

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